aula 5
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1920 Melaine
1882 surgimento
Klein - trabalho da
da psicanálise 1975 Winnicott
psicanálise com
(FREUD)
crianças
1909 Caso Hans
(menino de 5 Anna Freud
anos fobia de (1971)
cavalo)
Psicoterapia Infantil na Ótica de Melanie Klein
• Melanie Klein, a qual destacou o lúdico não somente como expressão simbólica
de ansiedades e angústias iniciais vivenciadas pelo bebê em seu processo de
desenvolvimento. Foi Klein quem tornou possível a aplicação do método
psicanalítico ao tratamento infantil e a pacientes psicóticos (CAMPOS).
• Klein percebe que dentre os vários sintomas que a criança apresentava, a sua
extrema inibição no brincar tinha origem no seu sentimento de culpa que surgiu a
partir de um conflito edipiano arcaico. Se a criança apresenta sentimento de
culpa desde pequena, isso já seria pré-condição para sua análise. Porém, Klein
ainda se deparava com algumas restrições no seu trabalho, devido à fraca relação
da criança com a realidade, impossibilitando a de se implicar na análise, como
por exemplo, a fala restrita, “principal instrumento de um tratamento analítico de
adultos”. (KLEIN [1927] 1996, p. 27).
• Através do atendimento realizado com Rita, Klein ([1955] 1991, p.
154) comprova a contribuição dos brinquedos para a análise e tais
experiências permitiram que a autora pudesse definir quais seriam os
brinquedos mais adequados para serem utilizados como ferramenta
de sua técnica com crianças. São eles: Pequenos homens e mulheres
de madeira, geralmente de dois tamanhos, carros, carrinhos de mão,
balanços, trens, aviões, animais, arvores, blocos, casas, cercas, papel,
tesouras, uma faca, lápis, giz ou tinta, cola, bolas e bolas de gude,
massa de modelar e barbante, acrescenta-se também um chão
lavável, água corrente, uma mesa, algumas cadeiras, um pequeno
sofá, algumas almofadas e um móvel com gavetas.
• Conceitos-chave na psicoterapia infantil kleiniana:
• Posições esquizoparóide e depressiva: Klein postulou que a mente infantil se organiza
em torno de duas posições: a esquizoparóide, marcada pela fragmentação do objeto
(bom/mau) e pela projeção de partes boas e más de si para o outro; e a depressiva,
caracterizada pela integração do objeto e pela angústia de perda.
• Fantasias inconscientes: A criança possui uma vida mental rica em fantasias
inconscientes, que moldam sua experiência do mundo. Essas fantasias podem ser tanto
de amor como de ódio, e influenciam suas relações com os objetos (pessoas).
• Ansiedade persecutória e depressiva: A ansiedade persecutória está ligada à posição
esquizoparóide e se refere ao medo de ser destruído por objetos internos malignos. A
ansiedade depressiva, por sua vez, está associada à posição depressiva e se refere ao
medo de perder o objeto amado.
• Introjeções: e projeções: A criança introjeta (incorpora) aspectos do objeto e projeta
partes de si para o objeto. Esses mecanismos de defesa são fundamentais para lidar com
as ansiedades.
O Brincar, a Manifestação dos Conteúdos
Inconscientes e Diminuição da Ansiedade
Importância do Brincar na Psicoterapia Infantil:
Expressão do Inconsciente: O brincar é uma linguagem natural da criança. Através
das brincadeiras, a criança manifesta conteúdos inconscientes que talvez não
consiga expressar verbalmente.
Diminuição da Ansiedade: O ato de brincar permite que a criança explore seus
sentimentos e conflitos de maneira segura e simbólica, ajudando a reduzir a
ansiedade e o estresse.
Comunicação e Resolução de Conflitos: Brincar facilita a comunicação entre a
criança e o terapeuta, permitindo que a criança trabalhe suas questões internas de
forma lúdica e menos ameaçadora.
Psicoterapia Infantil na Ótica de
Donald Winnicott
• A compreensão do brincar para Winnicott (1975) se deu a partir do
desenvolvimento daquilo que advém dos fenômenos transicionais.
Assim sendo, o período transicional é entedido como o momento em
que a criança inicia a separar-se da mãe. Essa separação já vem
acontecendo com o desmame. A criança, então, começa a substituir a
mãe por alguma outra coisa. Para que isso seja possível, é necessário
que ocorram condições anteriores a esse momento. O ambiente
precisa ter se adaptado as necessidades do bebê de tal modo que ele
possa ter adquirido uma confiança em si mesmo e no mundo.
• “A capacidade de brincar é uma conquista no desenvolvimento
emocional de toda criança humana” (C. WINNICOTT, 1994, p.49).
•Brincar: Para Winnicott, o brincar é a linguagem natural da criança, através da qual ela explora o
mundo, expressa seus sentimentos e constrói sua realidade. Na psicoterapia, o brincar é o principal
meio de comunicação e de acesso ao mundo interno da criança.