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Superior Tribunal de Justiça

HABEAS CORPUS Nº 497.340 - PR (2019/0066360-0)

RELATOR : MINISTRO RIBEIRO DANTAS


IMPETRANTE : SILVIO ROGERIO GALICIOLLI
ADVOGADO : SÍLVIO ROGÉRIO GALICIOLLI - PR016692
IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PACIENTE : BRUNO ALMEIDA COLARES (PRESO)
PACIENTE : NATAN LEONARDO DOS SANTOS (PRESO)

DECISÃO

Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido liminar,


impetrado em favor de BRUNO ALMEIDA COLARES e NATAN LEONARDO DOS
SANTOS, em que se aponta como autoridade coatora o Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná.
Consta dos autos que os pacientes foram presos em flagrante (prisões convertidas
em preventivas) pela prática, em tese, da conduta descrita no art. 33 da Lei n. 11.343/2006.
Narra a peça inicial que inconformada, a defesa teria impetrado habeas corpus
perante o TJPR e o desembargador relator teria, também, indeferido o pleito liminar.
Nesta impetração, a defesa alega ausentes os pressupostos previstos no art. 312
do Código de Processo Penal.
Ao final, requer a concessão da ordem, liminarmente e no mérito, para que seja
revogada a prisão preventiva dos pacientes, superando-se a Súmula 619/STF.
É o relatório.
Decido.
Inicialmente, vale gizar que esta Corte Superior possui entendimento pacificado no
sentido de que não cabe habeas corpus contra decisão que indefere pedido liminar, salvo em
casos de flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão impugnada (Súmula 691/STF).
No caso, contudo, tenho que a análise da hipótese sequer será possível. Isso
porque, em sede de habeas corpus, a prova deve ser pré-constituída e incontroversa, cabendo
ao impetrante apresentar documentos suficientes à análise de eventual ilegalidade flagrante no
ato atacado.
Nesse sentido, confira-se:

"PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. DEFICIÊNCIA DE


INSTRUÇÃO. FALTA DE PEÇA ESSENCIAL À CORRETA ANÁLISE
DO PEDIDO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
1 - É deficiente a instrução do habeas corpus se dele não consta o inteiro
teor do acórdão atacado, que é justamente a gênese da problemática.
2 - Agravo regimental não provido."
(AgRg no RHC n. 41.266/ES, Relatora Ministra MARIA THEREZA DE
ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, DJe 04/04/2014).

Compulsando os autos, verifica-se ausência de peça essencial ao deslinde da


controvérsia (decisão impugnada), o que impede a análise do pedido.
Inviável, portanto, a aferição do alegado constrangimento ilegal.
Ante o exposto, com fundamento no art. 210 do RISTJ, indefiro liminarmente
este habeas corpus.
Publique-se. Intime-se.
Documento: 93157263 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 13/03/2019 Página 1 de 2
Superior Tribunal de Justiça
Cientifique-se o Ministério Público Federal.
Sem recurso, arquivem-se os autos.
Brasília (DF), 11 de março de 2019.

Ministro RIBEIRO DANTAS


Relator

Documento: 93157263 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 13/03/2019 Página 2 de 2

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