Teoria de Formação
Teoria de Formação
Teoria de Formação
UNIROVUMA
Extensão de Cabo Delgado
2024
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Arlindo Silvério Cuncha
UNIROVUMA
Extensão de Cabo Delgado
2024
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Índice
Introdução.................................................................................................................................4
Objectivos:................................................................................................................................4
Objectivo geral:........................................................................................................................4
Estrutura....................................................................................................................................4
Metodologia..............................................................................................................................4
1. A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE..................................................5
1.1. Conceitos básicos:.............................................................................................................5
1.1.1. Educação.........................................................................................................................5
1.1.2. Educação de qualidade...................................................................................................5
2. Qualidade da educação em Moçambique.............................................................................5
2.1. Metas na educação.............................................................................................................7
2.2. Indicadores de qualidade...................................................................................................8
2.2.1. Planificação, Administração e Gestão Escolar...............................................................9
2.2.2. Infraestruturas, Equipamento e Ambiente Escolar.........................................................9
2.2.3. Processo de Ensino-Aprendizagem................................................................................9
2.3. Estágio atual da educação:...............................................................................................10
2.4. Sistemas de avaliação e estratégias de melhoria da educação.........................................10
2.4.1. Os principais instrumentos e Procedimentos de avaliação da qualidade......................11
2.4.2. Procedimentos da Avaliação Externa............................................................................13
2.4.3. Estratégias para melhoria de qualidade........................................................................13
Conclusão...............................................................................................................................15
Referências Bibliográficas......................................................................................................16
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Introdução
Objectivos:
Objectivo geral:
Compreender a qualidade da educação em Moçambique.
Objectivos específicos:
❖ Conceituar a educação de qualidade;
❖ Descrever a qualidade da educação em Moçambique;
❖ Explicar o estágio actual da qualidade de educação em Moçambique.
Estrutura
O trabalho encontra estruturado em três principais partes a destacar: introdução,
desenvolvimento e conclusão acompanhada da respectiva referência bibliográfica.
Metodologia
Em termos metodológicos obedece as normas de realização e publicação de trabalhos
científicos, no que estão devidamente citados todos os autores e fontes que subsidiaram no
processo de elaboração e desenvolvimento do presente trabalho baseando na consulta
bibliográfica. A escolha desta técnica deveu-se ao facto de constituir uma fonte rica de
informações relacionadas a pesquisa onde pode ser extraída as bases teóricas que
sustentarão as informações e declarações.
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1. A QUALIDADE DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE
1.1. Conceitos básicos:
1.1.1. Educação
Libâneo, (1994) define a educação como um processo contínuo e complexo, que envolve
interações entre o sujeito e o meio, buscando a formação de cidadãos críticos e
participativos. Ele destaca a importância da escola e do professor como mediadores desse
processo, promovendo a construção do conhecimento e o desenvolvimento das habilidades e
competências dos alunos.
1.1.2. Educação de qualidade.
Para Ministério da educação – MINED (2014) a qualidade da educação é um conceito
multidimensional e nem sempre consensual, daí a pertinência da sua delimitação e
explicitação. “O significado da qualidade da educação deve ser devidamente
contextualizado, tendo em conta os processos de desenvolvimento social, económico,
cultural, político, científico, entre outros, não existindo um entendimento comum acerca do
que é a qualidade de educação” (ZUCULA, 2016, p. 781).
Nesse contexto, em tese defendo que formar, professor -, inicial ou continuada é formar
aluno ou educador do futuro. Além demais, a formação continuada do professor estimula os
professores a apropriarem-se dos seus próprios saberes investindo na pessoa e na sua
experiência. A formação deve ser concebida como um processo permanente, integrada no
dia-a-dia dos professores e das escolas. Outros aspectos que afetam a qualidade da educação
moçambicana são: a remuneração baixa, carreira pouco valorizada socialmente, condições
de trabalho inadequadas, políticas educacionais inapropriadas, bem como currículo e
procedimentos de ensino que não vão de acordo com o contexto atual, entre outros, são
também apontados como indicadores de qualidade da educação que o sistema educacional
moçambicano deve ter conta ou enfrentar na sua política ou na sua agenda.
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Finaliza-se esta secção apontando que, para que o governo moçambicano consiga oferecer a
melhor educação de qualidade à sua sociedade supõe enfrentar o desafio aos seguintes
indicadores: integrar as dimensões do ser humano em uma organização inovadora,
orientadas por currículos ricos e atualizados; infraestruturas escolares com acesso a
tecnologias e informação-, sala de aulas; bibliotecas; laboratórios e equipamentos; docentes
motivados, isto é, remuneração satisfatória ou adequada para os professores; relações
respeitosas entre professores e alunos; interações entre escolas, envolvimento da
comunidade e outras instâncias educativas; redução em algumas disciplinas do ensino
secundário das taxas de reprovação, redução de falta de vagas disponível em Instituições do
Ensino Superior, redução de número de alunos em sala de aulas, rácio professor/aluno;
capacitação permanente dos professores, pois, este grupo é um dos “pilares para as
melhorias da qualidade do ensino no país”; recursos humanos qualificado; água e luz
nas instituições escolares; material didático, livros de apoios, disponíveis para os alunos e
professores.
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Erradicar, gradualmente, o analfabetismo de modo a proporcionar a todo moçambicano o
acesso ao conhecimento científico e tecnológico, bem como o desenvolvimento pleno
das suas capacidades e a sua participação em vários domínios da vida do País;
Formar o cidadão com uma sólida preparação científica, técnica, tecnológica, cultural e
física e elevada educação moral, ética, cívica e patriótica;
Formar o professor como educador e profissional consciente com profunda preparação
científica, pedagógica, ética, moral capaz de educar a criança, o jovem e o adulto com
valores da moçambicanidade;
Formar cientistas e especialistas, devidamente qualificados que possam permitir o
desenvolvimento tecnológico e investigação científica;
Desenvolver a sensibilidade estética e capacidade artística da criança, do jovem e do
adulto, educando-os no amor pelas artes e gosto pelo belo;
Valorizar as línguas, arte, cultura e história moçambicanas com o objectivo de preservar
e desenvolver o património cultural da nação;
Desenvolver as línguas nacionais e a língua de sinais, promovendo a sua introdução
progressiva na educação dos cidadãos, visando a sua transformação em língua de acesso
ao conhecimento científico e técnico, à informação bem como de participação nos
processos de desenvolvimento do País;
Desenvolver o conhecimento da língua portuguesa como língua oficial e meio de acesso
ao conhecimento científico e técnico, bem como de comunicação entre os moçambicanos
com o mundo.
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capacidade de leitura e escrita, contagem e cálculo numérico de todas as crianças e
adolescentes ao longo do Ensino Básico. Relativo à Dimensão Processo de Ensino-
Aprendizagem, são apresentados os padrões, indicadores
Proficiente leitura, escrita e cálculo numérico;
Utilização de metodologias participativas
Adequada utilização dos materiais curriculares.
Disponibilidade e uso do programa de ensino, manual dos professores e outros
materiais;
Utilização de materiais de demonstração didáctica de todas as áreas de aprendizagem.
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A avaliação, sendo uma operação que consiste em verificar se os objectivos, metas ou
resultados estão a ser atingidos, pressupõe sempre um confronto entre os resultados
alcançados e os esperados. Esta operação realiza-se através de vários instrumentos que
facilitam a interpretação dos resultados e a emissão de juízos de valor.
Os instrumentos de avaliação disponíveis, permitem fazer uma avaliação interna e externa
das escolas, dando a possibilidade que cada actor (Direcção da Escola, professores, alunos,
pais e encarregados de educação e a comunidade local), do processo de Ensino-
Aprendizagem identifique, no contexto da sua escola, as acções concretas para auto-
superação das dificuldades identificadas, com vista à melhoria de qualidade. A realização
correcta e sistemática da auto-avaliação permitirá à avaliação externa encontrar bases e
elementos fiáveis sobre o desempenho da escola.
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Aprovar o Plano de Acção de melhoria da qualidade da educação do distrito;
Garantir a capacitação da Comissão de Avaliação das Zonas de Influencia Pedagógica
(ZIPs) para acções de avaliação interna;
Fazer a avaliação externa das escolas por amostragem.
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2.4.2. Procedimentos da Avaliação Externa
A avaliação interna é uma operação para gerar uma visão da qualidade oferecida pela escola.
Uma boa auto-avaliação oferece de forma analítica e crítica a visão de qualidade na escola.
Contudo, ela não é suficiente, sendo necessário o concurso de outras sensibilidades fora do
sistema, de modo a ajudar a esta a identificar as suas potencialidades e fraquezas que não
tenham sido identificadas na auto-avaliação.
A avaliação externa confere uma maior credibilidade à auto-avaliação e a participação de
outros intervenientes no processo educativo, mostrando de forma clara a relevância
dos padrões definidos. Para efeitos estatísticos esta avaliação decorrerá entre Fevereiro e
Março de cada ano, no entanto, depois deste período qualquer outra entidade devidamente
autorizada poderá realizá-la.
Uma avaliação externa requer uma boa colaboração da escola, bem como, uma boa
preparação dos avaliadores externos. A equipa dos avaliadores deverá fazer uma
combinação de várias estratégias como:
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Conclusão
Depois das várias consultas bibliográficas efectuadas para a realização deste trabalho
concluí que: A qualidade da educação constitui o grande desafio do Governo de
Moçambique, que deste a independência, em 1975 tem priorizado a criação e a expansão de
oportunidades para assegurar que todas as crianças possam ter acesso e completar uma
educação básica de nove anos, aumentando a quantidade de número de vagas nas escolas
moçambicanas. Apesar dessa universalização, a qualidade ainda tem sido reduzida à
identificação de uma série de estandartes de produtividade e rendimento, pois, ainda existem
alunos que terminam o ensino primário, de seis classes, sem dominar a leitura, a escrita e
aritmética-, primeiras quatro operações matemáticas.
Contudo, é possível se construir uma educação de qualidade bastando para tal, o Governo de
Moçambique enfrentar o desafio de fornecer à sua sociedade: infraestruturas escolares com
acesso a tecnologias e informação-, sala de aulas; bibliotecas; laboratórios e equipamentos;
remuneração satisfatória para os professores; envolvimento da comunidade e outras
instâncias educativas na vida escolar; redução de falta de vagas em Instituições do Ensino
Superior, redução de número de alunos em sala de aulas; capacitação permanente dos
professores, água e luz nas instituições escolares; material didático, disponíveis para os
alunos e professores. A qualidade da educação exige um esforço concentrado do
Estado, das famílias, das empresas. Todos são chamados a participar da construção de um
conhecimento sustentável promotor de dias melhores.
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Referências Bibliográficas
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau.
Série formação do professor).
MINEDH (2019a). Análise do Sector de Educação (ESA) Relatório Final. Julho de 2019
Maputo: MINEDH.
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Carvalho (Org.). Currículo, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
avaliação. Recife - Pernambuco – Brasil: ANPAE, Prefixo Editorial 87987, 2016.
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