TransicaoEnergeticaPopular 1
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4. Resultados da Pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Percepção dos entrevistados sobre o meio ambiente
(mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável,
práticas de respeito ao meio ambiente) e ao uso da
energia fotovoltaica descentralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Impactos socioeconômicos promovidos pelo uso da
energia fotovoltaica descentralizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Impactos do uso da energia fotovoltaica descentralizada
nos empreendimentos que produzem parte de sua
produção para o mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Condição socioeconômica dos entrevistados, antes e
depois do uso da energia fotovoltaica descentralizada . . . . . 129
Sugestões e melhorias quanto ao sistema de energia
fotovoltaico descentralizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
5. Considerações
Finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
INTRODUÇÃO
11
ser legalizados, internamente, em cada país, promovendo uma
transformação de determinadas leis, de suas políticas nacionais,
caso seja aprovada pelas casas legislativas.
Souza e Corazza (2017) enfatiza a divisão realizada por
Bueno Rubial, em dois períodos, com relação aos princípios e
às normas que envolvem estes acordos e que caracterizaram o
regime climático: entre 1990 e 2009, o Regime do Protocolo de
Kyoto; e, a partir de 2009, a emergência de um regime climático
pós-Kyoto, que tem no Acordo de Paris um marco nas negocia-
ções climáticas recentes.
Estes autores destacam a importância do protoclo de Kyoto
na busca de soluções frente às adversidades causadas pelas
mudanças climáticas, colocando os países de industrialização
primitiva e aqueles que se industrializaram fortemente no perí-
odo anterior ao ano de 1990 (grande parte dos países da União
Europeia, os Estados Unidos, o Canadá, a Federação Russa e
o Japão), com responsabilidades obrigatórias para o enfren-
tamento das mudanças climáticas, tanto do ponto de vista do
aporte de soluções tecnológicas, de recursos, como também do
pioneirismo nas políticas públicas, sobretudo as climáticas e as
energéticas. Já o acordo de Paris se apresenta em destaque,
procurando dar continuidade às iniciativas de enfrentamento às
mudanças climáticas, buscando deter o aumento da tempera-
tura global média do planeta abaixo de 2°C, aumentar a habili-
dade para adaptação aos impactos das mudanças climáticas,
estimulando o desenvolvimento com baixas emissões de GEEs
e tornar os fluxos monetários consistentes com um caminho di-
recionado à redução das emissões destes gases. Afionis apud
Souza e Corazza (2017) afirma que, neste novo acordo, emer-
giram novas metas de redução das emissões destinadas tam-
bém para outro conjunto de países, que agora se apresentam
inseridos, destaque para os países emergentes, Brasil, África do
12
Sul, Índia e China, com o apelo à nova forma de atribuição de
responsabilidades para o alcance dessas metas.
Desta forma, as mudanças no clima na atualidade, segun-
do Antônio Guterres, secretário geral da ONU apud Planelles
(2021), revelam uma necessidade urgente de transformação de
nossas relações com o meio ambiente. Para isso, é necessário
questionar, repensar o modo de produção, o desmatamento, a
exploração e o consumo de combustíveis fósseis, como o petró-
leo, o gás, o carvão.
Infelizmente, o grave problema na atualidade é justamente
a existência de uma camada de gases que está ficando cada
vez mais grossa decorrente do excesso de liberação dos gases
de efeito estufa (GEE), retendo mais calor, causando aumento
de temperatura. Este superaquecimento do planeta foi promo-
vido pelo volume dos GEE que a humanidade emite. Estes gases
são liberados quando os combustíveis fósseis são queimados
para gerar energia. O desmatamento é um dos fatores que ge-
ram este aumento da temperatura. No Brasil, particularmente,
este desmatamento é o maior responsável pelas emissões de
gases, porém não podemos deixar de mencionar algo que está
virando rotina há diversos anos, o procedimento de produção de
energia via termoelétricas.
Esta situação delicada, complexa do sistema elétrico bra-
sileiro pode ser evidenciada pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) apud Dantas (2020), quando afirma que, em
decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, a
energia necessária para suprir as necessidades da sociedade
vai ser gerada majoritariamente a partir de fontes não renová-
veis, como combustíveis fósseis. É o caso da produção de ener-
gia, utilizando as termoelétricas. Esta situação gera impactos
ambientais em função da emissão de poluentes provenientes
dessas fontes, porém, além disso, há um aumento na tarifa de
13
energia elétrica, uma vez que o consumo de combustíveis fósseis
(óleo diesel, carvão e gás natural) implica um custo de geração
maior, traduzido, de acordo com a legislação do setor, em ban-
deiras tarifárias de classe superior àquelas utilizadas quando a
geração de eletricidade se dá, majoritariamente, pelas usinas
hidrelétricas.
Costa apud Dias, Silva, Freitas, Nascimento (2017) destaca,
com apreensão, esta crise hídrica no Brasil, que envolve o terri-
tório como um todo, porém, dentre as regiões afetadas, enfatiza
com preocupação a região Nordeste do Brasil, que apresentou
uma insuficiência de chuvas, o que resultou no aumento do custo
de energia elétrica e, consequentemente, na ampliação das gra-
vidades socioeconômicas nesta região. Este custo subiu 186%
no período que corresponde o ano de 2002, o ano do apagão,
até 2010. Já no período de 2010 a 2014, houve um aumento de
mais 30% e, no período de 2014 e 2016, subiu mais 40%,
Neste cenário, uma alternativa viável para reduzir relati-
vamente ou mitigar os impactos ambientais e reduzir os custos
de energia são as energias renováveis. Por isso, é necessário re-
pensar ações de reformulação da matriz energética brasileira
através de planejamento com maiores investimentos destina-
dos à exploração de novas fontes alternativas de energia, den-
tre outras, a energia solar.
Dentro deste contexto, a região Nordeste, particularmen-
te o semiárido nordestino, apresenta grande potencial para ex-
ploração da energia solar. Este semiárido é caracterizado por
sérios problemas de concentração e desigualdades na distri-
buição de renda, por propriedades familiares, geralmente com
baixa eficiência de produção e com crédito e assistência técnica
precária. No entanto, apesar desta condição sócio-econômica
preocupante, a região ultimamente é o centro das atenções na
exploração de energias renováveis, particularmente a energia
14
solar. Esta situação acontece porque o clima equatorial, tropical
e tropical semiárido, que recebe maior radiação solar do Brasil,
segundo Mattos apud Pereira (2019), possuir temperaturas ao
longo do ano entre 20º e 28º C, com um índice de precipitação
anual de 300 a 2000 mm, que dura poucos meses dando va-
zão a longos períodos de estiagem, sendo considerada a região
mais seca do país. Esta irradiação propicia à região a possibili-
dade de usufruir da energia fotovoltaica como uma importan-
te alternativa em termos de segurança energética que poderá
promover transformações econômicas, sociais, ambientais.
Entretanto, é importante destacar a percepção de Furtado
(2021) quanto a estas possíveis transformações, quando afirma
no campo energético uma observação importante com relação
à produção de energia renovável, enquanto alternativa frente a
estes impactos ambientais, econômicos e sociais.
Diante disso, é preciso questionar o próprio conceito de
energia e, mais especificamente, o de energia renová-
vel. Precisamos analisar não só o tipo e a quantidade de
energia produzida, mas também o modo como esta pro-
dução é feita, as necessidades e possibilidades territoriais
e os distintos efeitos sobre os territórios e os seus povos.
Assim, mais que contextualizar a energia como um pro-
duto físico, um mero recurso natural a ser explorado, o
importante é considerar as relações sociais e os seus efei-
tos (FURTADO, 2021, p.17).
15
interligada de forma democrática e participativa pelos agentes,
pela sociedade que fazem parte deste desenvolvimento.
Dentro deste cenário, marcado pela necessidade de fontes
alternativas de energia e de desenvolvimento, o Comitê de Ener-
gia Renovável do Semiárido (CERSA) se apresenta com grande
relevância na defesa da transição energética justa e popular,
propiciando a utilização de energia fotovoltaica descentralizada
a determinadas comunidades, assentamentos, ONG’s, institui-
ções, através do projeto Cuidando da Nossa Casa Comum.
Desta forma, o CERSA, ciente do aquecimento global do
planeta, das mudanças climáticas no semiárido e também da
problemática energética, coordena o projeto Cuidando da Nos-
sa Comum, que se destaca enquanto alternativa ao modelo
energético através do uso de energia renovável, em particular, a
energia fotovoltaica descentralizada, procurando beneficiar em-
preendedores locais de determinadas cidades, de determina-
das comunidades rurais.
Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa, que teve como
objetivo geral avaliar os impactos do uso da energia fotovoltai-
ca descentralizada em alguns empreendimentos do sertão da
Paraíba, inseridos no projeto Cuidando da Nossa Casa Comum,
apoiados pelo Misereor, através de uma abordagem ambiental
e socioeconômica no desenvolvimento local.
Dentro deste direcionamento, a pesquisa procurou responder
quais os impactos do uso da energia fotovoltaica descentralizada
em alguns empreendimentos do sertão da Paraíba, do ponto de
vista ambiental e socioeconômico no desenvolvimento local.
O trabalho apresenta uma breve introdução da temática.
Posteriormente, é desenvolvida a fundamentação teórica, onde
são abordados, através de diversas interpretações, os desafios
do desenvolvimento frente às mudanças climáticas e no uso da
energia fotovoltaica descentralizada. Em seguida, são descritos
16
os procedimentos técnicos, metodológicos para a realização da
pesquisa. Os resultados desta pesquisa estão divididos em cin-
co partes: A percepção dos entrevistados sobre meio ambiente
(mudanças climáticas e o uso da energia fotovoltaica descen-
tralizada); Impactos socioeconômicos promovidos pelo uso da
energia fotovoltaica descentralizada; Impactos do uso da ener-
gia fotovoltaica descentralizada sobre empreendimentos que
produzem parte de sua produção para o mercado; Condições
socioeconômicas dos entrevistados, anterior e posterior ao uso
da energia fotovoltaica descentralizada; Sugestões e melhorias
quanto ao sistema de energia fotovoltaico descentralizado, se-
gundo os entrevistados. Esta organização sistemática dos resul-
tados da pesquisa foi elaborada como estratégia de resposta
ao objetivo e ao problema da pesquisa. Por último, são descritas
as considerações finais e a bibliografia utilizada para a realiza-
ção do trabalho.
17
Os Desafios do
Desenvolvimento
Frente às Mudanças
Climáticas e no Uso da
Energia Fotovoltaica
Descentralizada
AS CONTRADIÇÕES E OS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO
Desenvolvimento Sustentável:
uma breve discussão teórica
47
Na segunda parte da fundamentação teórica, serão abor-
dados diferentes aspectos, porém interdependentes nos dias
atuais: as mudanças climáticas, que exigem novas posturas, polí-
ticas, tecnologias; a importância do uso das energias renováveis,
especificamente, da energia solar e o modo de produção deste
tipo de energia. Esta condição atual, proveniente das mudanças
climáticas, que revelam a necessidade do uso de energias reno-
váveis, promove diferentes proposta ao desenvolvimento.
Origens - Características
Metodologia 77
Para entender as consequências do uso da energia foto-
voltaica descentralizada no desenvolvimento local, foi necessário
compreender, conceituando e caracterizando desenvolvimento,
crescimento econômico, bem como demonstrar a relação entre
mudanças climáticas, geração de energia fotovoltaica e desen-
volvimento. Esta nova maneira de interpretação econômica, po-
lítica, social é pautada na compreensão da eficiência e do res-
peito ao meio ambiente e ao ser humano em si.
Logo abaixo, serão apresentados: o tipo de pesquisa; as
considerações sobre o ambiente da pesquisa; o universo de
análise e amostra; as técnicas, os instrumentos de coleta de da-
dos e tratamento e análise dos dados.
TIPOS DE PESQUISA
78 Metodologia
seguiu uma proposição descritiva, desde a interpretação da
percepção dos sujeitos até a sua compreensão do fenômeno
em estudo. O método qualitativo justifica-se como adequa-
do para compreender a natureza de um fenômeno social (RI-
CHARDSON, 2008), dado que é uma atividade que localiza o
observador no mundo (DENZIN; LINCON, 2006). Sendo assim, a
percepção dos atores com relação aos processos nos quais es-
tão inseridos apontou as oportunidades e limites que envolvem
o objeto de estudo.
Seguiu-se o método indutivo de análise, cuja finalidade não
é testar teorias, mas chegar a uma conclusão partindo de pre-
missas dos fatos observados (RICHARDSON, 2008), cabendo
ao pesquisador perguntar a respeito do fenômeno social,
[...] quais são as características, variações e formas que
assumem os atos, atividades, significados, participação,
dentro da situação que estudamos e como esta se mani-
festa em geral (TRIVIÑOS, 1995, p. 127).
Metodologia 79
não sofrendo interferência das condições do ambiente. O pes-
quisador não manipula as condições ambientais, mas relata as
condições (emocionais, climáticas e de local) em que o respon-
dente se encontrava.
80 Metodologia
sobre as atividades que dependem dos recursos naturais.
Diante destas circunstâncias desfavoráveis, que envolvem o
modo de produção atual e suas práticas de mercado com con-
sequências ambientais, econômicas, sociais para o planeta, é
de fundamental enfatizar a carta Encíclica Laudato Si, por meio
da qual o Papa Francisco nos orienta no processo metodológico
para a prática do cuidado da casa comum e com as pessoas
mais frágeis.
Então, procurando seguir essa orientação de cuidar da
nossa casa comum, a região Nordeste, especificamente, o semi-
árido nordestino, que apresenta altos índices de radiação solar,
pode utilizar este fator como um importante condicionante para
o aproveitamento na geração de energia elétrica com benefícios
econômicos, sociais, ambientais.
Nesse contexto, o Comitê de Energia Renovável do Semiá-
rido (CERSA), um movimento de iniciativa da sociedade civil, com
sede na cidade de Sousa-PB, e que tem como objetivo geral
construir parcerias e propostas em torno de ações para a uti-
lização da energia solar no semiárido nordestino, coordenou o
I Fórum do Semiárido de Energia Solar e da I Conferência Re-
gio- nal de Sustentabilidade Ambiental, cujas resoluções foram
pu- blicadas na “Carta de Pombal para o Semiárido”. Esta carta
é um conjunto de proposta organizada em ações, destacando o
sol, principal fonte de energia, como um importante instrumento
de convivência com este semiárido.
Dentro desta discussão, foi elaborado o projeto Cuidando
da Nossa Casa Comum, cujo percurso metodológico foi buscar
se espelhar na didática comovente e motivadora, enfatizada
pela carta Encíclica, Laudato Si. Este projeto, coordenado pelo
CERSA, foi elaborado pela iniciativa do CERSA e de diversas
en- tidades, instituições: o Forum Mudanças Climáticas e Justi-
ça Socioambiental; Caritas Brasileira; Misereor; Ação Diocesana
Metodologia 81
de Patos; Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil;
Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS).
O projeto buscou promover a conscientização e a mobili-
zação da sociedade civil organizada urbana e rural, através de
associações, sindicatos, escolas, igrejas, etc, no espaço que en-
volve o território da Diocese de Patos-PB, procurando trabalhar
questões relacionadas às mudanças climáticas, à problemática
energética, à eficiência energética e ao uso descentralizado das
energias renováveis para a geração de eletricidade, procurando
uma alternativa de modelo energético na direção do bem viver
e no maior cuidado com a nossa casa comum. Esta iniciativa foi
fruto de diversas articulações construídas pelo CERSA e seus
parceiros. Este projeto teve o importante apoio da MISEREOR,
que recebe donativos, assim como fundos do Governo alemão
e da Igreja alemã. Além disso, conta com o apoio também de
contrapartidas não orçamentárias de outros parceiros.
Este espaço, citado anteriormente, que envolve o território
da Diocese de Patos-PB, compreende uma extensão de apro-
ximadamente 11.000 Km2 e é formada por 34 (trinta e quatro)
paróquias. A Diocese de Patos-PB compreende municípios lo-
calizados nas sub-regiões da Borborema e do Sertão paraiba-
no, totalizando 29 (vinte e nove) municípios.
O projeto começou no ano de 2019. Inicialmente, foi de-
sen- volvido no município de Santa Luzia-PB (Paróquia de Santa
Lu- zia), por razões de melhor logística e articulação já iniciada
em projeto anterior e por ser o locus da instalação de diversos
par-ques eólicos. Porém, posteriormente foram identificados
mais outros dois municípios/paróquias no território da Diocese
de Patos-PB para compor o grupo de três municípios que sedia-
ram as atividades deste projeto. No entanto, de forma indireta, o
projeto pretendia alcançar os 29 (vinte e nove) municípios com-
preendidos no território da Diocese de Patos-PB.
82 Metodologia
Para tanto, foram realizados esforços de articulação com o
poder público local (prefeituras municipais), instituições de en-
sino superior (UFCG, IFPB e UEPB), movimentos sociais locais,
igreja, associações comunitárias, associação comercial, sindica-
tos, etc., para buscar entendimentos para consolidar uma agen-
da de eventos e palestras sobre os temas tratados no projeto,
visando identificar as comunidades e os locais com potencial de
disseminação para a realização das atividades aqui propostas.
Dentro destes critérios, foram contemplados pelo projeto, deter-
minadas comunidades, assentamentos, ONG’s e Instituições re-
ligiosas, dentro do território da Diocese de Patos-PB.
Os assentamentos contemplados pelo projeto foram: o as-
sentamento Padre Acácio, na zona rural do município de Malta-
PB; o assentamento Nossa Senhora Aparecida, na zona rural
do município de São Mamede; o assentamento Novo Horizon-
te, na zona rural do município de Várzea – PB. Já as comuni-
dades contempladas foram: a comunidade Poços de Baixo, na
zona rural do município de Teixeira – PB e a comunidade Sítio
Carneiro, na zona rural do município de Junco do Seridó – PB.
Foram também comtempladas as ONG’s: Café Cultura - zona
urbana do município de Santa Luzia – PB; Fazenda Boa Espe-
rança - zona rural do município de Condado – PB; Centro de Ca-
pacitação Agro-Comunitário (CCA) - zona rural do município de
Princesa Isabel – PB; Centro de Educação Popular e Formação
Social (CEPFS), zona rural do município de Maturéia–PB. Além
disso, aparecem também contempladas pelo projeto as institui-
ções religiosas, Ação Diocesana de Patos - zona urbana do mu-
nicípio de Patos-PB e a Secretaria da Paróquia Nossa Senhora
da Conceição – zona urbana do município de Malta –PB.
Os assentamentos Padre Acácio, Novo Horizonte, Nossa
Senhora Aparecida possuem 82 famílias morando nestas loca-
lidades. Estas famílias representam pequenos empreendedores
Metodologia 83
familiares, que produzem em grande parte para o autoconsumo.
A agricultura é a única fonte de renda. Quanto às comunidades,
a comunidade Poços de Baixo possui 13 famílias morando nesta
localidade. Esta famílias representam pequenos empreende-
dores familiares que produzem especificamente frutas que são
destinadas à agroindústria comunitária. Já a comunidade Sitio
Carneiro, possuem 170 famílias morando nesta localidade. Es-
tas famílias representam pequenos empreendedores familiares
que produzem em grande parte para o autoconsumo.
Agora, no caso das Organizações Não Governamentais, a
ONG Café Cultura presta serviços à comunidade com iniciativas-
ligadas às ciências, à cultura, ao esporte. Nesta ONG, são adota-
dos procedimentos pedagógicos de conscientização ambiental.
A ONG Fazenda Boa Esperança faz um trabalho de tratamento
e recuperação de dependentes químicos, utilizando, dentre ou-
tras práticas adotadas, práticas de respeito à natureza, respei-
to ao meio ambiente. O Centro de Capacitação Agro-Comuni-
tário presta serviços a determinadas comunidades, adotando
práticas de respeito ao meio ambiente, bem como propiciando,
de forma pedagógica, ações de conscientização ambiental e o
Centro de Educação Popular e Formação Social (Área Experi-
mental-CEPFS e Sede-CEPFS) é responsável pela elaboração e
execução de estudos, referente a práticas de respeito ao meio
ambiente. Quanto às duas Instituições religiosas, Ação Diocesa-
na de Patos e Secretaria da Paróquia Nossa Senhora da Con-
ceição, percebe-se que se apresentam de grande importância
na relação com a comunidade, através de ações, de práticas de
conscientização ambiental.
Os assentamentos e as comunidades foram beneficiados
pela energia fotovoltaica descentralizada através da instalação
das placas fotovoltaicas, solarização de poços, solarização de
propriedade de agricultura familiar, solarização da agroindús-
84 Metodologia
tria comunitária e solarização das áreas coletivas de produção.
Quanto às ONG’s e Instituições religiosas, estas foram também
beneficiadas pela energia fotovoltaica descentralizada via pla-
cas (solarização de ONG’s/Instituições).
Metodologia 85
para que a amostra seja efetuada. A amostra é feita pelos par-
ticipantes a que o pesquisador tem maior acesso e que estejam
prontamente disponíveis para responder. É importante enfatizar
que, dentre os determinantes já citados anteriormente para es-
colha desta amostra, problemas relacionados ao prazo de en-
trega, dificuldade na coleta de dados (logística), o determinante
principal foi de forma inesperada por causa da crise sanitária e
humanitária decorrente da pandemia da COVID 19.
Desta forma, a pesquisa foi realizada por uma amostra não
probabilística por conveniência, utilizando formulário de ro- tei-
ro de entrevista. Nesse sentido, foram realizadas 32 entrevis-
tas com representantes de famílias em assentamentos (Padre
Acácio, Nossa Senhora Aparecida, Novo Horizonte), em comuni-
dades (Poços de Baixo, Sitio Carneiro), com Coordenadores de
ONG’s (CCA, CEPFS, Café Cultura, Fazenda Boa Esperança ) e
de Instituições Religiosas (secretaria da paróquia Nossa Senho-
ra da Conceição, Ação Diocesana de Patos). Estes entrevistados
foram identificados pelas siglas E1, E2 e E3, respectivamente,
aleatoriamente, porém seguindo uma ordem de organização,
assentamentos, comunidades, ONG’s e Instituições religiosas.
Esta coleta de dados foi realizada no período de outubro – no-
vembro de 2021. No quadro 01, são descritos todos os locais
onde foi realizada a pesquisa e também o número de entrevis-
tados, representando familas dos assentamentos, comunidades
e, coordenadores das organizações não governamentais e de
Instituições Religiosas (Católica).
86 Metodologia
Quadro 01: Locais das Entrevistas e
Entrevistados da Pesquisa;
QUANTIDADE DE
LOCAL ENTREVISTADOS
ENTREVISTADOS
Assentamento Padre Acácio – Zona
E1, E2, E3, E4, E5 05
Rural do município de Malta-PB:
Assentamento Novo Horizonte -
Zona Rural do município de Várze- E6, E7, E8, E9, E10 05
a-PB:
Assentamento Nossa Senhora Apa-
recida – Zona Rural do município de E11, E12, E13, E14 04
São Mamede – PB:
Comunidade Poços de Baixo - Zona E15, E16, E17, E18,
05
Rural do município de Teixeira – PB: E19
Comunidade Sítio Carneiro - Zona
E20, E21, E22, E23,
Rural do município de Junco do Se- 06
E24, E25
ridó –PB:
Centro de Capacitação Agro-Comu-
nitário (CCA) - Zona Rural do municí- E26 01
pio de Princesa Isabel –PB:
Centro de Educação Popular e For-
mação Social (CEPFS)/Área Experi-
E27 01
mental - Zona Rural do município de
Maturéia –PB:
Centro de Educação Popular e
Formação Social (CEPFS)/ Sede
E28 01
- Zona Urbana do município de
Teixeira–PB:
Café Cultura - Zona Urbana do mu-
E29 01
nicípio de Santa Luzia-PB:
Organização Não Governamental
(ONG) – Fazenda Boa Esperança -
E30 01
Zona Rural do município de Condado
–PB:
Secretaria da Paróquia Nossa Se-
nhora da Conceição – Zona urbana E31 01
do município de Malta –PB:
Ação Diocesana de Patos - Zona
E32 01
urbana do município de Patos-PB:
Fonte: Elaboração própria
Metodologia 87
TÉCNICAS, INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS E
TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS.
88 Metodologia
tados. Esta situação aconteceu nas perguntas relacionadas
ao papel da solarização no rendimento, no volume de ven-
das e no emprego-renda de alguns empreendimentos es-
tudados. É importante enfatizar que, na análise do gráfico
08, o termo renda (média – mês/ano) foi estabelecido para
simplificar a obtenção dos dados, referentes à renda numa
projeção, utilizando meses ou o ano por completo. É bom
lembrar que a coleta de dados foi realizada no período de
outubro – novembro de 2021, o citado ano não havia sido
finalizado. Além disso, em outra pergunta também é ado-
tado este procedimento, porém, por outra razão, por um
critério de rapidez na obtenção dos dados. Esta situação
aconteceu na pergunta relacionada ao custo de energia.
Todas essas situações aconteceram na oitava, nona, déci-
ma e sétima perguntas do formulário.
Metodologia 89
contribuiu para avaliar as consequências do uso da energia fo-
tovoltaica descentralizada em alguns empreendimentos no ser-
tão da Paraíba, através de uma abordagem ambiental e sócio
-econômica.
Na pesquisa, foram realizadas visitas técnicas em determi-
nadas comunidades, assentamentos rurais, ONG’s, Instituições
religiosas, que envolvem a relação das experiências de energia
fotovoltaica descentralizada, apoiadas pelo projeto Cuidando da
Nossa Casa Comum. Estas visitas foram realizadas para obten-
ção de dados, informações para responder aos objetivos e ao
problema da pesquisa.
A pesquisa teve o total de 32 entrevistados, através de
uma amostra por conveniência. Desse total de 32 entrevistados,
dividimos o formulário do roteiro de entrevista em duas partes,
relacionadas a procedimentos de solarização, decorrentes da
energia fotovoltaica descentralizada:
90 Metodologia
obtenção de água, mas para a redução do custo de ener-
gia e também para fins de produção destinados não ape-
nas ao autoconsumo, mas também para vendas no merca-
do, com consequências no rendimento, volume de vendas
e emprego/renda. Então, neste caso, o formulário de rotei-
ro de entrevista foi elaborado com um acréscimo de três
(perguntas) para uma melhor análise destas novas variá-
veis econômicas (rendimento, volumes de vendas, empre-
go-renda), gerando um total de 12 (perguntas). Enquanto
isso, 18 entrevistados ficaram de fora desta análise, especi-
ficamente, referentes a estas três perguntas, mencionadas
anteriormente, em razão de dois motivos: primeiramente,
porque alguns empreendimentos produziam para o au-
toconsumo, não para vendas no mercado e também por-
que alguns empreendimentos foram afetados em razão da
pandemia do COVID 19, caso das ONG’s e Instituições reli-
giosas, cujos serviços prestados à comunidade foram pra-
ticamente paralisados nesse período.
Metodologia 91
reto entre o investigador e o entrevistado, que expressa suas
percepções, interpretações e experiências com relação ao fenô-
meno, garantindo certo grau de profundidade e autenticidade. É
importante que o investigador facilite essa expressão, de forma
a garantir sua proximidade aos objetivos de pesquisa (QUIVY;
CAMPENHOUDT, 1998).
Utilizou-se também a pesquisa bibliográfica e documental,
que diz respeito a uma etapa prévia da análise da identificação
da situação “objeto” do problema político (SCHARPF, 1978 apud
KLIJN, 1998, p. 10).
Os resultados da pesquisa foram divididos em cinco par-
tes, utilizando uma abordagem quantitativa e qualitativa, procu-
rando justificar os objetivos e, ao mesmo tempo, responder ao
problema da pesquisa. Na primeira parte, foi investigada a per-
cepção dos entrevistados sobre meio ambiente (mudanças cli-
máticas) e do uso da energia fotovoltaica descentralizada; poste-
riormente, foram avaliadas as consequências socioeconômicas
promovidas pelo uso da energia fotovoltaica descentralizada no
desenvolvimento local. Logo em seguida, foram abordadas as
consequências do uso da energia fotovoltaica descentralizada
sobre os pequenos empreendedores familiares que produzem
parte de sua produção para o mercado e, na parte final dos
resultados, foi destacada a condição socioeconômica dos en-
trevistados em uma fase anterior e posterior à implantação do
uso da energia fotovoltaica descentralizada, finalizando, em se-
quência, com as sugestões de melhorias, enfatizadas pelos en-
trevistados.
Os resultados alcançados foram uma parte gerada em for-
mato de números, que foram transformados em percentuais.
Esses dados são visualizados em gráficos.
Já outra parte dos resultados alcançados foi examinada
por meio da análise de conteúdo, que é descrita como:
92 Metodologia
[...] uma técnica de investigação que, através de uma des-
crição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo
manifesto das comunicações, tem por finalidade a in-
terpretação destas mesmas comunicações (BERELSON,
1952, p. 13 apud GIL, 2008, p. 152).
Metodologia 93
Resultados da
Pesquisa
Os resultados da pesquisa utilizaram abordagem quanti-
tativa e qualitativa. Estes resultados foram divididos em cinco
partes que se apresentam interligadas, interdependentes. Esta
organização sistemática foi de grande importância para as de-
vidas respostas, relacionadas aos objetivos e ao problema da
pesquisa.
Os resultados da pesquisa se encontram divididos da se-
guinte forma:
A) Percepção dos entrevistados sobre meio ambiente
(mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, práti-
cas de respeito ao meio ambiente ) e ao uso da energia
fotovoltaica descentralizada;
B) Impactos socioeconômicos promovidos pelo uso
da energia fotovoltaica descentralizada;
C) Impactos do uso da energia fotovoltaica descen-
tralizada sobre empreendimentos que produzem parte de
sua produção para o mercado;
D) Condição socioeconômica dos entrevistados, antes
e depois do uso da energia fotovoltaica descentralizada;
E) Sugestões e melhorias quanto ao sistema de ener-
gia fotovoltaica descentralizada, segundo os entrevistados.
A seguir, será descrita cada parte desta divisão dos resulta-
dos da pesquisa com a devida análise e interpretação dos dados.
Resultados da Pesquisa 97
destacadas, no gráfico 01, cinco alternativas para os entrevista-
dos, procurando obter como resposta, dentre estas alternativas,
a que mais seria evidenciada no espaço onde residiam. Estas
alternativas foram relacionadas à desertificação, contaminação
da água, contaminação do ar, perda da biodiversidade ou todas
as alternativas.
Desertificação
Perda da Biodiversidade
Todas as Alternativas
Contaminação da água
Contaminação do Ar
0 5 10 15 20 25 30 35
98 Resultados da Pesquisa
Dentro deste contexto, é importante lembrar que o impacto
ambiental, como foi citado por Branco (1997), pode até ser cau-
sado acidentalmente por fenômenos naturais, porém, na maio-
ria das vezes esta situação é ocasionada pela ação humana,
através da diversificação e ampliação de novas tecnologias, que
geram consequências na estabilidade do clima, na distribuição
normal das chuvas, na temperatura do planeta.
Furtado (2021) destacou, anteriormente, que estas mu-
danças climáticas podem ser evidenciadas pelo progressivo au-
mento na concentração de gases do efeito estufa (GEE) na at-
mosfera, promovendo desertificação, contaminação do ar, das
águas, das terras, dos alimentos.
Estes impactos destas mudanças climáticas são identifica-
dos por todos entrevistados da pesquisa, na localidade em que
residem, no espaço que envolve, o semiárido do sertão paraibano.
No gráfico 02, foi abordada a compreensão dos entre-
vistados, quanto ao termo desenvolvimento sustentável. Para
isso, foram destacadas algumas alternativas aos entrevistados
quanto a esse termo relativamente novo.
A pesquisa realizada com os entrevistados mostrou que,
dentre as alternativas citadas, as mais evidenciadas foram as
alternativas, desenvolvimento interligado com a natureza para
34,4%, e a alternativa, não tem conhecimento sobre o termo
para 34,4% dos entrevistados.
Ainda aparecem todas as alternativas (Desenvolvimento
interligado com a natureza; Desenvolvimento baseado no tripé:
justiça social, eficiência econômica e prudência ecológica; tra-
ta-se de um desenvolvimento predatório). Esta alternativa é o
somatório de outras vinculadas ao termo desenvolvimento sus-
tentável, citadas na pergunta e destacadas para 15,6% dos en-
trevistados. Além disso, nas respostas dos entrevistados, tam-
bém aparecem as alternativas desenvolvimento baseado no
tripé: justiça social, eficiência econômica, prudência ecológica
para 12,5% dos entrevistados, e a alternativa trata de um de-
senvolvimento não predatório para 3,1% dos entrevistados.
Resultados da Pesquisa 99
Gráfico 02 - Compreensão dos entrevistados quanto ao
desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento interligado
com a natureza
Trata-se de um
desenvolvimento
não predatório
0 5 10 15 20 25 30 35
sim
não
0 20 40 60 80 100
Relativo aumento do
desenvolvimento
com melhoria da
qualidade de vida
NDA
0 10 20 30 40 50 60
Diminuiu 25%
Aumentou 25%
0 10 20 30 40 50 60 70 80
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
Aumentou 25%
Aumentou 50%
Ficou estável
Diminuiu 50%
Diminuiu 25%
Aumentou 50%
Aumentou 25%
Ficou estável
Diminuiu 50%
Diminuiu 25%
Aumentou 50%
14,3%
Aumentou 25%
Ficou
7,1%
estável
78,6%
Moradora do assentamento
Padre Acácio (municipio de
Malta) e o Coordenador do
CERSA.
187
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191
Formato 17 cm x 24 cm
Mancha Gráfica 12,5 cm x 19 cm
Revisão Linguística Odésia Danta de Lima Monteiro Costa
Projeto Gráfico e Editoração GDV Editora (gildivan.com.br)
Número de páginas 191
Impactos do Projeto
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