Regência de Nomes e Verbos
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Regência de Nomes e Verbos
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
15 de Junho de 2022
Índice
1) Noções Iniciais de Regência e Crase
..............................................................................................................................................................................................3
2) Regência Verbal
..............................................................................................................................................................................................6
3) Regência Nominal
..............................................................................................................................................................................................
21
4) Crase
..............................................................................................................................................................................................
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NOÇÕES INICIAIS
O que é regência?
Reger é governar, é guiar, é ser o chefe. O chefe demanda e alguém obedece. Analogamente, a regência
trata da relação entres termos dependentes, entre complementos e complementados. O termo regente
demanda certo complemento, que será o termo regido.
Os verbos transitivos pedem seus complementos, que são os objetos diretos e indiretos. Os nomes, ou
seja, substantivos, adjetivos e advérbios, muitas vezes demandam um complemento, o famoso
complemento nominal, que é sempre preposicionado, exceto quando aparece na forma de um pronome
oblíquo átono.
Se eu disser: Eu tenho medo! Falta alguma coisa, né? Medo de quê? Medo de morrer. Esse termo
preposicionado “de morrer” complementa o sentido que faltava no substantivo medo e é chamado
complemento nominal.
Se eu disser: Desisti! Também falta alguma coisa, né? Desistiu de quê? Desisti de viajar. Esse termo
preposicionado que complementa o sentido que faltava no verbo desistir é chamado objeto indireto.
Indireto porque o verbo transita indiretamente até seu complemento, por via de uma preposição.
Se eu disser: A caixa está repleta! Novamente, falta alguma coisa que complete o sentido desse adjetivo.
Repleta de quê? Repleta de cerveja. O termo “de cerveja”, que complementa o sentido do adjetivo, é
chamado de complemento nominal.
Agora vamos pensar um pouco, qual preposição está faltando na lacuna?
Eu concordo____você.
Seu pai acredita____vida após a morte.
Ela gosta___doces, mas é alérgica___chocolates.
Ela é apaixonada____animais, especialmente___ gatos.
Você provavelmente não teve dificuldade em inferir que as preposições que preencheriam as lacunas
seriam com, em, de, a, por, por. Esses verbos e nomes são comuns, não há dificuldade em saber a regência
deles. O que a banca faz é pedir a regência de verbos menos comuns ou de verbos que são
frequentemente utilizados com uma preposição indevida, a ponto de todos pensarem que aquela regência
está correta.
A regência de um verbo pode variar pelo contexto:
João fala muito bem.
João só fala em estudo.
João só fala em mandarim.
João só fala verdades.
João falou a verdade ao médico.
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(STM–Analista – 2018)
Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem... Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como
desculpa universal... Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade...
Em “disse-o quem sabia” (ℓ.1) e em “Quem não sabe deve perguntar” (ℓ. 2), o verbo saber é intransitivo.
Comentários:
Aqui foi cobrado o conhecimento de uma regra geral de regência: a transitividade do verbo pode variar no
contexto. No trecho, temos apenas “sabia”, então, ele não foi usado com nenhum complemento, de modo
que foi empregado como intransitivo. Em outras situações, claro, poderia funcionar como transitivo direto:
sei a verdade. Contudo, nesse trecho, foi usado sem complemento, o que o caracteriza como intransitivo.
Questão correta.
(STM / ANALISTA / 2018)
Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito
para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava.
No trecho “estado de que meu coração precisava” (ℓ.2), a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.
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Comentários:
A preposição “de” é exigida pela regência do verbo “precisar”, transitivo indireto: precisar DE algo. Esse
complemento veio na forma do pronome “que”, então o “de” vem obrigatoriamente antes do “que”
pronome relativo. Preciso do estado > o estado de que preciso... Questão correta.
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REGÊNCIA VERBAL
A regência verbal cuida da relação de dependência entre os verbos e seus complementos.
Os verbos que pedem complemento com preposição são transitivos indiretos (VTI): gostar DE, obedecer A,
acreditar EM.
Os que não pedem preposição são transitivos diretos (VTD): Comprar, Ter, Fazer.
Os verbos que não pedem nenhum complemento, geralmente por serem completos de sentido em si
mesmos, são chamados de intransitivos: Morrer, Nascer, Viver, Sair.
Além disso, interessa-nos aqui conhecer a transitividade de alguns verbos, bem como as preposições que
eles regem (exigem). Também temos que entender a regência do pronome relativo (que, o qual, os quais).
Os pronomes relativos retomam um termo antecedente, substituindo-o sintaticamente. Isso significa, de
forma mais simples, que, se ele se refere a um termo que é sujeito, o pronome relativo vai ter função de
sujeito. Mas sujeito de quem?
Do verbo da oração subordinada adjetiva introduzida por ele.
Ex.: [As alunas que estudam muito] passarão no concurso. (alunas estudam)
O sujeito do verbo passar é toda a expressão em amarelo antes do verbo. A expressão sublinhada é a
oração adjetiva, que tem esse nome porque ocupa a posição de um adjetivo: “que estudam muito” =
”estudiosas”. O pronome relativo “que”, como o próprio nome diz, relaciona-se ao seu termo anterior e
funciona como sujeito do verbo dessa oração adjetiva interna ("estuda/estudam"):
Sujeito Sujeito
que estuda muito (or. Adj.) que estudam muito (or. Adj.)
Aluno Alunas
No mundo da regência, interessa-nos saber quando o pronome relativo vai exercer o papel (função
sintática) de um complemento, seja de um verbo (objeto direto ou indireto), seja de um nome
(complemento nominal). Isso ocorre quando ele retoma o termo que tem essa função. Vejamos:
1Eu luto por meus ideais + 2Meus ideais são inegociáveis.
Os ideais por que (ou "pelos quais") luto são inegociáveis.
Vamos analisar: o verbo lutar é VTI, quem luta, luta por (preposição) alguma coisa. Luto por que (os ideais).
Nesse caso, “que” é o objeto indireto do verbo lutar e se refere a “os ideais”.
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Na segunda lacuna, temos que pensar no verbo Chegar. Quem chega chega “a” algum lugar, então o
pronome relativo que retoma esse lugar deve vir acompanhado da preposição “a”.
Chegamos A + o lugar> O lugar A QUE chegamos era lindo.
Eu usei o “que” como exemplo para mostrar a lógica; porém, outros pronomes relativos poderiam estar
nessa lacuna:
A reunião À QUAL comparecemos foi produtiva. (a + a qual)
O lugar AO QUAL/AONDE chegamos era lindo (a + o qual/a + onde)
Nesse caso acima, o pronome “a qual”, por já ter um “artigo embutido”, vai se unir à preposição “a” que o
verbo pediu. Daí teremos crase. Trocando por outros pronomes que não tenham esse “a” (“que”, por
exemplo), não há crase!
Ressalto também que, em muitos verbos, a mudança da preposição vai alterar o sentido, as bancas
adoram isso! Vamos a eles. Usaremos a legenda tradicional: VTD (verbo transitivo direto); VTI (verbo
transitivo indireto); VTDI (verbo transitivo direto e indireto); VI (verbo intransitivo).
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(SEDF / 2017)
Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de
letramento às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à
segmentação da escrita.
A substituição de “às quais” por à que prejudica a correção gramatical do texto.
Comentários:
Aqui, a regência com pronome relativo tem implicações na crase. Veja:
Na redação original, foi utilizado o pronome relativo “as quais”, que já tem um “artigo feminino embutido”.
Daí, teremos: exposto a + as quais = às quais.
As práticas às quais está exposto o aprendiz.
Se trocarmos esse pronome relativo “as quais” por seu substituto universal “que”, não teremos mais esse
“a” embutido, então também não teremos crase:
As práticas a que está exposto o aprendiz. (exposto a + que = a que)
Portanto, inserir o acento grave da crase prejudica a correção. Questão correta.
Principais Regências
Aqui, veremos os verbos que admitem mais de uma possibilidade de regência e de sentido. Veremos
também alguns que pedem preposições diferentes daquelas que geralmente são usadas no dia a dia.
Vamos a eles.
1. Agradar
Dependendo do sentido, pode ser VTD ou VTI.
Ex.: Eu agradei o gatinho (VTD; acariciar, fazer carinho).
Ex.: Eu agradei aos patrões (VTI: “a”; satisfazer, contentar).
Pessoal, dependendo do contexto, esses sentidos podem ficar muito parecidos. Contudo, a banca cobra as
duas regências. Fique atento, veremos nas questões.
2. Aspirar
O verbo “aspirar” também tem dupla regência, cada uma com um sentido:
Ex.: O aspirador não aspira a poeira do canto. (VTD; sugar, cheirar, inspirar, sorver, inalar)
Ex.: Agrada-me aspirar esse cheiro de gasolina. (VTD; sugar, inspirar, sorver, inalar)
Ex.: Estudo porque aspiro ao cargo de Auditor. (VTI: “a”; desejar, almejar)
Ex: Não aspiro mais àquela glória. (VTI: “a”; desejar, almejar)
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(STM–Analista – 2018)
De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura
mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade...
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (L.2) poderia
ser substituída por aspire a.
Comentários:
Aspirar, com sentido de desejar, é transitivo indireto e pede preposição A. Então, a troca seria perfeita. A
propósito, “aspirar” também pode ser usado como transitivo direto, com sentido de “sorver, sugar o ar”: O
aspirador aspira a poeira. Questão correta.
(FUB–Ass. Adm. – 2015)
De acordo com pesquisas realizadas em vários países, inclusive no Brasil, especialistas em recursos
humanos identificaram os atributos que um funcionário, ou candidato a emprego, deve ter para agradar os
superiores e ter sucesso em sua carreira profissional.
No que se refere à tipologia textual e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Mantém-se a correção gramatical do primeiro período do texto ao se substituir “agradar os superiores” por
“agradar aos superiores”.
Comentários:
Aqui a banca considerou que as duas regências estão corretas, o que é verdade, conforme vimos acima. De
fato, o verbo agradar pode vir com a preposição “a” (=SATISFAZER, CONTENTAR) ou sem preposição
(=FAZER CARÍCIA). A ausência da preposição não causa erro, apenas muda o sentido.
Porém, pela leitura do texto, seria estranho pensar que temos a primeira acepção de agradar, no sentido
de fazer carinho, como quem faz carinho num gato. Podemos então entender que mudou o sentido ao
mudar a regência, do sentido de “agradar” para o sentido de “satisfazer”, mas não foi afetada a correção
gramatical. A banca somente perguntou sobre a correção. Questão correta.
3. Implicar
O verbo “implicar”, a depender do sentido, pode vir com a preposição “com”, “em” ou até mesmo vir sem
preposição.
Ex.: Mãe, ele está implicando com! (VTI: “com”; provocar, hostilizar, zombar)
Ex.: Lula foi implicado em um esquema. (VTI: ”em”; se envolver, se comprometer, se associar)
Ex.: Estudar implica sacrifícios. (VTD; gerar, resultar, acarretar, ter como efeito)
4. Preferir
O verbo preferir é muito fácil, só aceita a preposição “a” e tem a seguinte estrutura: Preferir uma coisa A
outra. O problema é que quase todo mundo usa esse verbo com outras preposições. A banca sabe que
todo mundo erra aqui!
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5. Assistir
Basicamente, o verbo assistir pode ser transitivo direto, com sentido de ajudar, ou transitivo indireto, com
sentido de ver, ouvir, presenciar.
Ex.: Assisti ontem ao novo filme do Tarantino. (VTI: “a”; ser expectador; presenciar, observar)
Ex.: Assiste razão ao réu. (VTI: caber; pertencer um direito; ser da competência de)
Ex.: Ela assiste em outro bairro. (VI; sentido arcaico de residir, o termo “em outro bairro” é adjunto
adverbial de lugar.)
Ex.: A enfermeira assiste o idoso. (Preferencialmente VTD; auxiliar; apoiar; ajudar; dar assistência).
Obs.: Nesse caso também é aceita a preposição “a”.
Aproveito este verbo para explicar um aspecto muito importante: O USO DO PRONOME OBLÍQUO “LHE”
COMO OBJETO INDIRETO.
O pronome “lhe” substitui a ele; a ela; a eles; a elas; para ele, para ela... nele, neles... Portanto, não pode
ser usado como objeto direto. Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos podem exercer função de
objeto direto ou indireto.
✓ Ex.: Assiste-lhe razão (sentido de pertencer o direito).
✓ Ex.: Entregou-lhe o pacote.
✓ Ex.: Conferiu-lhe os poderes necessários.
Até mesmo alguns verbos transitivos indiretos não aceitam “lhe” como objeto indireto: Assistir (com
sentido de ser espectador); Aspirar (com sentido de almejar); proceder; presidir; recorrer; aludir; anuir.
Nesses casos, teremos que usar o pronome oblíquo tônico: a ele(a)(s).
Portanto, estão equivocadas expressões como estas abaixo:
Ex.: Quero lhe ver.
Ex.: Comprei o filme, mas não tive tempo para assistir-lhe... (ver)
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A regência do verbo preferir observada no quarto período do texto é típica da variedade culta do
português europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, principalmente em
textos informais.
Comentários:
Preferir é verbo transitivo direto e indireto e pede preposição “A” no objeto indireto:
Preferir uma coisa A outra coisa.
Portanto, colocações como “preferir mais uma coisa do que outra” são incorretas.
A redação adequada seria:
Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, A falar, com relutante perfeição, uma
língua artificialmente construída. Questão incorreta.
6. Responder
VTD (Falar, declarar como resposta)
Ex: Ele respondeu apenas mentiras.
Ex: Ele respondeu que não era culpado.
VTI ou VTDI (dar resposta A algo/A alguém)
Ex: Responderei a muitas dúvidas na aula de hoje.
Ex: Responderei a muitos alunos na aula de hoje
Ex: Interrogado pelo juiz, respondi-lhe que não era culpado.
7. Atender
(VTD ou VTI; acolher ou receber alguém com atenção, responder a alguém que se dirige a nós; ouvir,
conceder, deferir um pedido, levar em consideração o que alguém diz; considerar, satisfazer)
Ex: O diretor atendeu os alunos.
Ex: O médico sempre os atende bem e lhes dá remédios.
Ex: A tenista não atendeu o repórter. Ela não quis atendê-lo.
OBS: Caso o complemento venha em forma de pronome, só serão aceitas as formas diretas “o, a, os, as”
Ex: Deus atendeu a/às súplicas de seu servo.
Ex: Não atendera aos amigos verdadeiros, entregou-se a impostores.
Ex: Atenderemos ao apelo [ou ao chamado, aos conselhos, aos interesses, às exigências, às
reivindicações].
Ex: "O Corpo de Bombeiros atendeu a doze pedidos de socorro."
Ex: O novo método atende perfeitamente às exigências do moderno ensino.
(VTI; atentar, prestar atenção a)
Atenda bem ao [ou para o] que lhe digo.
8. Chamar
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Comentários:
No sentido de “ter resposta A alguma coisa”, “reagir A alguma coisa”, o verbo responder é transitivo
indireto e pede preposição “a”. Então, temos a fusão de “responder A+A questão racial”, preposição mais
artigo. Questão correta.
(SEDUC-AL – 2018)
Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou responda aos
desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser substituída por
atenda.
Comentários:
No contexto, “responder” e “atender” são sinônimos, no sentido de oferecer uma reação, uma resposta a
algo. Além disso, compartilham a mesma regência, pois pedem a preposição “a”. Portanto, não há prejuízo
na substituição. Questão correta.
(PC-SE–Delegado – 2018)
O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a um
público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de violência.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico” (ℓ.
2), a preposição “a” fosse suprimida.
Comentários:
O verbo “atender” pode ser usado com transitivo direto ou indireto, então a preposição poderia ser
suprimida, sem prejuízo. Questão correta.
9. Chegar
Ex.: O Natal chegou cedo! (VI)
O verbo chegar funciona como o verbo ir, é intransitivo. Contudo, por seu sentido de deslocamento, vem
acompanhado com uma circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar).
A FCC, porém, já considerou esse verbo como transitivo indireto, regido pela preposição “a”, embasada na
obra de Celso Pedro Luft. Veremos essa questão logo abaixo. Então, pode ser também transitivo indireto,
regendo a preposição “a”.
Ex.: Sua paciência chegou ao extremo.
Ex.: A produtividade pode chegar a limites improváveis.
Saliento que o verbo chegar deve utilizar a preposição “a”, não “em”. Embora soe comum na
coloquialidade, estaria errada a expressão “chegou em Brasília”.
10. Caber
O verbo caber pede preposição “a”, no sentido de que algo deve ser feito por alguém. Geralmente traz um
sujeito oracional, representando uma ação.
Ex.: Cabe a nós aproveitar nosso tempo. (VTI: “a”; competir, ser de direito)
O verbo caber também pode ser intransitivo.
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Ex.: No seu caso, não cabe recurso. (VI; convir, ter admissibilidade, cabimento)
11. Constar
“Constar” pode ter várias regências; seu sentido geralmente envolve composição ou conhecimento.
Ex.: O Código Civil consta de mais de 2045 artigos. (VTI: “de”; conter, consistir em; ser constituído
de)
Ex.: “Consta nos autos, consta no mundo”... (VTI: “de” ou “em”; estar incluído; estar contido em)
Ex.: Não constava a ele que tinha outro filho. (VTI: “a”; saber, ter ciência)
Ex.: Consta a mim que o papa ficou preocupado com a crise. (VTI: “a”; ser do conhecimento de; ser
sabido; ter ciência; geralmente traz sujeito oracional: aquilo que consta tem formato de uma
oração)
Esse verbo é pronominal e tem preposição “a”. A banca gosta de sugerir a troca por um sinônimo. Cai
bastante!
Ex.: O texto refere-se ao atentado de 11 de setembro. (VTI, “a”; mencionar, aludir a algo)
Pense também no verbo “aludir”, que pede preposição “a”, e em seu sinônimo “mencionar”, que não
pede.
Ex.: Mencionei a questão/Aludi à questão. (há preposição, por isso há crase)
13. Contribuir
Ex.: Não vou mais contribuir para a Igreja. (VTI: “para”; ajudar; doar)
Ex.: Não vou mais contribuir com dinheiro. (VTI: “com”; ajudar, doar)
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Esses verbos acima são muito importantes e mostram a lógica dos verbos pronominais!
Ou trazem pronome + preposição ou nada!!
(SEDF – 2017)
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Comentários:
O verbo “esquecer” muda de regência dependendo de seu uso. Como verbo não pronominal, é transitivo
direto, isto é, pede complemento sem preposição. Se for usado como pronominal, é um verbo transitivo
indireto e exige o uso da preposição “de”. Portanto, temos duas possibilidades:
“Já esqueci a língua” (uso não pronominal, como VTD)
“Já me esqueci da língua” (uso pronominal, como VTI)
A sugestão da banca está errada, pois usou o verbo como pronominal, sem utilizar paralelamente a
preposição. Questão incorreta.
(INSS – 2016)
Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me
de que” por “lembrei que”.
Comentários:
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O verbo lembrar é VTD. Se estiver sendo usado em sua forma pronominal (lembrar-se), passa a ser VTI.
Saiu o pronome, sai a preposição também: ou escrevemos ambos, ou nenhum. Questão correta.
16. Proceder
Ex.: Suas alegações não procedem. (VI; ter cabimento, ter fundamento)
Ex.: Você procedeu bem nessa situação. (VI; agir; se comportar)
Ex.: De qual país procede essa fortuna? (VI + adj. Adv. Lugar; ter origem)
Ex.: Procedam à citação das partes. (VTI: “a”; executar ato; fazer)
18. Visar
Geralmente tem sentido de objetivo, finalidade; porém, pode significar assinatura ou mira.
Ex.: Estudo visando ao primeiro lugar (VTI: “a”; ter como objetivo)
Ex.: Vise o cheque, por favor. (VTD; dar um visto; rubricar)
Ex.: O policial visou o alvo distante. (VTD; apontar, mirar)
Obs.: Embora essa acima seja a regra consagrada, também tem sido aceito por alguns gramáticos o uso do
verbo visar com sentido de “objetivo” sem a preposição, especialmente diante de verbos, formando uma
espécie de “locução verbal”: Visando estudar, visar aprimorar...
(DPU – 2016)
Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que seus direitos sejam garantidos’ fosse reescrito da
seguinte forma: visando à garantia de seus direitos.
Comentários:
Não precisamos do texto aqui. Visar é VTI e pede a preposição “a”, com sentido de ter como objetivo.
Visando “a” + “a” garantia = visando à garantia. Questão correta.
(STJ / ANALISTA JUDICIÁRIO)
"... todos os grupos, classes, etnias visam o controle do poder político..."
Mantendo-se as ideias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o
complemento da forma verbal "visam" poderia ser introduzido pela preposição a: ao controle.
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Comentários:
Rigorosamente, o verbo Visar é transitivo indireto, regendo complemento introduzido pela preposição “a”,
quando tem sentido de “almejar, desejar, ter como objetivo”. Então, a preposição não foi usada no texto
original e certamente a sua inserção deixaria o texto correto.
Pela redação do texto, a banca sugere que o uso sem preposição é correto e não altera o sentido, essa
visão é confirmada por outras questões. Questão correta.
19. Precisar
Pode ter sentido de necessidade ou de precisão, exatidão.
Ex.: Preciso de você, estou cansado de sofrer... (VTI: “de”; ter necessidade; carecer)
Ex.: Acertei 8 ou 9 questões, não sei precisar quantas nem quais. (VTD; indicar com precisão;
especificar, quantificar, detalhar)
20. Informar
Informar é um típico verbo bitransitivo: pede um objeto direto e um indireto.
Ex.: Informei o passageiro da notícia. (VTDI: “a” ou “de”)
Ex.: Informei a notícia ao passageiro. (VTDI: “a” ou “de”)
21. Perguntar
Perguntar é também verbo bitransitivo: pede um objeto direto e um indireto. Esses objetos podem
assumir forma de “coisa” ou “pessoa”.
Então teremos: perguntar alguém sobre algo/perguntar algo a alguém.
Ex.: Perguntei as testemunhas sobre o crime. >>> perguntei-as sobre o crime.
Ex.: João perguntou a reposta ao irmão. >>> Perguntou-lhe a reposta.
Ex.: Perguntei ao irmão o que desejava. >>> Perguntei-lhe o que desejava.
(SEDF – 2017)
Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor resposta que a de Louis Armstrong
quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz: “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida a preposição sobre
imediatamente após “perguntou-lhe”.
Comentários:
Para o verbo perguntar (VTDI), temos duas combinações: perguntar alguém sobre algo/perguntar algo a
alguém.
Então, o erro da questão é querer inserir dois complementos preposicionados para o verbo “perguntar”. Se
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já tínhamos o “lhe” na função de objeto indireto, não manteria a correção inserir outra preposição (sobre).
Questão incorreta.
(TCE-RN / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2015)
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio
Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar ao Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) sobre os atos ilegítimos.
Comentários:
Aqui, temos um verbo transitivo direto e indireto, também chamado de “bitransitivo”, com um
complemento sem preposição e outro com preposição:
Ex: Informei o passageiro da/sobre a notícia. (VTDI: “a” ou “de”)
Ex: Informei a notícia ao passageiro. (VTDI: “a” ou “de”)
Então, temos duas formas corretas:
“informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos”
Ou
“informar o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) dos/sobre os atos ilegítimos”
A redação da banca é incorreta porque os dois complementos possuem preposição; eles precisariam ser de
tipos diferentes, um direto e outro indireto.
Tal regra vale também para os verbos semelhantes, como notificar, avisar, certificar, cientificar, proibir,
permitir, prevenir, aconselhar. Questão incorreta.
22. Servir
Ex.: Servidores públicos ganham para servir. (VI; prestar um serviço)
Ex.: Servidores públicos ganham para servir ao/o país. (VTI ou VTD; prestar um serviço)
Ex.: Servidores públicos ganham para servir ao país. (VTI; prestar um serviço)
Ex.: Lá eles servem peixe cru aos clientes. (VTDI; levar algo a alguém)
Ex.: A farda não serve mais em você (VTI: “a”, “em”; ser útil; vestir)
Ex.: A pobreza não lhe pode servir de desculpa. (VTI; ter a função de)
(Diplomata – 2014)
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe
dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o
Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero
menor.
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“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode
servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura.
As formas verbais “imagina”, “atribuir” e “servir” foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.
Comentários:
O verbo “imaginar” está sendo usado como transitivo direto, veja que não há preposição: “Não se imagina
uma literatura feita de grandes cronistas”. O item já está errado por esse primeiro verbo.
Quem atribui, atribui alguma coisa a alguém. O verbo “atribuir” é transitivo direto e indireto, pois tem um
complemento sem preposição (o que é atribuído) e um com preposição (a que/quem é atribuído): “atribuir
o prêmio Nobel a um cronista”.
O verbo “servir” aqui é transitivo indireto seguido de predicativo, regendo a preposição “de”. “Servir de”
tem sentido de desempenhar a função de; veja como a gramática analisa esse verbo: “e para muitos (a
crônica) pode servir de caminho (predicativo) não apenas para a vida (à vida—OI)...”. Questão incorreta.
23. Concernir
Ex.: Seu argumento não concerne ao tema (VTI “a”; ter relação com, dizer respeito a; quanto a)
Ex.: No que concerne ao seu estudo, você agiu bem! (VTI “a”; ter relação com, dizer respeito a;
quanto a)
24. Querer
Ex.: Toda mãe quer bem aos filhos. (VTI “a”; amar, estimar, querer bem a)
Ex.: Quero tudo o que mereço e mais. (VTD; desejar, almejar posse)
25. Prescindir
Ex.: A vida dos ricos não prescinde de trabalho (VTI “de”; passar sem, pôr de parte (algo); renunciar
a, dispensar)
Esse verbo basicamente significa “dispensar” e demanda a preposição “de”. Atenção à grafia preSCindir.
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REGÊNCIA NOMINAL
Os nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) também podem ter transitividade e demandar um
complemento preposicionado. Por exemplo, quem é obediente (adjetivo), é obediente “a” alguma
coisa/alguém, ou tem obediência (substantivo) “a” alguma coisa/alguém. Quem age contrariamente
(advérbio), age contrariamente “a” alguma coisa. Quando esses complementos regidos pela preposição
“a” trazem um artigo feminino “a(s)”, ocorre o fenômeno da crase (a + a = à).
No nosso estudo de regência nominal teremos que aprender a preposição correta ligada a cada nome
desses, não há uma regra muito lógica para o uso dessas preposições e muitos verbos aceitam várias delas,
com ou sem mudança de sentido. Veremos os principais por meio de questões para evitarmos a decoreba
de listas enormes de nomes e suas regências.
Regência é vivência. Não é possível decorar as preposições de tantos nomes, só a reiterada experiência de
se deparar com esses nomes e suas respectivas preposições vai solidificar esse entendimento. No entanto,
recomendo a leitura e consulta de uma importante lista de regências nominais mais cobradas, retirada do
livro “A gramática para concursos públicos”, da Editora Método.
Várias dessas regências vão aparecer nas questões de crase que resolveremos adiante.
A
abrigado de; aceito a; acessível a; acostumado a, com; adaptado a, de, para; adequado a;
admiração a, por; afável com, para com; afeição a, por; afeiçoado a, por; aflito com, para,
por; agradável a, de, para; alheio a, de; aliado a, com; alienado de; alternativa a, para;
alusão a; amante de; ambicioso de; amigo de; amizade a, com, por; amor a, por; amoroso
com, para com; analogia com, entre; análogo a; ansioso de, para, por; anterior a;
antipatia a, contra, por; apaixonado de, por; aparentado com; apto a, para; atencioso
com, para, para com; atentado a, contra; atentatório a, de; atento a, para, em; atinar
com; avaro de; aversão a, para, por; avesso a; ávido de, por
B
bacharel em; baseado em, sobre; bastante a, para; bem em, de; benéfico a; benevolência
com, em, para, para com; benquisto a, de, por, com; boato de, sobre; bom de, para, para
com; bordado a, com, de; briga com, entre, por; brinde a; busca a, de, por
C
capacidade de, para; capaz de, para; caritativo com, de, para com; caro a; cego a;
certo(eza) de; cessão de... a; cheio de; cheiro a, de; circunvizinho de; cobiçoso de;
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coerente com; coetâneo de; comemorativo de; compaixão de, para com, por; compatível
com; compreensível a; comum a, de; conceito de, sobre; condizente com; confiante em;
conforme a, com; consciente de; cônscio de; constante de, em; constituído com, de, por;
contemporâneo a, de; contente com, de, por, em; contíguo a; contraditório com;
contrário a; convênio entre; cruel com, para, para com; cuidadoso com; cúmplice em;
curioso a, de, para, por
D
dedicado a; depressivo de; deputado a, por; desagradável a; desatento a; descontente
com; desejoso de; desfavorável a; desgostoso com, de; desleal a; desprezo a, se, por;
desrespeito a, contra; dever de; devoção a, para com, por; devoto a, de; diferente de;
difícil de; digno de; diligente em, para; direito a, contra, de, em, para, sobre; disposto a;
dissemelhante de; ditoso com; diverso de; doce a; dócil a, para com; doente de;
domiciliado em; dotado de; doutor em; duro de; dúvida acerca de, de, em, sobre
E
==16306a==
embaraçoso a, para; empenho de, em, por; êmulo de; encarregado de; entendido em;
envio
de... a; estendido a, de... a, até, em, para, sobre; equivalente a; eriçado de; erudito em;
escasso de; essencial a, em, para; estéril de; estranho a; estreito de, para; estropiado de;
exato em
F
fácil a, de, em, para; falha em; falho de, em; falta a, contra, de, para com; falto de;
fanático por; farto em; favorável a; fecundo em; feliz com, de, em, por; fértil de, em; fiel
a; firme em; forte de, em; fraco de, em, para com; franco de, em, para com; frouxo de;
fundado em, sobre; furioso com, de
G
generoso com; gordo de; gosto por; gostoso a; grande de; gratidão a, por, para com;
gravoso a; grosso de; guerra a, com, contra, entre
H
hábil em, para; habilidade de, em, para; habilitado a, em, para; habituado a; harmonia
com, entre; hino a; homenagem a; hora de, para; horror a; horrorizado com, de, por,
sobre; hostil a, com, contra, em, para com
I
ida a; idêntico a; idôneo a, para; imbuído de, em; imediato a; impaciência com;
impaciente com; impedimento a, para; impenetrável a; impossibilidade de; impossível de;
impotente contra, para; impróprio para; imune a, de; inábil para; inacessível a; inapto a,
para; incansável em; incapaz de, para; incerto de, em; incessante em; inclinação a, para,
por; incompatível com; incompreensível a; inconsequente com; inconstante em; incrível
a, para; indébito a; indeciso em; independente de, em; indiferente a; indigno de; indócil
a; indulgente com, para com; inepto para; inerente a, em; inexorável a; infatigável em;
inferior a, de; infiel a; inflexível a; influência em, sobre; ingrato com, para com; inimigo
de; inocente de; insaciável de; insensível a; inseparável de; insípido a; interesse em, por;
intermédio a; intolerância a, contra, em, para, para com; intolerante com, para com; inútil
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com, em, para com; simpatia a, para com, por; sito em (sito a é próprio da linguagem
tabelioa); situado a, em, entre; soberbo com, de; sóbrio de, em; sofrido em; solícito com;
solidário com; solto de; sujo de; superior a; surdo a, de; suspeito a, de
T
tachado de; talentoso em, para; tardo a, em; tarjado de; tédio a, de, por; temente a, de;
temerário em; temeroso de; temido de, por; temível a; temperado com, de, em, por;
tenaz em; tendência a, de, para; teoria de, sobre; terminado em, por; terno de; terror de,
por, sobre; testemunha de; tinto de, em; tolo de, em; traidor a, de; transido de;
transversal a; trespassado de; triste com, de
U
último a, de, em; ultraje a; unânime em; união a, com, entre; único a, em, entre, sobre;
unido a, a favor de, contra, entre; unificado em; urgente a, para; useiro em; útil a, para;
utilidade em, para; utilizado em, para
V
vacina contra; vaga de, para; vaia a, contra, em; vaidade de, em; vaidoso de; valioso a,
para; valor em, para; vantagem a, de, em, para, sobre; vantajoso a, para; vassalagem a;
vazado em; vazio de; vedado a; veleidade de; venda a, de, para; vendido a; veneração a,
de, para com, por; verdade sobre; vereador a, por; vergonha de, para; versado em; versão
para, sobre; vestido com, de, em; veterano em; vexado com, de, por; viciado em; vidrado
em; vinculado a, com, entre; visível a; vital a, para; viúvo de; vizinhança com, de; vizinho
a, com, de; vocação a, de, para; voltado a, contra, para, sobre; vontade de, para;
vulnerável a
X
xeque a; xingado com, de; xodó com
Z
zangado com, por; zelo a, com, de, para com, por; zeloso com, para com; zombaria com;
zonzo com, de
(PF–Escrivão – 2018)
A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os
espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical do
texto.
Comentários:
A preposição “DE” é obrigatória pela regência do adjetivo “afastados”: afastados de algo > afastado de uma
ferocidade. Como foi utilizado o pronome relativo, a preposição obrigatória aparece normalmente antes
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desse pronome:
a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados. Questão incorreta.
(MDIC / 2014) Adaptada
“Para ele, temos a obrigação de sonhar acordados e usar a imaginação. Essas atividades nos fazem criar
mundos alternativos, que nos permitem construir o futuro.”
No trecho “a obrigação de sonhar”, a correção gramatical seria mantida se a preposição “de” fosse
substituída por em.
Comentários:
A regência correta do substantivo obrigação é a preposição “de”. Não poderíamos substituir por obrigação
“em”, veja também que soa mal, o ouvido denuncia que não faz sentido. Questão incorreta.
(Agente da PF / 2014)
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à
estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e
sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são
detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos,
afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social e
econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de
drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter
transnacional — com a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam
a estrutura social e econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico
de drogas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Julgue o item a seguir: o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à
regência do vocábulo “conexos”.
Comentários:
De fato, o vocábulo “conexo” pediria essa preposição. No entanto, no contexto, a preposição “com” é
exigida pelo nome associação: “Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido
de drogas é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter
transnacional — com a criminalidade e a violência”. Questão incorreta.
(TCE PE / ASSISTENTE TÉCNICO)
A aceitação do princípio de que os direitos individuais não podem ser suspensos deslegitima o argumento e
autoriza a resistência à desobediência.
Por estar iniciando oração subordinada, o emprego da preposição “de” é opcional; por isso, sua retirada
não violaria as regras da norma culta e preservaria a coerência textual.
Comentários:
A oração “de que os direitos individuais não podem ser suspensos” exerce função de complemento
nominal do substantivo ‘princípio’, então a preposição não pode ser suprimida. Questão incorreta.
(PC-ES / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR)
No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a
omissão da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período.
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Comentários:
A oração “de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas” é complemento nominal
do adjetivo “convencidos” (estar convencido DE alguma coisa). Portanto, não se admite a supressão da
preposição. Questão correta.
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CRASE
A crase é uma união de sons vocálicos iguais. O acento correspondente se chama acento grave. Na
expressão: Ele e eu almoçamos ocorre crase, pela união do “e” final da palavra ele e do e conjunção, que
são pronunciados como /i/. Leia em voz alta para você ouvir... Ouviu? Aqui usaremos crase como sinônimo
do acento grave (à), para facilitar, ok?
O caso que nos interessa é a crase que ocorre na contração da preposição “a” com artigos femininos ou
com o “a” em alguns pronomes demonstrativos e relativos:
Ex.: Assisti ao jogo. (assistir “a” + “o” jogo = ao)
Ex.: Assisti à novela. (assistir “a” + “a” novela = à)
Ex.: Estou visando a este cargo. (visar “a” + Este)
Ex.: Estou visando àquele cargo. (visar “a” + aquele = àquele)
Ex.: Estou visando à remuneração. (visar “a” + “a” remuneração = à)
Ex.: Esse é o livro ao qual me referi. (se referir “a” + “o” qual – livro)
Ex.: Essa é a apostila à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual – apostila)
Os principais modos de identificar se há crase ou não é perguntar se aquele substantivo após a preposição
“a” aceita artigo feminino. Um macete famoso é imaginar aquele substantivo na função de sujeito de uma
frase qualquer. Veja:
Ex.: Aludi ( ) + ( ) crianças. Será que tem preposição? Será que tem artigo?
Aludir (referir-se) é VTI e pede a preposição “a”. Vamos colocar crianças na posição de sujeito e ver se
aceita artigo:
Crianças gritam muito. As crianças gritam muito.
Foi fácil perceber que o substantivo crianças aceita esse artigo feminino. Logo:
Aludi ( a ) + ( as ) crianças Aludi às crianças.
Usaremos esse teste para alguns outros casos. Agora vamos seguir...
Aproveito para relembrar que esse assunto depende de um bom conhecimento do uso do artigo. É
fundamental lembrar que o artigo definido é utilizado para se referir especificamente a uma entidade, seja
porque ela é determinada no texto, por ter aparecido antes, por ser de conhecimento do leitor, ou por ter
uma referência clara que se possa inferir do contexto em geral. A ausência do artigo indica que o termo
está sendo utilizado de forma mais genérica, vaga, imprecisa, indefinida. Se o artigo for obrigatório, a crase
será consequência.
Crase Obrigatória
Esses são os casos mais importantes, pois, sabendo quando é obrigatória a crase, você elimina, por
exclusão, os casos proibidos e os facultativos.
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É importante também entender que o artigo definido “a” tem o efeito de determinar o nome, dar um
sentido de familiaridade.
Ex.: Na praça sempre havia crianças. Após o atentado, as crianças não ficam mais lá.
Observe que na primeira ocorrência, “crianças” não tem artigo, pois é genérico. Na segunda ocorrência,
essas crianças já são definidas, familiares, específicas, são conhecidas porque já foram mencionadas; por
isso há o artigo definido “as”. Os substantivos que são determinados (conhecidos/especificados), por essa
razão, devem ter artigo definido.
Ex.: Dedique-se àquela vida que você gostaria de ter, não à que está tendo agora nem àquela que
teve antes. (dedique-se a+a que (aquela que))
Cuidado, o “a”, antes da preposição “de” ou do pronome relativo “que”, parece um artigo, mas na verdade
é pronome demonstrativo, equivalente a “aquele”. Então, a preposição “a” exigida pelo verbo pode
também se fundir com esse pronome. Acompanhe:
Ex.: Entre as líderes, segui a de maior experiência. (aquela de maior experiência)
Ex.: Entre as líderes, segui a que tinha maior experiência. (aquela que tinha...)
Agora, vamos ver o efeito de um verbo que peça preposição “a”.
Ex.: Entre as líderes, obedeci à de maior experiência. (àquela de maior experiência)
Ex.: Entre as líderes, obedeci à que tinha maior experiência. (àquela que tinha...)
OBS: Gramáticos como Bechara e Celso Pedro Luft consideram esse “a” como artigo antes de palavra
omitida (líderes). Se esse posicionamento for cobrado, também está correta a classificação como artigo.
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(TRE TO / 2017)
No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros”, o emprego do sinal indicativo de crase decorre da
regência do adjetivo “anterior” e presença do artigo feminino antes do termo elíptico “época”.
Comentários:
Questão correta. Temos crase pela fusão entre “anterior A+A (época) dos dinossauros. Esse A foi
considerado artigo diante de substantivo elíptico.
(TCE-PA / 2016) Adaptada
... Uma segunda ofensiva seria a anexação da chamada Banda Oriental do Rio da Prata, atual território do
Uruguai, em represália à aliança da Espanha com a França napoleônica.
Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item subsequente. Ocorre crase em “represália à
aliança” porque “represália” exige complemento regido pela preposição a e “aliança” está antecedido do
artigo a.
Comentários:
O termo “represália” exige complemento introduzido pela preposição “a”, ou seja, a regência desse nome
é a preposição “a”. Essa preposição “a”, demandada pelo nome, encontra-se com o artigo feminino “a”
antes de “aliança”. Como sabemos, a crase ocorre nessa fusão de a + a. Questão Correta.
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A Bahia é linda.
Vou à Bahia curtir o bloco dos concurseiros.
A Recife que amei não existe mais. (Não é qualquer Recife, é "a Recife amada")
Vou à Recife que amei. (Como Recife está especificada, há crase = vou a + a Recife que amei)
Locuções Femininas
Essas expressões têm um “núcleo feminino” e sempre vêm com acento grave!
Ex.: Vire à direita depois à esquerda. (locução adverbial)
Ex.: Chegue às duas horas por favor. (locução adverbial)
Ex.: A menina gostava de ficar à toa. (locução adjetiva)
Ex.: Estude para não ficar à espera de um milagre. (locução prepositiva)
Ex.: Seu humor melhorava à medida que lia. (locução conjuntiva)
Atenção às locuções adverbiais com sentido de meio ou instrumento: a (à) mão, a (à) caneta, (à) a vista, (à)
a prestação. Nesses casos, há controvérsia entre os gramáticos; então você deve presumir na prova que
ambas as formas são aceitas, a crase é facultativa. No entanto, a preferência é usar a crase, para eliminar
ambiguidades:
Desenhei à mão (meio/instrumento) x Desenhei a mão (a mão foi desenhada?)
Apesar da controvérsia, guarde também que a expressão “a distância” não tem crase, salvo se vier
especificada esta distância.
Ex.: Estudo a distância porque a universidade pública mais próxima da minha casa fica à distância de
40 km.
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Comentários:
“às gargalhadas” é uma locução adverbial com sentido de “gargalhando, rindo muito”. Se o acento grave
sair, fica apenas “as gargalhadas”, então o “as” será apenas artigo e o valor adverbial se perderá, alterando
o sentido. Questão incorreta.
(BNB – 2018)
Sendo assim, precisamos aumentar ao máximo o balanço de situações apresentadas à máquina para não
pesar um lado mais do que o outro”, detalha.
O emprego do sinal indicativo de crase em ‘à máquina’ (L.2) é facultativo; portanto, sua eliminação não
prejudicaria a correção gramatical do trecho.
Comentários:
Não é facultativo, temos fusão de preposição exigida por “apresentadas” com artigo diante de “máquina”:
situações apresentadas A + A máquina. Temos crase obrigatória. Questão incorreta.
(MP-PI / ANALISTA MINISTERIAL / 2018)
O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a
primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima de humanidade.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “à outra”, de modo que sua supressão não
comprometeria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Comentários:
Por isso é que muita decoreba pura às vezes não funciona. Pronomes indefinidos normalmente não
aceitam crase; mas se for possível usar artigo, pode haver crase sim. É o que ocorre aqui, temos artigo
antes de “a (natureza) primitiva” e “a outra (natureza)”. Então, por haver artigo antes de cada uma das
unidades, vai haver crase: cedesse A + A outra (a outra natureza)
Portanto, temos crase obrigatória. Questão incorreta.
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A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o sentido
do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Comentários:
Aqui, não há prejuízo gramatical algum, pois a troca da preposição “com” por “a” geraria a necessidade do
acento grave, como a banca propôs:
“relacionada com a disciplina”
relacionada à disciplina (relacionada A+A disciplina) Questão incorreta.
(DPU – 2016)
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue o item seguinte.
No trecho “respostas às demandas”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regência do
substantivo “respostas”, que exige complemento antecedido da preposição a, e pela presença de artigo
feminino plural que determina “demandas”.
Comentários:
Exatamente. A banca explicou a regra perfeitamente: respostas “a” + “as” demandas = respostas “às”
demandas. A regência nominal demanda a preposição “a”. Questão correta.
(INPI / 2014)
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso se substituísse “pertencem a outras
culturas" por pertencem à outras culturas.
Comentários:
Observe que a ausência do “S” indica que não há artigo plural (as). Se não há o artigo, temos apenas a
preposição “A” e não é possível haver crase. Por isso que muito se repete: “não há “A” no singular com
crase diante de plural.”
Também se repete muito por aí que não pode haver crase com pronomes indefinidos nem demonstrativos.
Isso não é totalmente verdade.
Pode haver crase antes de:
Pronomes indefinidos: pouca(s), muitas, demais, outra(s) e várias
Pronomes demonstrativos: aquele(a/s), aquilo, mesma(s), própria(s) Questão incorreta.
Preposição
Locuções a+a do artigo
Femininas (à toa; feminino Preposição a+a
à deriva; à de aquele; a
espera) qual; a que
Crase
Obrigatória
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Justamente para evitar essa ambiguidade, independente da correlação, são abonadas estruturas
específicas como:
“Trabalho de uma às cinco horas” (Cegalla)
“Trabalho da uma às cinco horas” (Bechara)
Veja outro caso com mudança de sentido:
✓ Sairei daqui à uma hora. (exatamente naquele horário, 1h em ponto)
✓ Sairei daqui a uma hora. (daqui a 60 minutos)
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na enumeração dos complementos. Então, a forma correta que utiliza estruturas simétricas, com
preposição e artigo diante de cada item seria:
... devido à (“a” artigo + “a” preposição) sua rigidez administrativa,
à (“a” artigo + “a” preposição) inadequação das normas e
à (“a” artigo + “a” preposição) grande quantidade de regulamentos
Nas demais opções, observe que não há paralelismo entre os itens, falta sempre alguma coisa, em algumas
falta artigo, em outras falta preposição ou ambos. Gabarito letra A.
Crase Proibida
Para haver crase, temos duas condições simultâneas. Se não houver preposição “a” ou não houver artigo
“a” ou um “a” inicial dos pronomes vistos acima, não há como haver crase. As proibições derivam dessa
noção.
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definido não pode ser genérico. Não havendo artigo, não haverá crase também, pois faltaria uma condição.
Ex.: Nunca doei dinheiro a partido político. (qualquer partido)
Ex.: Nunca doei dinheiro ao partido político. (partido específico, conhecido do falante e mencionado
antes)
Ex.: Nunca doei dinheiro a entidade filantrópica. (qualquer entidade, genericamente considerada)
Ex.: Nunca doei dinheiro à entidade filantrópica. (entidade específica, conhecida do falante e
mencionada antes)
Observem que nesses casos a omissão da crase não prejudica a correção gramatical, mas traz mudança no
grau de especificação do substantivo, tornando-o indefinido. Atenção que essas são as exatas palavras que
a banca usa quando cobra esse ponto.
Cuidado: o fato de haver essa possibilidade não significa que toda e qualquer crase diante de palavra
feminina no singular vai ser “dispensável”, a possibilidade de usar substantivo como “genérico” deve ser
vista com muita ressalva; quase sempre, se ocorreu crase é porque o substantivo estava determinado no
contexto. Veja também que o fato de o substantivo estar acompanhado de algum adjetivo ou
determinante não garante que seja um substantivo “determinado e específico”, como percebemos no
terceiro exemplo: “Nunca doei dinheiro a entidade filantrópica. (qualquer entidade, genericamente
considerada)”. É o contexto que dirá se o autor usou o substantivo como específico, familiar, conhecido.
Após preposição
Ex.: Liberaremos o curso mediante a comprovação do pagamento.
Ex.: Fui contra a máfia dos sindicatos desde a inauguração.
Obs: é possível haver crase após a preposição “até”, inclusive esse é um dos casos facultativos.
Antes de “uma”
Ex.: Leve-me a uma unidade desse curso.
Se já existe um artigo indefinido não pode haver um segundo artigo definido ligado ao mesmo nome. Logo,
falta uma condição para a crase.
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Contudo, é possível usar crase antes de “uma” em locução adverbial indicativa de hora exata:
Ex: Sairei daqui à uma hora da tarde, sem atrasos.
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Palavra em
sentido
genérico, Entre palavras
Antes de
indefinido repetidas
Masculino,
verbo, "uma" e após
Pron. Tratam. preposição
Crase
Proibida
Crase Facultativa
Em essência, a crase é facultativa quando o artigo for facultativo.
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Até a
antes de
antes de
nome
Possessivos
próprio
Crase
Facultativa
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Comentários:
Pelo contexto, entendemos que há sentido de posse: “inscrições de quem?”—dos candidatos.
Então, usaremos o “cujas”: Os candidatos CUJAS inscrições com isenção de taxa estão
pendentes... Aqui, já teríamos o gabarito, porque não há outra alternativa possível para a
primeira posição.
Na sequência, temos “documentos com OS QUAIS possam comprovar endereço...”, isso porque
os candidatos vão comprar endereço COM OS DOCUMENTOS... Por fim, temos “deferimento
DESSAS” inscrições, retomando as inscrições mencionadas anteriormente. Gabarito letra A.
No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a
seguir.
A substituição da expressão “das quais” (linha19) por que preservaria tanto o sentido quanto a
correção gramatical do período.
Comentários:
O verbo ENTENDER apresenta três regências distintas, que alteram, inclusive, seu sentido:
1. Transitivo direto: significa "compreender, captar":
2. Transitivo indireto: indica "conhecer, estar a par".
3. Transitivo direto e indireto: "comunicar-se, concordar com".
Desta forma, ao mudarmos sua regência, de transitivo indireto para transitivo direto (uma vez que
o pronome QUE não vem antecedido de preposição), alteraríamos o seu significado. Questão
incorreta.
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Letra D: errada. “Estava” é um verbo de ligação e, portanto, não exige preposição. Logo, não é
nossa alternativa.
Letra E: correta. A alternativa está correta, pois o verbo “necessitar” exige a preposição “de”.
Logo, trata-se de uma preposição que depende sintaticamente de outro termo.
O gabarito é a letra E.
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preposição exigida pelo verbo ‘comunicar’ e o artigo que antecede ‘partes’, que é uma palavra
feminina.
Letra C: errada. Em ‘as contratantes’ deveria haver o acento grave, pois há a junção da
preposição exigida pelo verbo ‘entregar’ e o artigo ‘as’. ‘Com as demandas’ está correto porque
a regência de ‘acordo’ demanda a preposição ‘com’. O verbo ‘comunicar’ nesse contexto é
transitivo direto e indireto (comunica algo a alguém). Portanto, o emprego do acento indicativo
de crase em ‘às partes’ está correto, pois há concorrem a preposição exigida pelo verbo
‘comunicar’ e o artigo que antecede ‘partes’, que é uma palavra feminina.
Letra D: errada. Em ‘a contratantes’, está correto a não ocorrência do acento grave indicativo de
crase, pois só há a preposição ‘a’. A regência de ‘acordo’ demanda a preposição ‘com’, e não
‘para’. Por fim, em ‘as partes’ deveria ocorrer crase, pois concorrem a preposição exigida pelo
verbo ‘comunicar’ e o artigo que antecede ‘partes’, que é uma palavra feminina.
Letra E: correta. Em ‘a contratantes’, está correto a não ocorrência do acento grave indicativo de
crase, pois só há a preposição ‘a’. ‘Com as demandas’ está correto porque a regência de ‘acordo’
demanda a preposição ‘com’. O verbo ‘comunicar’ nesse contexto é transitivo direto e indireto
(comunica algo a alguém). Portanto, o emprego do acento indicativo de crase em ‘às partes’ está
correto, pois concorrem a preposição exigida pelo verbo ‘comunicar’ e o artigo que antecede
‘partes’, que é uma palavra feminina.
Gabarito: Letra E.
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Comentários:
No sentido de “ter resposta A alguma coisa”, “reagir A alguma coisa”, o verbo responder é
transitivo indireto e pede preposição “a”. Então, temos a fusão de “responder A+A questão
racial”, preposição mais artigo. Questão correta.
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==16306a==
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção” (L. 12 e 13), o
emprego de “ao” indica a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e
artigo definido masculino singular o, que antecede “bom andamento”.
Comentários:
O que é necessário é necessário A algo ou alguém (necessários a + o bom andamento = ao bom
andamento). Questão correta.
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“informações”.
e) temos apenas artigo antes de “conclusões”. Gabarito letra D.
6. (IABAS–Enfermeiro – 2019)
Observe o emprego do acento grave indicador de crase nas seguintes frases:
I. A Secretaria de Saúde ofereceu um curso gratuito ______ que moram nas áreas mais afetadas
pelo aumento do número de escorpiões.
II. A infestação chegou____cidade onde nasci.
III. No documento também se fazia referência____ crianças picadas por cobras.
A opção que completa corretamente as lacunas é:
a) àqueles-à-a.
b) aqueles-a-à.
c) aqueles-a-à.
d) àqueles-à-à.
e) aqueles-à-a.
Comentários:
Vamos ver a justificativa das fusões.
A regência é: “oferecer” algo A alguém. Então, há crase pela fusão de ofereceu (curso) A +
Aqueles que moram = àqueles que moram
“Chegar” pede preposição A (não EM!); então, teremos: chegar A+A cidade: chegar à cidade...
“referência” pede preposição “a”: referência A+As crianças: referência às crianças. Gabarito letra
A.
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8. (UFAC–Economista – 2019)
Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase está correto:
a) Então eles começaram à cantar
b) Ele foi morto à tiros.
c) Quero te ver cara à cara.
d) Vamos à Bahia neste mês ainda.
e) O carro está à serviço do governo.
Comentários:
a) não há crase antes de verbo
b) tiros é palavra masculina, não há crase.
c) não há crase diante de palavras repetidas numa locução
d) Aqui há crase pela fusão da preposição “a”, pedida pelo verbo “ir”, com artigo definido:
Vamos A+A Bahia.
e) não há crase antes de palavra masculina. Gabarito letra D.
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d) Nunca fui a Brasília, nem a Goiânia (Goiânia e Brasília são nomes que não pedem artigo, então
não há como haver crase. Seria possível haver artigo e, consequentemente, crase, se houvesse
alguma especificação: “Nunca fui à Brasília que todos falam, nem à Goiânia que todos querem”,
por exemplo.
e) Joana gosta de andar a cavalo (A cavalo é locução com núcleo masculino, não há crase)
Gabarito letra A.
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No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a
==16306a==
seguir.
A substituição da expressão “das quais” (linha19) por que preservaria tanto o sentido quanto a
correção gramatical do período.
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GABARITO
3. INCORRETA 7. CORRETA 11. INCORRETA
4. LETRA E 8. INCORRETA 12. INCORRETA
1. LETRA E 5. LETRA E 9. LETRA D
2. LETRA A 6. INCORRETA 10. LETRA B
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==16306a==
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Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção” (L. 12 e 13), o
emprego de “ao” indica a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e
artigo definido masculino singular o, que antecede “bom andamento”.
GABARITO
1. INCORRETA
2. LETRA B
3. CORRETA
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6. (IABAS–Enfermeiro – 2019)
Observe o emprego do acento grave indicador de crase nas seguintes frases:
I. A Secretaria de Saúde ofereceu um curso gratuito ______ que moram nas áreas mais afetadas
pelo aumento do número de escorpiões.
II. A infestação chegou____cidade onde nasci.
III. No documento também se fazia referência____ crianças picadas por cobras.
A opção que completa corretamente as lacunas é:
a) àqueles-à-a.
b) aqueles-a-à.
c) aqueles-a-à.
d) àqueles-à-à.
e) aqueles-à-a.
8. (UFAC–Economista – 2019)
Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase está correto:
a) Então eles começaram à cantar
b) Ele foi morto à tiros.
c) Quero te ver cara à cara.
d) Vamos à Bahia neste mês ainda.
e) O carro está à serviço do governo.
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3. LETRA C 7. LETRA A 11. LETRA A
4. LETRA E 8. LETRA D 12. LETRA B
1. INCORRETA 5. LETRA D 9. LETRA A
2. LETRA D 6. LETRA A 10. LETRA C
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