Psicologia Juridica - Aula2

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PSICOLOGIA JURÍDICA

Sueli Aparecida De Nadai Bruno


HISTÓRIA

• A relação entre a Psicologia, o Direito e as práticas


judiciárias é muito antiga, porém pouco conhecida no Brasil.
• 1868: com a publicação do livro Psychologie Naturelle, do
médico francês Prosper Despine, que apresenta estudos de
casos dos grandes criminosos (somente delinqüentes
graves) daquela época.
• Despine : considerado o fundador da Psicologia Criminal –
denominação dada naquela época às práticas psicológicas
voltadas para o estudo dos aspectos psicológicos do
criminoso. (LEAL, 2008).
• A partir do final do século XIX, a Psicologia
Criminal começou a ser dona do seu próprio
destino. Suas investigações realizaram-se com
mais frequência e como um maior rigor
metodológico.
• A Alemanha foi o país que mais se destacou.
• O psicodiagnóstico servia para classificar e
controlar os indivíduos.
• Os psicólogos eram chamados para fornecerem
um parecer técnico em que, através do uso de
técnicas de avaliação psicológica, emitiam um
laudo informando à instituição judiciária, um
mapa subjetivo do sujeito diagnosticado
(MIRANDA JR., 1998).
• Myra y Lopes: defensor da cientificidade da
Psicologia.
• Criou vários instrumentos de avaliação.
• Escreveu o “Manual de Psicologia Jurídica
(1945), que ao longo de seus dezesseis
capítulos procura discutir o papel da Psicologia
no campo do Direito e oferecer
conhecimentos sobre o comportamento
humano que auxiliem os juristas em suas
decisões (ALTOÉ, 2001).
• A demanda: menores e loucos.
• Provocou a facilidade para a segregação e
exclusão dos mais vulneráveis, não oferecendo
as garantias de liberdade e os direitos
fundamentais do indivíduo, pois, na maioria
dos casos, não era ofertado tratamento, mas
internação em internatos, reformatórios ou
manicômios.
• No Brasil, principalmente no eixo Rio - São
Paulo – Belo Horizonte, na década de 80,
intensificou-se a discussão sobre a cidadania e
os direitos humanos impulsionada pela nova
Constituição brasileira.
• Através da mídia, pode-se ter uma noção
melhor do que acontecia com os internos da
Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do
Menor) por ocasião do I Ano Internacional da
Criança (1979), nos presídios e manicômios
(ALTOÉ, 2001).
• Começo de 1980: no Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo.
• Um grupo de psicólogos voluntários orientava
pessoas que lhes eram encaminhadas pelo Serviço
Social, para apoio a questões familiares, cujo
objetivo era a reestruturação e manutenção da
criança no lar.
• Em 1985, o presidente do Tribunal de Justiça
apresentou à Assembleia Legislativa um projeto
criando o cargo de psicólogo judiciário,
consolidando o posto de psicólogo no sistema
judiciário (CESCA, 2004).
OBJETIVO

• A Psicologia Jurídica tem por objetivo o estudo


dos comportamentos que ocorrem ou que
possam vir a ocorrer, nos casos em que se faz
necessário um inter-relacionamento entre o
Direito e a Psicologia, destacando e analisando os
aspectos psicológicos dos envolvidos, como no
caso de adoções, violência doméstica, novas
maneiras de atuar em instituições penitenciárias,
etc. (VIANA, 2008).
•  
O QUE É PSICOLOGIA JURÍDICA?

• Consiste na aplicação dos conhecimentos


psicológicos aos assuntos relacionados ao
Direito, principalmente quanto à saúde
mental, estudos sócio-jurídicos dos crimes e
quanto à personalidade da pessoa e suas
subjetividades (VIANA, 2008).
• A função do psicólogo jurídico consiste em
interpretar a comunicação inconsciente que
ocorre na dinâmica familiar e pessoal, ocultas
por trás das relações processuais.
• O papel do psicólogo é o de facilitador da
promoção da saúde e deve garantir os direitos
fundamentais do indivíduo, visando sempre
sua saúde menta e a busca da cidadania
(CESCA, 2004).
• Seu trabalho tem sido também o de informar,
apoiar, acompanhar e dar orientação pertinente a
cada caso atendido nos diversos âmbitos do sistema
judiciário (ALTOÉ, 2001).
• Deve estar apto para atuar no âmbito da Justiça
considerando a perspectiva psicológica dos fatos
jurídicos; colaborar no planejamento e execução de
políticas de cidadania, Direitos Humanos e
prevenção da violência; fornecer subsídios ao
processo judicial; além de contribuir para a
formulação, revisão e interpretação das leis (LEAL,
2008).
CAMPOS DE ATUAÇÃO

• Psicologia Forense: atua nos processos criminais, nas Varas


Criminais e nas Varas Especiais da Infância e da Juventude,
utilizando métodos e procedimentos para avaliar aspectos
da personalidade e o grau de periculosidade de agentes de
condutas tipificadas por lei como criminosas.
• Psicologia Jurídica: atua nos processos civis, dentro (como
peritos) ou fora (como assistentes técnicos) da instituição
judiciária, analisando a dinâmica familiar das pessoas
envolvidas nos litígios nas Varas da Família e da Infância.
• Psicologia Judiciária: especificação do psicólogo jurídico que
atua eminentemente dentro do sistema judiciário.
Segundo Leal (2008), a Psicologia Jurídica abrange as seguintes
áreas de atuação:
• Psicologia Jurídica e as Questões da Infância e Juventude
• Psicologia Jurídica e o Direito de Psicologia Jurídica e Direito Civil
• Psicologia Jurídica do Trabalho
• Psicologia Jurídica e o Direito Penal
• Psicologia Judicial ou do Testemunho
• Psicologia Penitenciária ou Carcerária
• Psicologia Policial e das Forças
• Mediação
• Psicologia Jurídica e Direitos Humanos
• Proteção a Testemunhas
• Formação e Atendimento aos Juízes e Promotores
• Vitimologia
• Autópsia Psicológica
O PSICÓLOGO PERITO JUDICIAL
• A perícia psicológica consiste em um exame que se
caracteriza pela investigação e análise dos fatos e pessoas,
enfocando os aspectos emocionais e subjetivos das relações
entre as pessoas, estabelecendo uma correlação de causa e
efeito das circunstâncias, e buscando a motivação
consciente e inconsciente para a dinâmica da personalidade
dos envolvidos (ex.: casal e filhos). Praticado por especialista
na matéria que lhe é submetida com o objetivo de elucidar
determinados aspectos técnicos com a utilização de
conhecimento científico para explicar as causas de um fato.
• A perícia deve apresentar de forma clara e lógica seus
achados e conclusões. Precisa ser apresentada através de
um laudo técnico.
• O Psicólogo pode atuar como Perito Judicial
nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho,
da família, da criança e do adolescente,
elaborando laudos, pareceres e pericias a
serem anexados aos processos (Conselho
Federal de Psicologia, 1995).
LAUDO PERICIAL
• A transcrição e a redação do laudo serão tão explícitas
quanto possível, considerando-se que os processos das
Varas da Família e das Sucessões e das Varas de Menores
correm em "segredo da Justiça". Não se poderá, contudo,
esquecer que a perícia psicológica será destinada a leitura
leiga, ou seja, de juízes, curadores e advogados.
• Para tanto o CFP (Conselho Federal de Psicologia)
disponibiliza em seus arquivos, modelos de laudos e
outros documentos da área psi.
• A redação do laudo, além de explícita e clara, não poderá
deixar de ser também assertiva, para que não ocorram
distorções interpretativas pelos não versados no assunto.
•  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALTOÉ, S. Atualidade da Psicologia Jurídica. Revista de Pesquisadores da Psicologia no Brasil (UFRJ,
UFMG, UFJF, UFF, UERJ, UNIRIO). Juiz de Fora, Ano 1, Nº 2, julho-dezembro 2001

• CESCA, T.B. O Papel do Psicólogo Jurídico na Violência Familiar: Possíveis Articulações. In: Revista
Psicologia & Sociedade; 16 (3): 41-46 – set/dez 2004. Belo Horizonte.
 
• C.F.P. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA) – Resolução 008/2010.
www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao acesso em 25/01/2012.
 
• LEAL, L. M. Psicologia Jurídica: História, ramificações e áreas de atuação. In: Revista Diversa. Parnaíba
– Ano I, nº 2 pp 171-185. jul.dez./2008.
www.ufpi.br/subsiteFiles/.../rd-ed2ano1_artigo11_Liene_Leal.PDF Acesso em 25.01.2012
 
• MIRANDA JUNIOR, H. C. Psicologia e justiça: A Psicologia e as Práticas Judiciárias na Construção do Ideal
de Justiça. Psicologia Ciência e Profissão Brasília, v. 18, n. 1, 1998. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931998000100004&lng=pt&nrm=iso acesso em 25/01/2012.
 
• VIANA, I. Psicologia Jurídica – Atuação. (2008)
Disponível em http://artigos.psicologado.com acesso em 25/01/2012.
www.wikipedia.com.br acesso em 25/01/2012.

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