Manual de Kyudo Volume I - 1parte - Traducao Protuguesa
Manual de Kyudo Volume I - 1parte - Traducao Protuguesa
Manual de Kyudo Volume I - 1parte - Traducao Protuguesa
Volume I
Princpios de Tiro (Shaho)
(edio revista)
iii
iv
Santurio de Ise
Local de prtica de Kyudo (Dojo)
(Cidade de Ise)
Espaldo
(Azuchi)
vi
Espaldo (Azuchi )
Kyoto Saineikan
Local de prtica de Kyudo (Dojo)
Local de tiro
(Shajo)
vii
viii
RAIKI-SH AGI
Registo da Etiqueta Verdade no Tiro
O tiro, com o ciclo de movimentos de avanar ou retroceder
nunca o poder ser sem cortesia e decoro (Rei).
Depois de ter adquirido a correcta inteno interior e a exacta
postura na aparncia exterior, o arco e flecha podem ser
manuseados resolutamente.
Atirar desta forma realizar um tiro com sucesso, e atravs
deste a virtude do tiro ser evidenciada.
O Kyudo uma via para o apuramento da virtude plena. No
tiro, cada um precisa de procurar a correco em si mesmo.
Com a rectido em si prprio, o tiro pode ser realizado.
No momento em que o tiro falha, no deve haver qualquer
ressentimento para com aqueles que so bem sucedidos. Pelo
contrrio, esta uma ocasio para se procurar a si prprio.
ix
SH AH O-KUN
Princpios do Tiro pelo Mestre Junsei Yoshimi
O caminho no com o arco, mas com a estrutura corporal,
que de maior importncia no tiro.
Colocar o esprito (Kokoro), no centro de todo o corpo, com
dois teros em Yunde (brao esquerdo) empurrar a corda, e com
um tero em Mete (brao direito) puxar o arco. Esprito assente,
assim se forma a unidade harmoniosa.
A partir da linha central do peito e para realizar o tiro, divide-se
a esquerda e a direita igualmente.
sabido, que a coliso do ferro com a pedra lana fascas
sbitas; do mesmo modo ocorre o astro dourado, brilhando
intensamente, e a meia-lua quando se pe no Ocidente.
xi
xii
NDICE
Frontispcio Fotogrfico
Comisso que Institui os Princpios do Tiro (Shaho) ................................................. iii
Santurio de Ise Local de Prtica de Kyudo (Dojo) ..................................................... v
Santurio de Meiji Shiseikan Local de Prtica de Kyudo (Dojo) e Kyoto
Saineikan Local de Prtica de Kyudo (Dojo) ............................................................. vii
RAIKI-SHAGI : Registo da Etiqueta Verdade no Tiro................................................... ix
SHAHO-KUN : Princpios do Tiro - pelo Mestre Junsei Yoshimi ................................... xi
Prefcio da Edio Revista (1971)................................................................................. 5
Prefcio da Primeira Edio (1953) .............................................................................. 6
Revises e Emendas do Texto (1971) ........................................................................... 8
Notas do Tradutor (Ingls) .......................................................................................... 10
INTRODUO
As Origens e as Caractersticas do Arco Japons...................................................... 12
Desenvolvimento do Arco Japons ............................................................................ 13
Venerao pela Beleza do Arco Japons .................................................................... 15
Kyudo MODERNO ............................................................................................................... 16
A Popularizao do Kyudo .......................................................................................... 16
tica do Kyudo (Cdigo Moral e Etiqueta Michi to Rei) ....................................... 17
Finalidade Suprema do Kyudo .................................................................................... 19
Os Dois Aspectos do Kyudo ....................................................................................... 21
PRINCPIOS DO TIRO (SHAHO)
AS TRS ESSENCIAS COMO UMA UNIDADE (SANMI-ITTAI)........................... 24
O Legado de Raiki-Shagi ............................................................................................... 24
O Legado do Mestre Junsei Yoshimi (Shaho-Kun) ..................................................... 25
FORMA FUNDAMENTAL (KIHONTAI) ....................................................................... 27
A Importncia da Forma Fundamental................................................................................ 27
Atitude Correcta no Execuo do Tiro ................................................................................ 28
As Formas Bsicas de Postura e Movimento ...................................................................... 28
A chave para o tiro so a sinceridade e a cortesia. Tem mais valor ser sincero do
que vencer os outros. Quando praticamos muito importante ter isto em mente e
ter uma real crena e coragem para faz-lo.
Um dos objectivos ao publicar este compndio a nossa esperana de que a vossa
prtica do Kyudo tenha um significado no vosso dia-a-dia, quer espiritual quer
fisicamente. O Kyudo no simplesmente uma forma de criar bem-estar e de
treinar o corpo, mas tambm uma forma de trazer melhoria e cultura vossa vida.
Devemos considerar a relevncia para o nosso treino, de frases do passado como
Kyudo vida (Sha Soku Jinsei) ou Kyudo viver (Sha Soku Seikatsu). Desta
forma, ns como praticantes do Kyudo, de quem se espera o domnio de virtudes
como a disciplina, a modstia, a gentileza, o auto-controle e a reflexo atravs do
tiro, podemos realizar estas qualidades na nossa vida.
Concluso:
O tempo passa e, com a sua passagem, ser necessrio fazer novas mudanas a
este texto. Quando chegar a ocasio, esperamos abordar a tarefa com um esforo
honesto e sincero. No entretanto, pedimos a cooperao para fazer melhorias
futuras no texto.
Ao rever e emendar esta publicao, agradecemos as contribuies que o tornaram
possvel, e esperamos que este manual se torne uma boa fonte de estudo e
orientao para a prtica.
Federao Japonesa de Kyudo
Maro 1971
Nota do Tradutor
Com o aumento do nmero de ocidentais que actualmente praticam o Kyudo,
quer no Japo, quer nos seus prprios pases, a Federao Japonesa de Kyudo
verificou que o Manual de Kyudo, Vol. I, deveria ser disponibilizado em
traduo. Esta deciso resultou na presente traduo inglesa da edio de 1953.
Ao fazer a traduo, todo o esforo foi feito para permanecer to preciso quanto
possvel ao significado do texto, s reescrevendo onde a organizao ou o
contedo no se adaptavam traduo em ingls. Os termos de Kyudo mais
familiares foram colocados no texto entre parntesis juntos com o seu equivalente
ingls (*), ou colocados simplesmente no texto quando o seu significado autoevidente.
Outra considerao para o leitor que, enquanto este manual serve como
referncia e fonte de ensino dos elementos formais normalizados do tiro e do
cdigo de valores e objectivos que sustentam a prtica, est dirigido para aqueles
que j esto sujeitos ao treino, e no dever ser visto como um substituto, ou
alternativa, a um ensino sob um professor experimentado.
Gostaria de agradecer Federao Japonesa de Kyudo pela sua viso de futuro ao
tornar disponvel em ingls esta importante obra sobre os princpios do Kyudo.
Espero tambm que isto seja o abrir de uma porta para futuras tradues de
textos de Kyudo, que at agora permaneceram indisponveis para os praticantes
ocidentais. Sem a referncia a um anterior esboo de traduo, no publicada, pelo
Sr. Hiroshi Takahashi, esta obra no teria sido possvel. Foi uma ferramenta
indispensvel na preparao desta traduo. Uma meno deve ser feita aos
praticantes de Kyudo, na Europa e no Japo, que ajudaram na reviso deste texto e
contriburam de vrias formas para o seu produto final.
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INTRODUO
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O arco est profundamente relacionado com a vida dos japoneses. Desde tempos
primitivos o arco foi sempre parte da sua identidade. Mesmo o lendrio
Imperador Jimmu, enquanto smbolo do Japo e dos japoneses, retratado
segurando um arco na mo. Desde o tempo em que Yoshiie Minamoto dedicou
um arco e flechas ao Imperador Shirakawa como um trofu do sucesso em duas
grandes vitrias - dados ao Imperador para ajudar sua recuperao na doena - o
arco e as flechas passaram a ter um significado mais profundo em conexo com a
vida espiritual e pessoal do guerreiro. Desde esta era ocorreu a ideia de que o arco
era um vaso das virtudes guerreiras, com as qualidades do arco a tomarem
significados msticos.
Nada no mundo mais simples do que disparar um arco. No s o arco e as
flechas so dos mais simples artefactos, mas tambm o acto de atirar em si
simples. A criana gosta de atirar uma flecha no seu inconsciente mundo de
brincadeira, um mundo que reflecte as prprias origens desde acto, que vai at aos
primrdios da humanidade. Quando para a criana s um jogo, para os nossos
antepassados, quando colocavam uma flecha, isso significava o drama da vida ou
da morte na caada de uma presa. Neste acto primrio de disparar o arco, no s
a nossa inteligncia humana e habilidade que se expressa, mas algo de muito mais
fundamental para a nossa natureza humana. A histria do arco permanece
intimamente ligada nossa humanidade.
Quando o arco se tornou uma arma, isso forou a tecnologia a desenvolver um
arco mais sofisticado, e na busca para fazer uma arma mais poderosa, o arco
tornou-se um smbolo de poder e de fora.
Desenvolvimento do Tiro com arco japons
A caracterstica do arco e flechas japoneses a simplicidade da sua forma. Mesmo
os arcos usados hoje em dia mudaram muito pouco na sua construo
relativamente aos arcos do passado. Em comparao com os avanos do mundo
tecnolgico moderno, a simples, quase primitiva, forma do arco japons um
anacronismo. No entanto, esta simplicidade o verdadeiro carcter que ele
representa. Utilizar materiais modernos no melhora a o seu desempenho. Uma
flecha feita de bambu, dispara to bem como uma de metal ou materiais sintticos.
Tambm, as subtilezas que se experimentam com os materiais naturais, no
existem nos materiais modernos. So estas mesmas qualidades encontradas nos
materiais naturais que do um interesse esttico e profundidade experincia de
manusear as flechas e o arco japons, que no tem equivalente no tiro com arco
ocidental.
Enquanto a construo e aparncia do arco e flechas no mudou de forma
significativa ao longo da sua histria, uma ateno extraordinria tem sido tida ao
desenvolvimento da relao psicolgica com o arco. Este longo perodo de
histria no qual a ateno deve ser dada ao aspecto esttico e psicolgico, foi mais
do qualquer outra coisa, um factor no cultivar da singularidade do arco japons.
Para os japoneses, o arco e as flechas so reverenciados como objectos de f que
se cr serem misteriosos portadores de espiritualidade.
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Pensando no arco, pensa-se imediatamente nele como uma arma. Apesar da sua
funo primeira na maior parte da histria registada, ser a de um instrumento de
guerra, o seu propsito original era uma ferramenta de caa. Ambas as funes
so inerentes nos seus propsitos e relacionam-se com a sua dimenso espiritual e
psicolgica, mas o que fascinante no arco japons que estes aspectos
utili6trios foram sempre secundrios relativamente sua natureza esttica e
espiritual. Nesse papel simblico sempre foi objecto de respeito para o povo
japons. Talvez o facto da beleza e do mistrio da sua forma de prender a
imaginao tenha sido instrumental na permanncia da sua forma durante tanto
tempo.
Nenhum povo teve o grau de relao espiritual com o arco como o teve o japons.
Muitas culturas, como os egpcios, babilnios e outros povos antigos, que usaram
o arco curto com a sua nfase nos aspectos prticos, tiveram um a relao
simblica e espiritual com o arco que era similar nos intentos dos japoneses. Por
exemplo, na cultura Assria o arco e flecha eram chamados a Arma Real, e nas
ocupaes os novos domnios eram consagrados, chamando-se ao novo territrio
o Trofu do Arco. No Japo tambm existem muitos exemplos da funo
simblica e ritual do arco. Nos tempos antigos, o povo designava o carcter nobre
de uma pessoa com a expresso casa do arco, e na execuo do Tiro Meigen, o
som da corda do arco usado para purificao e expulso dos espritos.
Muitas culturas usaram o arco como uma arma, mas muito poucos desenvolveram
e formalizaram o aspecto psicolgico e simblico, o mantiveram um arco
comparvel em altura ao arco japons. S no Japo o arco longo foi usado apesar
a inconvenincia e ineficcia, quando comprados com os arcos de dimenses
menores. Tambm o arco curto mais porttil, com a sua pega central, mais fcil
de operar quer na posio vertical quer na horizontal. Por outro lado, o arco
japons tem a pega colocada assimetricamente, presumivelmente porque atravs
da experincia esta posio foi considerada como sendo o melhor compromisso
entre as consideraes funcionais e as estticas.
O arco japons similar no seu tipo aos arcos usados por povos que vivem regio
do Pacfico, mas inteiramente diferente do tipo usado na China. Tambm o
conceito de tiro com arco no Japo antigo era bastante diferente do da China.
Apesar de mais tarde o sistema de etiqueta chins e de valores ticos (Rei)
baseados no confucionismo, e outras formas de pensamento japons, foram
introduzidos na cultura japonesa e tornaram-se uma influncia maior no
desenvolvimento do quadro tico e psicolgico do Kyudo e nas caractersticas
nicas do arco japons.
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Nos tempos antigos, o arco japons, era simplesmente um arco linear feito do
tronco de uma rvore, da forma que outros povos do Pacfico faziam arcos.
Mesmo em perodos mais tardios, era feito da parte mais forte do tronco de
ulmeiros (conhecidos pelos antigas designaes de Tsuki, ou Keyaki) ou catalpas
(Azusa). O mtodo de laminar um arco invertido era j usado ento pelos chineses
nesse tempo. Mantendo a forma estreita do arco, a tcnica laminar dos chineses
foi apreendida e adoptada na manufactura do arco japons, desenvolvendo
gradualmente poder enquanto mantinha a forma original.
A definio de arco longo um arco com 1,82 m ou mais. Muitos dos arcos
antigos que ainda existem, esto nesta categoria, com um comprimento entre 1,82
e 2,12 m. Nos dias de hoje um arco com 2,21 m chamado Namihoko o arco de
comprimento normal usado pela maior parte dos arqueiros. Arcos mais longos so
tambm usados de acordo com a altura e o comprimento de flecha do arqueiro.
Apesar de se terem usado arcos de comprimentos excepcionais, eram
normalmente mais curtos do que os utilizados hoje. Excepes eram um arco
chamado Hokozumari que tinha um comprimento de cerca de 2,06 m e um arco
curto de 1,61 m usado em acampamentos militares. Estes tipos de arco tinham a
vantagem de que o disparo da flecha era mais rpido, mas partiam-se mais
facilmente. Estes eram tambm tipos de arco japons mais curtos usados em tiro a
aves e caa mida.
Venerao pela beleza do Arco Japons
O comprimento e as qualidades estticas do arco japons, foram os factores
dominantes na determinao da sua forma. Noutras culturas o arco curto evolui
devido sua superioridade como arma. Enquanto o longo arco japons e com a
pega em baixo, e a inerente dificuldade em manusear, permaneceu imutvel por
respeito pela beleza da sua forma e da relao mstica para com o arco enquanto
objecto de venerao (Tempyo).
A sua limitao prtica foi tambm um catalisador ao gerar a tcnica especial para
lidar com este tipo de arco, bem como toda a relao psicolgica para com o acto
de atirar.
A beleza do arco japons aclamada no trabalho do escritor Nyozekan Hasegawa,
A Beleza da Etiqueta (Rei no Bi), na qual declara: Pergunto-me de onde deriva a
beleza do arco japons. No h outro arco no mundo em que a sua forma e
curvatura tenha um sentido esttico semelhante ao do arco japons. A curva da
maior parte dos arcos no mundo, um semicrculo vulgar, com apega no seu
centro, enquanto o arco japons tem a pega colocada assimetricamente a cerca de
um tero do seu comprimento total, dividindo-o em duas curvas distintas (Sori),
ambas formando uma elasticidade contnua de poder igualmente distribudo pelo
arco para criar uma condio de perfeito balano.
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KYUDO MODERNO
Popularizao do Kyudo
No seu desenvolvimento o Kyudo estende-se para alm do tempo em que o arco
era usado exclusivamente como uma arma que era uma parte inseparvel da vida
do guerreiro. Nos tempos modernos o arco no desempenha mais esse papel vital,
mas pode ainda desempenhar uma parte significativa das nossas vidas, como meio
para o auto desenvolvimento e o crescimento moral e espiritual. Este tem valor
particularmente para os mais jovens, que podem ganhar recompensas do treino
fsico e espiritual. Visto desta forma o Kyudo tomou um significado moderno,
mudando o seu foco para ir ao encontro das mudanas sociais do ps-guerra.
Assim ainda que no haja uma mudana bvia na aparncia exterior e na forma do
Kyudo, algumas mudanas inevitveis na atitude e na sensibilidade ocorreram.
Entre estas mudanas est a organizao democrtica do Kyudo que tem como
propsito tornar o Kyudo disponvel para todos. Tambm na nossa atitude mental
deve haver uma abertura que reflicta o esprito democrtico. No entanto a mera
democratizao exterior da estrutura sem uma mudana interior na atitude ignora
o principal objectivo do Kyudo que o treino moral. No existe democratizao
do Kyudo sem a atitude moral que deve ser a sua fundao.
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pocas. Podemos dizer que a pesquisa para definir ou pelo menos intuir a verdade
absoluta o objectivo de todas as religies e disciplinas filosficas.
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(6) Est escrito, que a coliso do ferro e da pedra liberta fascas sbitas Isto
significa que a grandeza do tiro est na energia espiritual. Para alm do resultado
de acertar ou falhar, esta clareza e nitidez do disparo, comparada enquanto tal
fasca soltada pelo embate do ferro na pedra, do mais alto valor no tiro.
(7) ...e ento a surge o corpo dourado, brilhando branco, e a meia-lua situada a
poente. Aqui est referida a posio do corpo depois do disparo (Zanshin) na qual
permanece a evidncia do mais elevado nvel de tiro. Ao olhar o cu da manh, o
vulto dourado do planeta Vnus pode ser visto a brilhar a leste, e a oeste
permanece, tambm, a meia-lua brilhando ainda na alvorada. Isto celebra a
verdade alcanada pelo tiro.
Comparando estes textos, verifica-se que o Raiki-Shagi centra-se nos princpios
ticos, enquanto o Shaho-Kun alude sobretudo s qualidades da percia prtica. Se o
ensinamento destes dois documentos for considerado, ser um guia apropriado
para o uso do Kyudo no tempo presente. A partir desta base, acredita-se ser
possvel que, se o esforo da prtica for persistente, chegar-se- seguramente
condio superior de As Trs Essncias como Uma Unidade (Sanmi-Ittai).
com esta esperana que estes textos so apresentados como uma oportunidade de
estudo e referncia.
Escrito em 22 de Dezembro de 1967
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