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P 70- Considera-se (...

) estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o


agravo, sempre que se verificar a existência de associação entre a atividade
econômica da empresa, expressa pela CNAE e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, relacionada na CID., epidemiológico

Eu tinha marcado profissional, errei,

O Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) consiste numa metodologia que tem


como objetivo identificar a existência de correlação entre determinado setor
da atividade econômica e determinadas doenças. Com o NTEP, quando o
colaborador contrair uma doença diretamente relacionada à atividade
profissional, fica caracterizado o acidente de trabalho então, um
afastamento de auxílio-doença pode tornar-se um acidente de trabalho, nas
situações em que a CID (Classificação Internacional de Doenças) do
afastamento estiver relacionado com o CNAE (Código Nacional de Atividade
Econômica) da filial do colaborador.

Nexo técnico individual - Nexo técnico por doença equiparada a acidente de


trabalho ou nexo técnico individual. É caracterizado por doenças de trabalho
desencadeadas pelo exercício das tarefas profissionais, seja dentro ou fora
da empresa

Profissional ou do Trabalho: Indica a associação entre as doenças/lesões


sofridas pelo colaborador e o trabalho exercido por ele ou pelo ambiente de
trabalho a que ele foi exposto. Essas ligações são determinadas pelas listas
A e B do anexo II do de 9 de setembro de 2009.

Individual: Engloba acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, normalmente


associados a condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele
relacionado diretamente. Em outras palavras, é caracterizado por
doenças/lesões desencadeadas no exercício das tarefas profissionais, seja
dentro ou fora da empresa. Esse nexo é regido pelo art. 20 da

Epidemiológico: Também conhecido como o NTEP, esse nexo ocorre quando


há associação significativa entre o código da Classificação Internacional de
Doenças – CID, e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica –
CNAE,

P 72-Uma vez absorvido e tendo atingido a corrente sanguínea, o toxicante


pode ser transportado para todo o organismo, mas ainda há barreiras entre
ele e os diferentes órgãos e tecidos, que podem ser entendidos como
compartimentos. Os órgãos e os tecidos com grande fluxo sanguíneo, como
cérebro, fígado, rins, músculos, têm velocidade de equilíbrio muito rápida,
enquanto que, nos tecidos com pouca irrigação, como o adiposo, os ossos,
os dentes, o equilíbrio é atingido lentamente.
Nesta fase inicial, o fluxo sanguíneo tem grande influência na distribuição,
mas o que predomina com o tempo é a afinidade entre o xenobiótico e o
tecido. E mesmo os tecidos com baixa circulação sanguínea podem acumular
grande quantidade do toxicante, se a afinidade entre ambos for elevada."
(Buschinelli, Ocupacional”).eu marquei C, absorção e é D, distribuição, a
seguir.

Aqui se está a falar de INTOXICAÇÃO (ver Q2450663), e uma de suas fases é


a Toxicocinética (movimentação do agente no organismo)¹: Nesta fase
ocorrem as etapas de (1) absorção, (2) distribuição, (3) armazenamento, (4)
biotransformação e (5) excreção das substâncias químicas. As propriedades
físico-químicas do agente tóxico determinam o grau de acesso aos órgãos
alvos, assim como a velocidade de eliminação.

Enunciado: "Uma vez absorvido (...)". Aqui ocorreu a 1ª etapa da


toxicocinética (absorção); logo, cuidava-se da 2ª etapa: distribuição.

As letras D e E falam respectivamente da penúltima etapa


(biotransformação) e da última (excreção).

¹ P.S. O processo de INTOXICAÇÃO (Q2450663) subdivide-se em 4 fases: (1)


Exposição (ao patógeno); (2) Toxicocinética; (3) Toxicodinâmica
(desequilíbrio homeostático); (4) Fase Clínica (Diagnóstico).

Toxicocinética é o movimento dos agentes tóxicos nos organismos,


compreendido em várias fases: absorção, distribuição, biotransformação e
excreção.

**Absorção de Agentes Tóxicos:**

A absorção é o processo inicial em que um agente tóxico entra na circulação


sanguínea a partir do local de contato. As vias principais são cutânea
(através da pele), gastrointestinal (via ingestão) e respiratória (via inalação).
Cada via varia na eficiência de absorção, influenciada pelas propriedades da
substância e condições fisiológicas.

**Distribuição de Agentes Tóxicos:**

Após a absorção, os agentes tóxicos distribuem-se pelos órgãos altamente


vascularizados como fígado, rins e cérebro. A distribuição inicial é rápida
devido ao fluxo sanguíneo, mas pode ser afetada pela afinidade entre o
xenobiótico (substância estranha) e os tecidos.

**Biotransformação:**

O metabolismo dos agentes tóxicos ocorre em duas fases: Fase I


(modificações bioquímicas para aumentar a polaridade) e Fase II
(conjugação com moléculas endógenas para facilitar a excreção). Este
processo pode ativar substâncias tornando-as mais tóxicas (como no caso do
tetracloreto de carbono) ou neutralizá-las para eliminação segura (como no
metabolismo do paracetamol).

**Excreção:**

A excreção é a eliminação final dos agentes tóxicos e seus metabólitos do


organismo. Ocorre principalmente pelos rins (urina), fígado (bile), pulmões
(ar exalado) e pele (suor). Cada via de excreção é influenciada por fatores
como solubilidade da substância e pH dos fluidos corporais.

Compreender essas etapas é crucial para avaliar riscos toxicológicos e


desenvolver estratégias de prevenção e tratamento eficazes em ambientes
de trabalho e clínicos.

P 77 Assinale a alternativa incorreta no que tange às fases da intoxicação:

A Fase de exposição. X errada.(esta dentro da toxicinetica)

B Fase toxicocinética.

C Fase toxicodinâmica.

D Fase clínica.

E Fase de absorção. C

GABARITO E

I . Fase de Exposição: Fase em que as superfícies do organismo entram em


contato com o agente tóxico, sendo que a via de introdução, a frequência e a
duração da exposição, além de outros fatores físico-químicos, devam ser
consideradas.

II. Fase de Toxicocinética: Nesta fase ocorrem as etapas de absorção,


distribuição, armazenamento, biotransformação e excreção das substâncias
químicas (Q2450666). As propriedades físico-químicas do agente tóxico
determinam o grau de acesso aos órgãos alvos, assim como a velocidade de
eliminação.

III. Fase de Toxicodinâmica: Fase em que ocorre interação entre as


moléculas do agente tóxico e os sítios alvo, específicos ou não, dos órgãos e,
como consequência o aparecimento de desequilíbrio homeostático.

IV. Fase Clínica: Fase em que se tem sinais e sintomas ou alterações


patológicas detectáveis por exames diagnósticos, caracterizando os efeitos
nocivos provocados pela interação do agente tóxico com o organismo.
Em suma, tudo começa com a (I) exposição ao agente tóxico e finda com o
diagnóstico por meio do (IV) exame clínico; nesse intervalo, ocorrem as fases
(II) toxicocinética (aqui vai da absorção à excreção) e (III) toxicodinâmica
(desequilíbrio homeostático).

P 83 –Segundo consta da decisão, desde 2005 o Ministério Público do


Trabalho vinha constatando diversas irregularidades, ou seja, o
descumprimento da legislação trabalhista, em especial no que tange às
normas de saúde, segurança e medicina do trabalho. A partir de então, foi
firmado Termo de Ajuste de Conduta, porém, a empresa referida continuou
descumprindo as normas trabalhistas. Fato constatado no transcorrer dos
anos, nas diversas fiscalizações no local, em que em todas as ocasiões foram
constatadas a violação das disposições legais no que tange à proteção do
trabalhador. Assim, a sentença expõe que a empresa optou de forma
consciente e deliberada a priorizar o lucro em detrimento de um meio
ambiente do trabalho hígido e seguro. Segundo o Juiz do Trabalho João
Batista Sales Souza: ‘a conduta da empresa corresponde, sob o ponto de
vista econômico, a algo que se convencionou denominar de Dumping Social’.

(SILVA, Leda Maria Messias da; NOVAES, Milaine Akahoshi. Dumping social e
dignidade do trabalhador no meio ambiente de trabalho: propostas para a
redução da precarização. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região, Curitiba, v. 4, n. 43, p. 22-39, ago. 2015.)

Considerando que o "dumping social" pode ser compreendido como a prática


empresarial que consiste no intencional e reiterado descumprimento da
legislação trabalhista e previdenciária, refletindo-se na decisão da empresa
de negligenciar as normas protetivas de segurança e saúde do trabalhador,
na eventualidade de um acidente de trabalho em que as mencionadas
normas foram descumpridas, isso pode ser descrito como um fator: latente,
eu fico achando que é subjacente...

Os fatores relacionados com a ocorrência de eventos adversos podem ser:

IMEDIATOS: razões mais óbvias da ocorrência de um evento adverso,


evidenciadas na proximidade das conseqüências. Podem ser identificados
diversos fatores imediatos para um evento adverso.

SUBJACENTES: razões sistêmicas ou organizacionais menos evidentes,


porém necessárias para que ocorra um evento adverso.

LATENTES: são condições iniciadoras que possibilitam o surgimento de todos


os outros fatores relacionados ao evento adverso. Frequentemente remotas
no tempo e no que se refere a hierarquia dos envolvidos, quando
consideradas em relação ao evento. Geralmente envolvem concepção,
gestão, planejamento ou organização.
Exemplo:vtrabalhador sofre amputação traumática da mão direita em prensa
hidráulica.

Fatores imediatos: possibilidade de ingresso dos segmentos corporais na


área de risco; inexistência de cortina de luz e comando bi manual na prensa
hidráulica; dispositivo de acionamento instalado em local que permite o
acionamento involuntário da máquina; inexistência de dispositivo de parada
de emergência.

Fatores subjacentes: gestão de SST não evidencia nível de risco elevado na


operação da prensa; exigência de produção elevada; excesso de jornada;
trabalhador com pouca experiência na função e sem capacitação.

Fatores latentes: empresa define a aquisição de prensa hidráulica sem


adequados sistemas de proteção; gerenciamento da produção inadequado
nos períodos de elevada demanda; gestão de recursos humanos acarreta
excesso de jornada e elevada rotatividade de empregados; inexistência de
programa de capacitação continuada.

Exemplo: trabalhador sofre amputação traumática da mão direita em prensa


hidráulica.

Fatores imediatos: possibilidade de ingresso dos segmentos corporais na


área de risco; inexistência de cortina de luz e comando bimanual na prensa
hidráulica; dispositivo de acionamento instalado em local que permite o
acionamento involuntário da máquina; inexistência de dispositivo de parada
de emergência.

Fatores subjacentes: gestão de SST não evidencia risco elevado na operação


da prensa; exigência de produção elevada; excesso de jornada; trabalhador
com pouca experiência na função e sem capacitação.

Fatores latentes: empresa define a aquisição de prensa hidráulica sem


adequados sistemas de proteção; gerenciamento da produção inadequado
nos períodos de elevada demanda; gestão de recursos humanos acarreta
excesso de jornada e elevada rotatividade de empregados; inexistência de
programa de capacitação continuada.

Percebe-se que o dumping social praticado pela empresa é a sua política


institucionalizada de lucrar sacrificando a higidez do meio ambiente de
trabalho, de modo que o acidente/evento adverso é uma consequência
latente (mais relacionada ao alto escalão empresarial), enquanto os fatores
subjacentes e imediatos são mais próximos do evento em si.

GUIA DE ANÁLISE ACIDENTES DE TRABALHO DO MTE

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