Cirrose Hepática
Cirrose Hepática
Cirrose Hepática
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P R O F . G I O R D A N N E F R E I T A S
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C I R R O S E H E PÁT I CA
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HEPATOLOGIA Prof. Giordanne Freitas | Cirrose Hepática 2
APRESENTAÇÃO:
PROF. GIORDANNE
FREITAS
m
Prezado aluno, meu nome é Giordanne Guimarães Freitas.
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É um imenso prazer estar aqui com
você.
Cursei a faculdade de medicina no Rio de Janeiro, na
s.
Universidade Gama Filho. Posteriormente
fiz residência médica em clínica médica no Hospital do
Mandaqui-SP e residência médica em
Endocrinologia e Metabologia na Universidade Federal da
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@giordanne
@estrategiamed t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO 4
2.0 FISIOPATOLOGIA 5
2 .1 DISTÚRBIO HEMODINÂMICO 5
3 .2
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CIRROSE CRIPTOGÊNICA 7
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3 .4 TIROSINEMIA 8
3 .5 GALACTOSEMIA 8
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3 .6 FIBROSE CÍSTICA 8
3 .8
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SÍNDROME DE BUDD-CHIARI 9
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3 .9
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DOENÇA DE CAROLI 10
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4.0 CLASSIFICAÇÃO 11
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6.0 DIAGNÓSTICO 19
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6 .1 LABORATÓRIO 19
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9 .1 NUTRIÇÃO 22
CAPÍTULO
1.0 INTRODUÇÃO
Prezado aluno, a cirrose hepática é um tema que com frequência é cobrado nas provas de Residência Médica. Ao analisar 1740 questões
de Hepatologia, dos principais concursos do país, verificamos que 7% dessas questões pediam conhecimentos que apresentaremos neste
capítulo.
A maioria das questões de cirrose cobra conhecimentos relacionados às manifestações clínicas e diagnóstico. Neste resumo, vamos
conversar sobre esses temas e mais um pouco para que você gabarite as questões.
Um grande abraço e bons estudos.
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Fique atento, a cirrose representa o estágio final das doenças que causam lesão hepática crônica.
Independentemente da etiologia, na cirrose encontramos fibrose hepática, desorganização do parênquima
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hepático e nódulos de hepatócitos em regeneração envoltos por septos fibrosos.
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Trata-se de uma condição irreversível nas fases avançadas, tendo como única forma de tratamento o transplante hepático. Em algumas
condições, como na hemocromatose e na doença de Wilson, a retirada do fator agressor pode reverter uma cirrose em fase inicial de
desenvolvimento.
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CAPÍTULO
2.0 FISIOPATOLOGIA
Na cirrose hepática temos deposição progressiva de matriz A célula estrelada ativada passa a ter função de miofibroblasto,
extracelular (tecido conjuntivo) no parênquima hepático. Após tendo função contrátil. Esse aumento da contratilidade contrai
injúria hepática, a produção de matriz extracelular aumenta em 3 o parênquima hepático e comprime os sinusoides hepáticos,
a 10 vezes. reduzindo o diâmetro do seu lúmen, contribuindo para o aumento
A agressão hepática crônica ativa as células estreladas (células da resistência vascular intra-hepática, aumentando assim a pressão
que armazenam vitamina A), que são as principais produtoras de porta.
matriz extracelular. Outras células, como os fibroblastos portais, Com a progressão da fibrose hepática, há a formação dos
as células da medula óssea e os fibrócitos circulantes, também nódulos de regeneração (tecido hepático lesado circundado por
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participam do processo de fibrogênese. tecido fibrótico) e perda progressiva da função hepática.
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2. 1 DISTÚRBIO HEMODINÂMICO
Na cirrose temos vasodilatação dos vasos esplâncnicos. Com pressão hidrostática nesse leito vascular.
essa dilatação, há grande sequestro de volume nesses vasos, com A desorganização do parênquima hepático, por deposição
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consequente redução do volume circulante efetivo e hipoperfusão de tecido fibroso comprime os sinusoides hepáticos, aumentando
periférica. a resistência vascular nesse leito vascular, aumentando a pressão
Essa hipovolemia relativa ativa o sistema renina- porta.
angiotensina-aldosterona (SRAA) e o sistema nervoso simpático, A hipertensão porta, causada por todos esses mecanismos,
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além de estimular a liberação do hormônio antidiurético. Como justifica o aparecimento da ascite, das varizes de esôfago, da
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tentativa de restaurar a volemia. pela insuficiência hepática, também contribui para o aparecimento
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CAPÍTULO
A cirrose hepática pode ser causada por várias condições. As principais causas de cirrose são: hepatite
C, doença hepática alcoólica e doença hepática gordurosa não alcoólica. Essas três condições respondem
por 80% dos casos.
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• Fibrose Cística • Galactosemia
• Atresia Biliar • Hemocromatose
• Custo de Colédoco • Doença de Wilson
• Rarefação de ductos
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• Tirosinemia
biliares
• Deficiência de alfa -1 antitripsina
• Obstrução da via biliar INFÂNCIA
• Tirosinemia
• Colangite biliar primária
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• Hepatite B
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• Hepatite B + D
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• Hepatite E
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CARDÍACA ETIOLOGIA DA
CIRROSE VIRAIS
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• Pericardite constritiva
MEDICAMENTOS
VASCULARES
• Metotrexato
Querido aluno, neste capítulo vamos estudar algumas causas hepatite autoimune, a colangite biliar primária, a doença de Wilson,
mais raras de cirrose. Outras causas de cirrose, como a doença a colangite esclerosante primária, a hepatite medicamentosa e a
hepática alcoólica, a doença hepática gordurosa não alcoólica, a hemocromatose, serão abordadas em outros capítulos.
Trata-se de uma doença genética que pode causar doença mutante no fígado, justificando o aparecimento de enfisema e
hepática e pulmonar. Na deficiência de alfa-1 antitripsina temos cirrose hepática.
destruição dos septos alveolares e deposição de alfa-1 antitripsina
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Os pacientes com deficiência de AAT geralmente apresentam-se com doença pulmonar e/ou hepática.
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3. 2 CIRROSE CRIPTOGÊNICA
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A cirrose criptogênica ocorre quando não se identifica a etiologia da cirrose. O diagnóstico de cirrose criptogênica é feito quando se
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Doenças cardíacas, como a insuficiência cardíaca, a pericardite constritiva, as valvulopatias, a cardiomiopatia e o cor pulmonale, podem
causar congestão hepática e cirrose.
3. 4 TIROSINEMIA
As tirosinemias tipos I, II e III ocorrem quando temos que progride para cirrose.
defeitos no metabolismo da tirosina e aumento dos níveis séricos Os pacientes também podem apresentar neuropatia
de tirosina. A tirosinemia tipo 1 ocorre por deficiência da enzima periférica, vômitos, íleo paralítico, fraqueza muscular e cardiopatia,
fumarilacetoacetato hidrolase. A falta dessa enzima leva a um sendo a hipertrofia do septo interventricular a alteração mais
acúmulo de metabólitos tóxicos nos rins e no fígado, causando encontrada.
lesão tubular proximal (síndrome de Fanconi) e lesão hepatocelular,
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3. 5 GALACTOSEMIA
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Na galactosemia (aumento dos níveis séricos de galactose) com hepatopatia, aumento do risco de infecções, catarata,
temos alterações no metabolismo da galactose. comprometimento no desenvolvimento, vômitos, icterícia,
A galactosemia clássica é a mais comum e a mais hepatomegalia, letargia e manifestações neuropsiquiátricas
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grave. É causada pela deficiência da enzima galactose-1- progressivas.
fosfato uridiltransferase. Os pacientes podem apresentar-se
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3. 6 FIBROSE CÍSTICA
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Os pacientes com essa doença produzem secreções espessas No pâncreas, as secreções exócrinas espessas causam
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em vários órgãos. No pulmão, o acúmulo dessa secreção espessa e destruição do tecido pancreático e insuficiência pancreática
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aderente causa obstrução da via aérea, perda da função pulmonar endócrina e exócrina. No fígado, pode-se observar obstrução da via
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A atresia das vias biliares é uma doença fibrosante e obstrução da via biliar no período neonatal. Na maioria das vezes
obliterante, progressiva e idiopática, que se manifesta com há atresia de todas as estruturas da via biliar extra-hepática.
Trata-se da principal indicação de transplante hepático em crianças. Apresenta-se com icterícia (que
aparece ao nascimento ou em até 8 semanas do parto), acolia fecal, colúria e hepatomegalia.
3. 8 SÍNDROME DE BUDD-CHIARI
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A síndrome de Budd-Chiari (SBC) caracteriza-se por obstrução da via de saída do sistema venoso hepático.
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Na SBC primária temos, então, obstrução das veias supra-hepáticas, geralmente por um trombo, associado
ou não a comprometimento da veia cava inferior. Essa condição comumente está associada a uma coagulopatia,
como: policitemia vera, hemoglobinúria paroxística noturna, leucemia, deficiência de proteína C ou antitrombina
III, neoplasias, mutação do fator V de Leiden, doenças linfoproliferativas e uso de contraceptivo oral.
3. 9 DOENÇA DE CAROLI
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A doença de Caroli é cobrada em provas de Residência Médica. Trata-se de uma condição
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congênita que causa dilatações saculares multifocais dos ductos biliares grandes e que
se associa a fibrose hepática congênita. É transmitida de forma autossômica recessiva e
associa-se à doença renal policística e ao colangiocarcinoma.
Os pacientes geralmente apresentam-se com ascite, hemorragia por varizes de esôfago,
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hepatomegalia e prurido. Também possuem risco aumentado de colangite.
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Os exames radiológicos mostram lesões hepáticas císticas de vários tamanhos. Os exames mais
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CAPÍTULO
4.0 CLASSIFICAÇÃO
Classicamente, a cirrose é classificada em micronodular Outra classificação proposta por alguns autores classifica
(nódulos < 3 cm), macronodular (nódulos > 3 cm) ou mista. Essa a cirrose em compensada ou descompensada. Nesse sentido,
classificação tem sido abandonada, pois é inespecífica com relação podemos usar a classificação de Child-Pugh e o escore MELD
à etiologia. Além disso, observa-se que a morfologia do fígado pode (Model End-Stage Liver Disease). Esses escores também avaliam o
mudar com a evolução da doença, independentemente da etiologia, prognóstico e sobrevida dos pacientes.
e comumente a cirrose micronodular evolui para macronodular.
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A classificação de Child-Pugh é um escore que varia de 5 a 15 pontos e classifica o paciente em 3
classes, Child-Pugh A (5 a 6 pontos, cirrose compensada), Child-Pugh B (7 a 9 pontos, comprometimento
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funcional significativo) e Child-Pugh C (10 a 15 pontos, cirrose descompensada).
Essa classificação também avalia a sobrevida dos pacientes em 1 ano, que é de 100% (Child-Pugh
A), 80% (Child-Pugh B) e 45% (Child-Pugh C).
Para seu cálculo, usamos as seguintes variáveis: presença de ascite e encefalopatia, valores de
s.
albumina, tempo de protrombina ou INR e bilirrubina total.
Questões sobre a classificação de Child-Pugh comumente são pedidas em concursos de
Residência Médica. Para você não se esquecer das variáveis utilizadas para seu cálculo, utilize a
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• Bilirrubina
B
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• Encefalopatia
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A • Ascite
• Tempo de protombina/RNI
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A • Bilirrubina
Classificação de Child-Pugh
1 2 3
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Mínima (grau I e II) ou ausente Avançada (graus III e IV)
Encefalopatia. Ausente.
com medicação. ou recorrente.
Moderada a grave ou
Leve ou controlada com
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Ascite. Ausente. refratária ao uso de
diuréticos.
diuréticos.
Tempo de
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protrombina/RNI.
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Segundos
<4 4a6 6
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prolongados.
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Exemplo: imagine um paciente com bilirrubina de 5 mg/dl, albumina de 3 g/dl, RNI de 2, ausência de
encefalopatia e ascite leve.
Observe a pontuação:
Bilirrubina total de 5: 3 pontos.
s.
Albumina de 3: 2 pontos.
INR de 2: 2 pontos.
Ausência de encefalopatia: 1 ponto.
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Total: 10 pontos. O paciente é classificado como ChilD C e tem sobrevida de 35% a 45% em 1 ano.
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O escore MELD (Model for End-Stage Liver Disease) é O valor mínimo de MELD para inscrição na lista de transplante
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calculado com o uso de uma calculadora eletrônica e usando os é 11 (para indivíduos com mais de 12 anos). Para menores de 12
valores de bilirrubina, creatinina e RNI. anos calcula-se o escore PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease),
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Os valores do escore MELD variam de 6 a 40 (quanto maior que usa os valores de bilirrubina, albumina e RNI para seu cálculo.
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o valor, pior o prognóstico). Atualmente, ele é usado para alocação Não há valor mínimo do PELD para inscrição na lista de espera do
do paciente na lista de espera do transplante. Quanto maior a transplante.
pontuação, maior a prioridade.
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O escore MELD é, com frequência, cobrado nos concursos de Residência Médica. Você precisa
lembrar-se de que é o critério usado para alocação do paciente na lista de espera do transplante hepático
e que para seu cálculo usamos os valores de bilirrubina, INR e creatinina. Para facilitar a memorização, use
a sequência mnemônica BIC.
• Bilirrubina
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B
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• INR
I
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C • Creatinina
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No diagnóstico, os pacientes com cirrose hepática podem apresentar-se com sintomas inespecíficos, como: anorexia, náuseas, fadiga
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e perda ponderal.
Na cirrose temos alterações no metabolismo dos hormônios sexuais. Nessa condição temos hiperestrogenismo e redução dos níveis
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de androgênios.
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Essas alterações hormonais também justificam o
aparecimento de: disfunção erétil, infertilidade, redução dos pelos
corporais, ginecomastia (aumento do tecido mamário em homens
– figura a seguir), diminuição de libido e atrofia dos testículos
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Ginecomastia
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Baqueteamento digital
Na cirrose comumente temos hipoalbuminemia e coagulopatia, que justifica o aparecimento de ascite, hematomas e hemorragia. Na
cirrose, o fígado perde a capacidade de metabolizar substâncias tóxicas, como a amônia. O acúmulo dessa substância no organismo causa a
encefalopatia hepática.
A hipertensão porta, que ocorre na cirrose, justifica o aparecimento da ascite, das varizes de esôfago,
da esplenomegalia, do hiperesplenismo, da encefalopatia hepática e da circulação colateral com aspecto de
cabeça de medusa (figura a seguir).
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Segue abaixo ilustração com os principais sinais e sintomas da cirrose hepática.
• Eritema palmar
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• Circulação colateral
• Telangiectasia
• Varizes de esôfago
• Ginecomasta
• Varizes retais
• Redução de libido
• Ascite
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• Infertilidade
• Hemorragia por ruptura
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HIPOANDROGENISMO
• Icterícia
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• Edema
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• Desnutrição
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MANIFESTAÇÕES
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ÚLCERA PÉPTICA
CARDIOMIOPATIA DA CIRROSE
CONTRATURA DE DUPUYTREN
CAPÍTULO
6.0 DIAGNÓSTICO
Dentre os achados clínicos e laboratoriais, os que possuem maior capacidade de prever a presença de cirrose em pacientes com
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hepatopatia são: ascite, plaquetas < 160.000/mm³, aranhas vasculares e escore de Bonacini > 7 .
6. 1 LABORATÓRIO co
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As principais alterações laboratoriais da cirrose hepática estão listadas na tabela abaixo.
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Fosfatase alcalina
<3 vezes o limite superior da normalidade nas doenças hepatocelulares.
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Globulina Hipergamaglobulinemia.
Não podemos deixar de comentar que é essencial a investigação etiológica da cirrose hepática. Para isso, vários exames podem
ser solicitados. Como exemplo, podemos citar as sorologias para as hepatites virais, a dosagem de ferro e ferritina para investigação da
hemocromatose e a dosagem de anticorpos na suspeita de hepatite autoimune.
Ainda com relação aos exames laboratoriais da cirrose hepática, é importante saber:
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Os valores de albumina relacionam-se ao prognóstico do paciente com cirrose hepática.
Quanto menor o valor, pior o prognóstico.
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Fique atento: avaliamos a função hepática com a dosagem de albumina, tempo de protrombina ou RNI e
bilirrubina. Pacientes com comprometimento da função sintética do fígado terão hipoalbuminemia e prolongamento
do tempo de protrombina/RNI.
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Os fatores de coagulação são produzidos exclusivamente no fígado, com exceção do fator VIII, que é produzido
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no endotélio vascular. Possuem meia-vida curta, tendo o fator VII, por exemplo, meia-vida de aproximadamente
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6 horas (fator de coagulação com meia-vida mais curta). Sendo assim, são bons marcadores de insuficiência
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hepática aguda.
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Na insuficiência hepática temos alargamento do tempo de protrombina (> 5 segundos acima do tempo controle),
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RNI > 1,7 e atividade de protrombina < 50%. Com a evolução da cirrose, também há alteração do tempo de
tromboplastina parcial.
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CAPÍTULO
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Os exames de imagem (ultrassonografia, tomografia encontrar atrofia do lobo direito com hipertrofia do lobo caudado
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fígado atrofiado, com parênquima irregular, nódulos ou massas A presença de veia porta com diâmetro aumentado, veias
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hepáticas, ascite, esplenomegalia. Na cirrose também podemos colaterais e fluxo sanguíneo lentificado indicam hipertensão portal.
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CAPÍTULO
A biópsia deve ser evitada em indivíduos com atividade de protrombina < 50% e/ou contagem de plaquetas < 80.000 e/ou RNI > 1,3.
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CAPÍTULO
do tratamento consiste em erradicar o fator causal da cirrose. Muitas das vezes, o tratamento dos pacientes com cirrose
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Há relatos de reversão da cirrose após o tratamento da doença consiste no tratamento das complicações, como veremos em outros
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de base, principalmente quando a cirrose está em fase inicial e é capítulos. É importante lembrar-se de que o transplante hepático
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causada por vírus, hepatite autoimune, hemocromatose ou doença pode ser indicado nos pacientes com cirrose descompensada.
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9. 1 NUTRIÇÃO
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Em indivíduos com cirrose é comum o achado de desnutrição Esses pacientes devem receber 30 a 40 kcal/kg de peso
e deficiências nutricionais (deficiência de vitaminas e minerais). ideal/dia (não peso real), sendo 1,2 a 1,5 g/kg de proteínas, dando
A terapia nutricional melhora a qualidade de vida e reduz a preferência para as proteínas vegetais e dos leites e derivados. As
mortalidade. deficiências de vitaminas e minerais devem ser avaliadas e tratadas.
CAPÍTULO
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CAPÍTULO
CAPÍTULO
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Para os indivíduos que já tiveram hemorragia por ruptura de varizes de esôfago, indica-se
a profilaxia secundária, que é feita com betabloqueador não seletivo (propranolol ou nadolol) E
ligadura elástica das varizes.
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Dependendo da gravidade da cirrose (classificação de Child-Pugh), da presença das varizes e do tratamento da doença de base, a EDA
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• Child A, com varizes de pequeno calibre e sem tratamento da doença de base: EDA anual.
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• Child A, com varizes de pequeno calibre e com tratamento da doença de base: EDA em 2 anos.
• Child B ou C: EDA anual.
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•B
•C
• Colangite biliar primária • Álcool •B+C
• Colangite esclerosante primária • Hepatites virais •E
• Icterícia
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• Hemocromatose
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• Padrão ouro • Telangiectasias
para o diagnóstico ETIOLOGIA • Equimoses
• Redução de libido
HEPÁTICA
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CLÍNICAS
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• Fígado nodular
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• Bilirrubina direta
• Hiperecogenicidade
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• Hipergamaglobulinemia
• Fígado Heterogêneo
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• Fosfatase alcalina
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• GGT
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• Leucopenia | Anemia
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• Hipoalbuminemia
• Alargamento do tempo
de protrombina
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Copie o link abaixo e cole no seu navegador
para acessar o site
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s. https://estr.at/vo2m
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CAPÍTULO
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6. Dooley, J.S. et al. Sherlock's diseases of the liver and biliary system. Hoboken: John Wiley & sons, 2018.
7. Faria, R; Santos, J; Almeida, P, Banza, MJ. Cirrose hepática revisitada – a propósito de um caso clínico. Jornal Português de Gastroenterologia
co
2012; 19(4): 209-214.
8. Fauerholdt L, Schlichting P, Christensen E, et al. Conversion of micronodular cirrhosis into macronodular cirrhosis. Hepatology 1983; 3:928.
9. Ge PS, Runyon BA. The changing role of beta-blocker therapy in patients with cirrhosis. J Hepatol 2014; 60:643.
10.Golfman, L.; Shafer, A. Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
s.
11.Heidelbaugh JJ, Bruderly M. Cirrhosis and chronic liver failure: part I. Diagnosis and evaluation. Am Fam Physician 2006; 74:756.
12.Lee YA, Wallace MC, Friedman SL. Pathobiology of liver fibrosis: a translational success story. Gut 2015; 64:830.
13.Kasper, DL. et al. Medicina Interna de Harrison. Porto Alegre: AMGH, 2017.
♥
14.Papadakis MA, Fraser CL, Arieff AI. Hyponatraemia in patients with cirrhosis. Q J Med 1990; 76:675.
eo
15.Parkes J, Guha IN, Roderick P, Rosenberg W. Performance of serum marker panels for liver fibrosis in chronic hepatitis C. J Hepatol 2006;
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44:462.
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16.Zaterka, S.; Eisig, N. Tratado de gastroenterologia: da graduação a pós-graduação. São Paulo: Editora Atheneu, 2016.
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CAPÍTULO
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questões comentadas de concursos específicos que o ajudarão em sua preparação!
Tudo isso para que você esteja cada dia mais próximo de vencer esse desafio e ver seu nome na lista de aprovados!
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Que DEUS o abençoe e o ilumine nos estudos!
Cordial abraço,
Giordanne Freitas
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