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Teoria de Formação

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Arlindo Silvério Cuncha

Trabalho Individual de Teoria e Prática de Formação de Professores

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

UNIROVUMA
Extensão de Cabo Delgado
2024

1
Arlindo Silvério Cuncha

Trabalho Individual de Teoria e Prática de Formação de Professores

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

O Presente trabalho é de carácter avaliativo a ser


apresentado na cadeira de Teoria e Prática de
Formação de Professores do curso de Licenciatura
em Ensino Básico, orientado pelo PhD Félix
Alexandre Nhambe

UNIROVUMA
Extensão de Cabo Delgado
2024
2
Índice

Introdução.................................................................................................................................4
Objectivos:................................................................................................................................4
Objectivo geral:........................................................................................................................4
Estrutura....................................................................................................................................4
Metodologia..............................................................................................................................4
1. A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE..................................................5
1.1. Conceitos básicos:.............................................................................................................5
1.1.1. Educação.........................................................................................................................5
1.1.2. Educação de qualidade...................................................................................................5
2. Qualidade da educação em Moçambique.............................................................................5
2.1. Metas na educação.............................................................................................................7
2.2. Indicadores de qualidade...................................................................................................8
2.2.1. Planificação, Administração e Gestão Escolar...............................................................9
2.2.2. Infraestruturas, Equipamento e Ambiente Escolar.........................................................9
2.2.3. Processo de Ensino-Aprendizagem................................................................................9
2.3. Estágio atual da educação:...............................................................................................10
2.4. Sistemas de avaliação e estratégias de melhoria da educação.........................................10
2.4.1. Os principais instrumentos e Procedimentos de avaliação da qualidade......................11
2.4.2. Procedimentos da Avaliação Externa............................................................................13
2.4.3. Estratégias para melhoria de qualidade........................................................................13
Conclusão...............................................................................................................................15
Referências Bibliográficas......................................................................................................16

3
Introdução

O presente estudo versa sobre a Qualidade da educação em Moçambique que será


apresentado na cadeira de Teoria e Prática de Formação de Professores. O mesmo tem como
objetivo problematizar e esclarecer o sentido construído sobre a qualidade da educação a
partir dos indicadores de qualidade da educação em Moçambique.

Entendo que, a preocupação sobre a qualidade na educação, a nível global, em particular, em


Moçambique continua a ser agenda de destaque por parte do Governo, dos profissionais do
campo da educação, dos pesquisadores do campo da educação, dos académicos, dos
movimentos sociais, pais, estudantes e da sociedade em geral.

Objectivos:
Objectivo geral:
 Compreender a qualidade da educação em Moçambique.
Objectivos específicos:
❖ Conceituar a educação de qualidade;
❖ Descrever a qualidade da educação em Moçambique;
❖ Explicar o estágio actual da qualidade de educação em Moçambique.

Estrutura
O trabalho encontra estruturado em três principais partes a destacar: introdução,
desenvolvimento e conclusão acompanhada da respectiva referência bibliográfica.

Metodologia
Em termos metodológicos obedece as normas de realização e publicação de trabalhos
científicos, no que estão devidamente citados todos os autores e fontes que subsidiaram no
processo de elaboração e desenvolvimento do presente trabalho baseando na consulta
bibliográfica. A escolha desta técnica deveu-se ao facto de constituir uma fonte rica de
informações relacionadas a pesquisa onde pode ser extraída as bases teóricas que
sustentarão as informações e declarações.

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1. A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE
1.1. Conceitos básicos:
1.1.1. Educação
Libâneo, (1994) define a educação como um processo contínuo e complexo, que envolve
interações entre o sujeito e o meio, buscando a formação de cidadãos críticos e
participativos. Ele destaca a importância da escola e do professor como mediadores desse
processo, promovendo a construção do conhecimento e o desenvolvimento das habilidades e
competências dos alunos.
1.1.2. Educação de qualidade.
Para Ministério da educação – MINED (2014) a qualidade da educação é um conceito
multidimensional e nem sempre consensual, daí a pertinência da sua delimitação e
explicitação. “O significado da qualidade da educação deve ser devidamente
contextualizado, tendo em conta os processos de desenvolvimento social, económico,
cultural, político, científico, entre outros, não existindo um entendimento comum acerca do
que é a qualidade de educação” (ZUCULA, 2016, p. 781).

2. Qualidade da educação em Moçambique


A discussão sobre a “qualidade da/na/em educação” não é nova, ainda que ocupe espaço
marginal, ou, esteja ausente nas obras mais gerais do pensamento social mundial, em
particular moçambicano, pode se constatar que esta temática tem sido objecto de discussão,
estudos e análise por parte de Mídias, professores, pesquisadores, gestores e administradores
escolares um pouco por todo o mundo.
Juliatto (2005) “assegura que, a preocupação com a qualidade da educação não é um assunto
isolado de um único país. Ela existe como crescente desafio mundial”. Para o autor este
assunto vem recebendo bem mais atenção em todos os sistemas educacionais, e se tornando
tema frequente e objecto de recomendações dos organismos internacionais voltadas para a
educação.

Em Moçambique a qualidade da educação tem sido alvo de discussão pela sociedade. É


nesse contexto que, o Governo desde a independência, em 1975 encara a Educação como um
direito fundamental de cada cidadão, um instrumento para a afirmação e a integração do
indivíduo na vida social, económica e política, um fator indispensável para a continuação da
construção de uma sociedade moçambicana e para o combate à pobreza. Uma alavanca
decisiva na preparação do capital humano indispensável ao combate à pobreza, à promoção
do desenvolvimento socioeconômico e do bem-estar do cidadão.
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Além disso, o Governo tem priorizado a criação e a expansão de oportunidades para
assegurar que todas as crianças possam ter acesso e completar uma educação básica de nove
anos. Todavia, reconhece-se que a Educação Básica não é suficiente para apoiar e sustentar o
desenvolvimento nacional num contexto de uma economia e sociedade globalizada em
constante mudança. O Governo tem promovido uma visão holística do desenvolvimento do
Sistema Educativo, o que implica tanto a universalização do Ensino Primário como a
expansão, com qualidade, dos ensinos Secundário, Técnico- Profissional e Superior para
reduzir a pobreza e estimular o desenvolvimento social, cultural, político e económico do
país (MINED, 2012, p. 9).

Apesar de universalização do ensino e como a expansão existem, em Moçambique, a nível


das primeiras classes, alunos que terminam a sexta classe sem dominar plenamente a leitura,
a escrita e aritmética básica. Nesse contexto, a questão da qualidade da educação no país
tem de ser vista também sobre aspectos ligadas a: formação de professores, pois,
considera-se, não só como intelectual, mas como intelectual transformador.

Zucula (2018, p. 62) pontua que,

professor assume um papel de organizador da aprendizagem. É


caracterizado como alguém que encoraja os alunos na busca de
soluções para os problemas propostos, que valoriza os processos
singulares de pensamento dos alunos e que os incentiva a comunicar-
se matematicamente, envolvendo-os em tarefas ricas e significativas
(do ponto de vista intelectual e social.

Nesse contexto, em tese defendo que formar, professor -, inicial ou continuada é formar
aluno ou educador do futuro. Além demais, a formação continuada do professor estimula os
professores a apropriarem-se dos seus próprios saberes investindo na pessoa e na sua
experiência. A formação deve ser concebida como um processo permanente, integrada no
dia-a-dia dos professores e das escolas. Outros aspectos que afetam a qualidade da educação
moçambicana são: a remuneração baixa, carreira pouco valorizada socialmente, condições
de trabalho inadequadas, políticas educacionais inapropriadas, bem como currículo e
procedimentos de ensino que não vão de acordo com o contexto atual, entre outros, são
também apontados como indicadores de qualidade da educação que o sistema educacional
moçambicano deve ter conta ou enfrentar na sua política ou na sua agenda.

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Finaliza-se esta secção apontando que, para que o governo moçambicano consiga oferecer a
melhor educação de qualidade à sua sociedade supõe enfrentar o desafio aos seguintes
indicadores: integrar as dimensões do ser humano em uma organização inovadora,
orientadas por currículos ricos e atualizados; infraestruturas escolares com acesso a
tecnologias e informação-, sala de aulas; bibliotecas; laboratórios e equipamentos; docentes
motivados, isto é, remuneração satisfatória ou adequada para os professores; relações
respeitosas entre professores e alunos; interações entre escolas, envolvimento da
comunidade e outras instâncias educativas; redução em algumas disciplinas do ensino
secundário das taxas de reprovação, redução de falta de vagas disponível em Instituições do
Ensino Superior, redução de número de alunos em sala de aulas, rácio professor/aluno;
capacitação permanente dos professores, pois, este grupo é um dos “pilares para as
melhorias da qualidade do ensino no país”; recursos humanos qualificado; água e luz
nas instituições escolares; material didático, livros de apoios, disponíveis para os alunos e
professores.

Poder-se-ia argumentar que se trata de indicadores ou parâmetros que representam a


qualidade na educação e são importantes por serem considerados como fator de referência
analítica e política em melhoria do processo educativo, à consolidação de mecanismo de
controlo social da produção, à implantação e monitoramento de políticas educacionais e de
seus resultados, com a finalidade de produzir uma escola de qualidade socialmente
referenciada.

2.1. Metas na educação


Metas são objetivos específicos e mensuráveis estabelecidos para orientar e direcionar o
trabalho de uma organização ou indivíduo. Elas representam um ponto de referência a ser
alcançado e geralmente são estabelecidas para melhorar o desempenho, atingir resultados
desejados ou realizar um objetivo maior.

O governo de Moçambique estabeleceu várias metas para melhorar a qualidade da educação


no país. Algumas delas incluem:
 Garantir a educação básica inclusiva a todo cidadão de acordo com o desenvolvimento
do País, através da introdução progressiva da escolaridade obrigatória;
 Garantir elevados padrões de qualidade aceitáveis de ensino e aprendizagem;

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 Erradicar, gradualmente, o analfabetismo de modo a proporcionar a todo moçambicano o
acesso ao conhecimento científico e tecnológico, bem como o desenvolvimento pleno
das suas capacidades e a sua participação em vários domínios da vida do País;
 Formar o cidadão com uma sólida preparação científica, técnica, tecnológica, cultural e
física e elevada educação moral, ética, cívica e patriótica;
 Formar o professor como educador e profissional consciente com profunda preparação
científica, pedagógica, ética, moral capaz de educar a criança, o jovem e o adulto com
valores da moçambicanidade;
 Formar cientistas e especialistas, devidamente qualificados que possam permitir o
desenvolvimento tecnológico e investigação científica;
 Desenvolver a sensibilidade estética e capacidade artística da criança, do jovem e do
adulto, educando-os no amor pelas artes e gosto pelo belo;
 Valorizar as línguas, arte, cultura e história moçambicanas com o objectivo de preservar
e desenvolver o património cultural da nação;
 Desenvolver as línguas nacionais e a língua de sinais, promovendo a sua introdução
progressiva na educação dos cidadãos, visando a sua transformação em língua de acesso
ao conhecimento científico e técnico, à informação bem como de participação nos
processos de desenvolvimento do País;
 Desenvolver o conhecimento da língua portuguesa como língua oficial e meio de acesso
ao conhecimento científico e técnico, bem como de comunicação entre os moçambicanos
com o mundo.

2.2. Indicadores de qualidade


Indicadores são medidas quantitativas ou qualitativas utilizadas para monitorar, avaliar ou
medir o desempenho ou o progresso em relação a uma meta ou objetivo. Eles fornecem
informações e dados relevantes para avaliar o sucesso, identificar lacunas e tomar decisões
informadas, INDE (2020).

O MINEDH, na perspectiva de imprimir e estimular o desenvolvimento de uma cultura


institucional virada para a melhoria permanente do desempenho e dos serviços prestados
pelas instituições de ensino, pretende estabelecer um Sistema de Gestão e Garantia de
Qualidade assente em indicadores de qualidade que sirvam de orientação ao trabalho que
deve ser desenvolvido pelas escolas. Os indicadores são complementados por uma escala de
avaliação a base do processo de auto-avaliação e avaliação externa.
Os indicadores estão agrupados em três dimensões, nomeadamente:
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 Planificação, Administração e Gestão Escolar;
 Infra- estrutura, Equipamento e Ambiente Escolar; e
 Processo de Ensino- Aprendizagem.

2.2.1. Planificação, Administração e Gestão Escolar


Nesta dimensão pretende-se cobrir aspectos ligados à planificação, administração e gestão
de uma escola. Estes apontam, essencialmente, as formas de organização e planificação do
trabalho do pessoal docente e não docente, acesso e assiduidade dos alunos à escola,
disponibilidade do material básico necessário para o funcionamento da escola e controlo das
actividades pedagógicas.
 Eficiente gestão da escola
 Assegurado o acesso, permanência e sucesso escolar
 Disponibilizado o material de ensino
 Eficiente controlo das Actividades Pedagógicas
 Eficiente gestão de evidências de qualidade

2.2.2. Infraestruturas, Equipamento e Ambiente Escolar


Nesta dimensão, estão arroladas as condições mínimas necessárias para garantir o
processo de ensino-aprendizagem inclusivo, são e seguro, onde as crianças desenvolvem
o respeito pelo seu semelhante e pela sociedade. Atinente à Dimensão Infra-Estruturas,
Equipamento e Ambiente Escolar , são apresentados os padrões, indicadores e as
respetivas evidências.
 Garantida a criação, manutenção e conservação das condições físicas da escola e todo
património existente na instituição;
 Assegurada as condições básicas de segurança, higiene e saneamento;
 Garantida um Ambiente de inclusão apropriado para o ensino- aprendizagem;
 Assegurada o respeito pelos direitos da criança;
 Assegurada a promoção de valores cívicos e patrióticos.
 Assegurada as medidas especiais e interventivas para os alunos com necessidades
educativas especiais.

2.2.3. Processo de Ensino-Aprendizagem


Um eficiente processo de ensino-aprendizagem constitui a chave para a aquisição de
competências definidas no currículo. Nesta dimensão, os indicadores de qualidade referem-
se a todos os aspectos que, no seu conjunto, favorecem a aprendizagem e a ampliação da

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capacidade de leitura e escrita, contagem e cálculo numérico de todas as crianças e
adolescentes ao longo do Ensino Básico. Relativo à Dimensão Processo de Ensino-
Aprendizagem, são apresentados os padrões, indicadores
 Proficiente leitura, escrita e cálculo numérico;
 Utilização de metodologias participativas
 Adequada utilização dos materiais curriculares.
 Disponibilidade e uso do programa de ensino, manual dos professores e outros
materiais;
 Utilização de materiais de demonstração didáctica de todas as áreas de aprendizagem.

2.3. Estágio atual da educação:


Moçambique enfrenta vários desafios na busca por uma educação de qualidade. A taxa de
matrícula tem melhorado ao longo dos anos, mas ainda existem disparidades significativas
entre áreas urbanas e rurais. A falta de infraestruturas adequadas, a falta de recursos e a baixa
qualificação de professores são problemas persistentes. A taxa de sucesso em exames
nacionais é relativamente baixa, e a qualidade da educação varia consideravelmente entre
diferentes regiões e escolas.
A qualidade da educação é baixa, e o aproveitamento das raparigas tem a tendência de ser
mais baixo que o dos rapazes. A qualidade do serviço prestado pelo sector de Educação é
fraca, traduzindo-se na saída do sistema de graduados com conhecimentos e
competências abaixo das expectativas dos cidadãos e das necessidades do mercado de
trabalho. A pouca eficiência do sistema é um dos elementos críticos da qualidade. De certo
modo, está-se num círculo vicioso: por um lado, a qualidade do ensino é fraca e, por isso, os
estudantes não aprendem, repetem classes e, nalguns casos, abandonam o sistema; por outro,
a repetição das classes aumenta o número de alunos na sala o que prejudica a qualidade do
ensino (MINEDH 2019a). O desafio é reduzir as disparidades em termos de infra-estruturas
escolares, professores e recursos.

2.4. Sistemas de avaliação e estratégias de melhoria da educação.


Para Libâneo, (1994) avaliação é a análise crítica de um processo, projeto, programa ou
desempenho, com o objetivo de determinar sua eficácia, qualidade, impacto ou progresso em
relação a uma meta ou objetivo estabelecido previamente. A avaliação pode envolver a
coleta e análise de dados, bem como a interpretação e a tomada de decisões com base nos
resultados obtidos.

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A avaliação, sendo uma operação que consiste em verificar se os objectivos, metas ou
resultados estão a ser atingidos, pressupõe sempre um confronto entre os resultados
alcançados e os esperados. Esta operação realiza-se através de vários instrumentos que
facilitam a interpretação dos resultados e a emissão de juízos de valor.
Os instrumentos de avaliação disponíveis, permitem fazer uma avaliação interna e externa
das escolas, dando a possibilidade que cada actor (Direcção da Escola, professores, alunos,
pais e encarregados de educação e a comunidade local), do processo de Ensino-
Aprendizagem identifique, no contexto da sua escola, as acções concretas para auto-
superação das dificuldades identificadas, com vista à melhoria de qualidade. A realização
correcta e sistemática da auto-avaliação permitirá à avaliação externa encontrar bases e
elementos fiáveis sobre o desempenho da escola.

2.4.1. Os principais instrumentos e Procedimentos de avaliação da qualidade da


educação.
Ao nível da província, a estrutura do Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade (SGGQ) é
constituída pelas seguintes comissões de avaliação: Comissão Provincial de Avaliação
(CPA), Comissão Distrital de Avaliação (CDA), Comissão de Avaliação da Zona de
Influência Pedagógica (CAZIP) e Comissão de Avaliação da Escola (CAE).

a) Comissão Provincial de Avaliação


A Comissão Provincial de Avaliação é um órgão que coordena o processo de avaliação da
qualidade de educação ao nível da Província e subordina- se ao Ministério da Educação.
 Operacionalizar o SGGQ a nível da província;
 Aprovar e enviar o plano de acção à DGGQ;
 Implementar o plano de acção de melhoria da qualidade de educação na província;
 d) Proceder a monitoria dos planos de acção dos SDEJTs;
 Garantir a capacitação da Comissão Distrital de Avaliação;
 Proceder à avaliação externa dos SDEJTs;
 Proceder à avaliação externa das escolas da província por amostragem.

b) Comissão Distrital de Avaliação


O Director Provincial que superintende a área da educação, é responsável pela criação da
Comissão Distrital de Avaliação (CDA), e tem as seguintes funções:
 Operacionalizar o SGGQ a nível do Distrito;
 Aprovar e enviar o relatório de avaliação interna e o Plano de acção à CPA;

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 Aprovar o Plano de Acção de melhoria da qualidade da educação do distrito;
 Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação das Zonas de Influencia Pedagógica
(ZIPs) para acções de avaliação interna;
 Fazer a avaliação externa das escolas por amostragem.

c) Comissão Distrital de Avaliação


O Director Provincial que superintende a área da educação, é responsável pela criação da
Comissão Distrital de Avaliação (CDA) e tem as seguintes funções:
 Operacionalizar o SGGQ a nível do Distrito;
 Aprovar e enviar o relatório de avaliação interna e o Plano de acção à CPA;
 Aprovar o Plano de Acção de melhoria da qualidade da educação do distrito;
 Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação das Zonas de Influencia Pedagógica
(ZIPs) para acções de avaliação interna;
 Fazer a avaliação externa das escolas por amostragem.

d) Comissão de Avaliação da Zona de Influencia Pedagógica


O Director do Serviço Distrital que superintende a área da educação, é responsável pela
criação da Comissão de Avaliação da Zona de Influência Pedagógica (CAZIP), que coordena
o processo de avaliação da qualidade da educação ao nível da ZIP e subordina-se à Direcção
do SDEJT e tem as seguintes funções:

 Operacionalizar o SGGQ a nível da ZIP;


 Aprovar e enviar à CDA o relatório de avaliação interna e o plano de acção;
 Aprovar os planos de acção para a melhoria da qualidade da educação na ZIP;
 Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação Interna das instituições de ensino;
 Proceder à avaliação externa das instituições de ensino.

e) Comissão de Avaliação da Escola


Compete ao Presidente da Comissão de Avaliação da ZIP criar a Comissão de Avaliação da
Escola (CAE) tem as seguintes funções:
 Operacionalizar o SGGQ a nível da Instituição de ensino;
 Proceder à avaliação interna da instituição de ensino;
 Aprovar e enviar o relatório de avaliação interna e o Plano de acção da instituição de
ensino, ao órgão hierarquicamente superior;
 Garantir a operacionalização do plano de acção.

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2.4.2. Procedimentos da Avaliação Externa
A avaliação interna é uma operação para gerar uma visão da qualidade oferecida pela escola.
Uma boa auto-avaliação oferece de forma analítica e crítica a visão de qualidade na escola.
Contudo, ela não é suficiente, sendo necessário o concurso de outras sensibilidades fora do
sistema, de modo a ajudar a esta a identificar as suas potencialidades e fraquezas que não
tenham sido identificadas na auto-avaliação.
A avaliação externa confere uma maior credibilidade à auto-avaliação e a participação de
outros intervenientes no processo educativo, mostrando de forma clara a relevância
dos padrões definidos. Para efeitos estatísticos esta avaliação decorrerá entre Fevereiro e
Março de cada ano, no entanto, depois deste período qualquer outra entidade devidamente
autorizada poderá realizá-la.

Uma avaliação externa requer uma boa colaboração da escola, bem como, uma boa
preparação dos avaliadores externos. A equipa dos avaliadores deverá fazer uma
combinação de várias estratégias como:

 Analisar os resultados de auto-avaliação;


 Estabelecer um diálogo com os intervenientes da auto-avaliação;
 Elaborar um relatório e partilhar com a escola.
 A Direcção da Escola deve ter em conta os resultados apresentados no relatório da
avaliação externa para reajustar o seu Plano de Acão.

2.4.3. Estratégias para melhoria de qualidade.


A estratégia se refere a um plano ou conjunto de ações elaboradas de forma sistemática para
alcançar metas ou objetivos a longo prazo. Ela envolve a análise do ambiente, a definição de
diretrizes e prioridades, a alocação de recursos e a identificação de ações específicas que
devem ser realizadas para atingir os resultados desejados, INDE (2020).

Algumas estrategias adoptadas pelo governo para a melhoria de qualidade de educação.


 Investimento em infraestrutura escolar: Construção e manutenção de escolas e
garantia de acesso à água potável, eletricidade e de condições adequadas de ensino.
 Formação contínua de professores: Oferecer treinamentos e capacitações para os
educadores, visando a atualização de conhecimentos e metodologias de ensino.
 Implementação de políticas de inclusão: Garantir o acesso à educação para todos os
grupos sociais, incluindo mulheres, crianças com necessidades especiais e minorias
étnicas.
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 Desenvolvimento de currículos adaptados: Criar programas de estudo que sejam
relevantes e contextualizados à realidade dos estudantes, levando em consideração a
diversidade cultural do país.
 Promoção de práticas pedagógicas inovadoras: Incentivar o uso de tecnologias
educacionais, abordagens participativas e outras técnicas que estimulem o interesse e a
aprendizagem dos alunos.
 Combate à evasão escolar: Investir em programas de combate ao trabalho infantil,
campanhas de conscientização sobre a importância da educação e políticas de incentivo à
permanência dos alunos na escola.
 Avaliação e monitoramento constante: Realizar avaliações periódicas do sistema
educacional para identificar desafios e oportunidades de melhoria, garantindo a
qualidade do ensino prestado.

14
Conclusão

Depois das várias consultas bibliográficas efectuadas para a realização deste trabalho
concluí que: A qualidade da educação constitui o grande desafio do Governo de
Moçambique, que deste a independência, em 1975 tem priorizado a criação e a expansão de
oportunidades para assegurar que todas as crianças possam ter acesso e completar uma
educação básica de nove anos, aumentando a quantidade de número de vagas nas escolas
moçambicanas. Apesar dessa universalização, a qualidade ainda tem sido reduzida à
identificação de uma série de estandartes de produtividade e rendimento, pois, ainda existem
alunos que terminam o ensino primário, de seis classes, sem dominar a leitura, a escrita e
aritmética-, primeiras quatro operações matemáticas.

Contudo, é possível se construir uma educação de qualidade bastando para tal, o Governo de
Moçambique enfrentar o desafio de fornecer à sua sociedade: infraestruturas escolares com
acesso a tecnologias e informação-, sala de aulas; bibliotecas; laboratórios e equipamentos;
remuneração satisfatória para os professores; envolvimento da comunidade e outras
instâncias educativas na vida escolar; redução de falta de vagas em Instituições do Ensino
Superior, redução de número de alunos em sala de aulas; capacitação permanente dos
professores, água e luz nas instituições escolares; material didático, disponíveis para os
alunos e professores. A qualidade da educação exige um esforço concentrado do
Estado, das famílias, das empresas. Todos são chamados a participar da construção de um
conhecimento sustentável promotor de dias melhores.

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Referências Bibliográficas

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ISHII, Antonella Bianchi Ferreira. Qualidade da educação em António Nóvoa. In:


COIMBRA, Camila Lima, et al (Org.). Qualidade em educação. 1. ed. Curitiba, PR: CRV. p.
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MINEDH (2019a). Análise do Sector de Educação (ESA) Relatório Final. Julho de 2019
Maputo: MINEDH.

MINED-Ministério da Educação. Manual dos padrões e indicadores de qualidade para a


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MOÇAMBIQUE. Lei nº 18/2018 de 28 de dezembro de 2018: Reajusta e adequa a Lei n°


6/92, de 6 de Maio de 1992 sobre do Sistema Nacional de Educação. Boletim da
República, I série, nº 19, Maputo: p. 3748 (19-25), 2018.

ZUCULA, António Fernando. Currículo de matemática no ensino médio geral em


Moçambique: critérios de seleção e organização de conteúdo. Rio de Janeiro: 2018. 148f.
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Carvalho (Org.). Currículo, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
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