Relatório Atividade 02 - PNV3415 - 2018 - Projeto Do Navio

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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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Departamento de Engenharia Naval e Oceânica
PNV3415 - PROJETO DO NAVIO
Relatório atividade 02
Espiral de Projeto

Grupo ​03​ – Projeto ​12


Membros
Nome:​ Everson Vieira dos Santos Oliveira​, No. USP: ​10342971
Nome:​ Matheus Cardoso Soares Silva​, No. USP: ​9347153
Nome:​ Rafael Gribel de Paula Neves​, No. USP: ​10342932

1. Discorra sobre quais fatores influenciam a natureza do processo de projeto.

O processo de projeto nada mais é do que um conjunto de atividades, em sequência ou não,


executadas com o propósito de se alcançar um objetivo. De uma maneira geral o processo de um projeto
pode ser esquematizado da seguinte forma:

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Os aspectos comuns presentes nos possíveis processos e que influenciam na sua natureza são:

● Objetivos do processo de projeto;


● Necessidade do projetista ​entender​,​ ajustar​ e ​refinar​ os requisitos exigidos pelo contratante;
● Restrições de tempo e recursos importantes ao processo;
● Relevância da criatividade e do trabalho em equipe.

2. Descreva detalhadamente as fases de projeto representadas pela espiral até a entrega do navio.

De uma maneira geral, o projeto de um navio possui os seguintes objetivos:

● Gerar todas as informações necessárias para construir o navio;


● Atender aos requisitos do armador, com o menor custo possível. Os custos do ciclo de vida incluem
os de projeto, construção, operação e suporte (O&S) (+ pesquisa e descarte).
○ Opções de solução podem implicar em custos maiores de aquisição mas menores na O&S,
e vice-versa.
● Satisfazer requisitos regulatórios (ex. Classificadoras, IMO,etc.)
● Considerar aspectos de (atributos do ciclo de vida):
○ Desempenho;
○ Segurança (risco);
○ Confiabilidade; e
○ Custos de operação / manutenção / suporte.

Tendo em vista as complexidades envolvidas na concepção de se uma embarcação, o objetivo


deste tipo de projeto é alcançado utilizando-se um processo iterativo. Soluções são concebidas, analisadas
e modificadas, em um processo recursivo até que todos os requisitos sejam atendidos. Dessa forma, todos
os parâmetros estipulados como ponto de partida no início do projeto poderão sofrer modificações a
medida que melhores informações se tornem disponíveis.
As fases de projeto são:

● Projeto Básico:

○ Projeto Conceitual

O principal objetivo desta subfase é esclarecer os requisitos do armador, ou seja, a


missão e os principais atributos de desempenho exigidos, proporcionando um equilíbrio
satisfatório entre capacidade e acessibilidade. Outro objetivo é desenvolver um conceito de
projeto que satisfaça os requisitos, bem como uma estimativa de custos e avaliação de risco.
Do ponto de vista do projetista, o objetivo durante esta fase é trabalhar com o armador para

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entender e definir a missão do navio, isto é, ajudar o armador a decidir o que é que ele precisa
e pode pagar. Quando isso é feito, um projeto conceitual é desenvolvido de modo a permitir
uma visão global.

○ Projeto Preliminar

Os principais objetivos desta fase são:

● Validar os requisitos de desempenho de navios de nível superior e desenvolver


requisitos de segundo nível;
● Estabelecer o tamanho do navio e a configuração geral;
● Selecionar os principais sistemas de navios;
● Quantificar o desempenho do navio;
● Reduzir ou eliminar riscos de custos, técnicos e relacionados com os cronogramas;
● Refinar a estimativa de custo operacional e de capital; e
● Desenvolver versão de rascunho da Estratégia de Compilação.

○ Projeto de Contrato

Os principais objetivos desta fase são:

● Confirmar a capacidade e custo do navio para o possível armador;


● Fornecer um pacote de propostas significativo e preciso para os estaleiros; e
● Fornecer critérios para a aceitação do navio pelo armador.

○ Projeto Funcional (detalhado)

Durante o projeto funcional, o Projeto de Contrato é desenvolvido para completar o


projeto em um sistema orientado base. Todos os cálculos de projeto e definição de
configuração estão concluídas e todas as decisões de projeto ainda pendentes são realizadas.
Nessa fase os cálculos detalhados da arquitetura naval são executados, incluindo análises
estruturais e de vibrações. Além disso, ocorre nessa etapa a conclusão do dimensionamento
de todos os escantilhões estruturais. Todos os equipamentos do casco são definidos em
detalhes, incluindo a definição completa de todo o material. Todo o projeto elétrico e seus
cálculos são concluídos, assim como os desenhos de organização do sistema e diagramas.

● Projeto Detalhado (Engenharia do Produto):

○ Projeto de Transição

Nessa subfase todas as informações de projeto são agrupadas em zonas e blocos de


trabalho, assim que os mesmos estiverem definidos e que todos os materiais a serem
utilizados estejam estipulados. De modo a facilitar a organização das atividades, cada zona da
embarcação é dividida em subzonas. Essa repartição bem como a criação dos projetos das

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zonas são desenvolvidos a partir da distribuição diagramas de roteamento do sistema


desenvolvidos na fase. Um modelo computacional da embarcação é criado, apresentando as
zonas e subzonas estipuladas. Os arranjos de projeto da zona mostram todos os itens visíveis
visto do plano de visão, não importa quão pequeno eles sejam. A verificação de interferência
ocorre quando o trabalho prossegue. Todos os requisitos de trabalho, manutenção e acesso
são verificados. O trabalho de projeto estrutural é concluído e desenhos estruturais para cada
bloco são desenvolvidos, cada um acompanhado com sua respectiva lista de materiais.

○ Informações de Produção/Construção

Durante esta fase, todos os desenhos, dados e outras informações exigido pelos
departamentos de produção e outros serviços para construir o navio estão preparados. Isso
inclui desenhos, esboços, listas de peças, instruções de processo e auxiliares de produção. Um
fator importante abordado nesta fase é a divisão do trabalho necessário para se produzir a
zona por completo em várias tarefas. Além disso, nesta etapa são desenvolvidos placa de
gravação, formas de corte, placas de processamento ou formas (dobragem, flange ou
perfuração), construção de submontagens, montagem construção, construção de blocos e
montagem de blocos. O pessoal de planejamento e produção também desenvolve esboços de
sequência de trabalho. Eles definem em considerável detalhe como o navio será montado.

A razão para que se divida o projeto em fases está relacionada com a natureza do trabalho
realizado, com as habilidades necessárias, quantidade de pessoas que participam do projeto, bem como o
nível de detalhamento exigido. De modo a tornar mais simples o seu gerenciamento, o projeto é dividido em
fases separadas por intervalos, permitindo a realização de revisões das etapas concluídas, bem como,
planejamentos e preparação para as próximas etapas. Na figura a seguir é apresentada a organização das
fases e uma relação entre cada uma delas com o nível de detalhamento requerido:

Figura 01: Fases do Projeto

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Tendo em vista as características apresentadas das fases e subfases do projeto de um navio, é


possível afirmar que todo o processo iterativo se concentra basicamente na fase de Projeto Básico (Projeto
Conceitual, Projeto Preliminar, Projeto de Contrato e Projeto Funcional Detalhado). De modo a organizar
esse processo, foi criada a Espiral de Projeto. Na mesma, o projeto progride segundo uma sequência de
passos, cada um envolvendo uma tarefa particular de síntese ou análise. Concluindo todas as etapas,
provavelmente a solução não será balanceada, tampouco a mais viável. Sendo assim, um novo ciclo é
iniciado, de modo que as soluções geradas posteriormente se aproximem cada vez mais de um ponto
ótimo. Geralmente são necessários alguns ciclos para se chegar a uma solução satisfatória. Na figura
abaixo é apresentado um exemplo de Espiral de Projeto Básico de uma embarcação.

Figura 02: Espiral de Projeto Básico

Nessa espiral, a subfase Projeto Conceitual dá início aos ciclos. Em seguida vem a subfase Projeto
Preliminar, marcada por inúmeros ciclos, evidenciando o forte caráter iterativo desta etapa. Por fim, são
ilustradas no final da espiral as duas últimas subfases, as quais apresentam também um caráter iterativo,
porém menos intenso do que a subfase Projeto Preliminar.

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3. Descreva a estruturação do processo de obtenção das características do navio nas fases de viabilidade
e/ou conceitual do projeto.

Esse processo de obtenção das características do navio na fase de viabilidade do projeto


precede o início das estimativas inerentes às fases iniciais de projeto como descrito no capítulo
anterior. Pode muitas vezes ser feito para auxiliar o armador na decisão do tipo de navio a ser
desenvolvido, observando aspectos básicos de projeto de interesse do armador como a capacidade
de carga, as dimensões que eventualmente podem impor restrições da rota a ser adotada como
boca e calado, a possibilidade de instalar equipamentos que auxiliem na operação e etc., sempre
levando em consideração a magnitude do investimento do armador, seus riscos, a magnitude do
custo de capital envolvido e as restrições de orçamento do próprio armador.
Então, quando definida uma entrega “viável”, o grupo de projetistas procurará em navios
construídos previamente os semelhantes que se encaixem nos requisitos definidos juntamente com
o armado, sendo que as primeiras características a serem estimadas serão o comprimento da linha
d´água (nesse ponto o projetista está interessado somente na parte submersa do casco para poder
estimar a resistência do mesmo ao avanço por meio do seu número de Froude, pois isso terá
impacto direto na estimativa da potência instalada), o deslocamento e a potência( ou velocidade de
serviço).
A partir daí, o processo de projeto inicia-se. Ele é condicionado pelo tipo de navio. O
projetista de um conteneiro preocupar-se-á inicialmente com quantos contêineres o navio será
capaz de carregar, enquanto num projeto de navio de carga geral o tamanho dos porões é o que
importa. O projetista tem que decidir qual será a limitação do seu navio: peso, volume ou
capacidade de carga no deck, pois isso tem um papel importante na determinação da flutuação e
das dimensões da embarcação com um todo.

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4. Discute e comente o fluxograma de projeto de viabilidade/conceitual apresentado na referência [1]


O livro referência [1] apresenta o seguinte fluxograma como sendo um processo recomendável de
análise de viabilidade no processo de um navio:

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Segundo esse fluxograma, as etapas iniciais são:


● fixar dados básicos como velocidade de serviço, capacidade de carga, autonomia,
coeficientes de forma e etc. Ou seja, os fatores já arquitetados com o armador ao longo da
fase de viabilidade.
● A partir disso, a capacidade de carga vai condicionar o volume de deslocamento do navio e
portanto seu comprimento, boca e deslocamento
Sempre que forem alteradas as dimensões principais de projeto a resistência ao avanço do casco
deve ser recalculada, porque a área molhada não será mais a mesma e isso afeta a potência que será
instalada. Adicionalmente, sempre que for alterado o motor, deve-se conferir se essa alteração ainda atende
os requisitos de velocidade de serviço e as limitações econômicas do armador.
● Então pode-se estimar a alocação de espaços da embarcação, ou seja, que espaços serão
destinados a carga, acomodações, praça de máquinas, caldeiras , lastro e etc.
● Com isso, estimar o volume requerido, dessa vez não limitando-se à parte submersa do
casco.
● Dimensionar o casco (e duplo casco se necessário)
Após essa etapa, é necessário rever se o desenho do casco não vai alterar o volume disponível de carga e
se não será necessário repensar as dimensões principais. E sempre que isso acontecer, deve-se rever a
potência instalada do navio, como discutido no comentário anterior.
● Agora é o momento de avaliar as condições de estabilidade do casco, ou seja, as distâncias
metacêntricas transversal e longitudinal e centro de flutuação. A partir daí, verificar a
estabilidade intacta do navio.
● Revisitar o cálculo da propulsão.
Quanto aos comentários gerais sobre o fluxograma, notamos que ele compreende bem muitos aspectos da
primeira fase do projeto mas não aborda alguns aspectos importantes como aspectos dinâmicos do casco.
Trata-se de uma análise complexa que envolve a massa da embarcação e portanto deve ser avaliada
iterativamente. Inclusive porque se houver a necessidade de um dispositivo estabilizador o espaço ocupado
por ele e a massa do mesmo vai influir em todos os aspectos do fluxograma.
Outra consideração característica da fase preliminar de projeto que não está claramente delimitada no
fluxograma é a análise estrutural. O dimensionamento do escantilhão impacta a massa do navio e os
espaços disponíveis para a alocação de carga e tripulação. Mas falta de detalhamento é algo normal nesse
tipo de diagrama, uma vez que ele pode ser feito com diversos níveis de detalhamentos, inclusive, pode-se
desenhar um fluxograma específico para subprocessos dentro do projeto da embarcação.

5. Desenvolva e aplique a espiral de projeto para o navio em projeto, explicando detalhadamente as


razões da sequência proposta de atividades.
De acordo com [1], pode-se separar o projeto base em 5 fase onde cada item da espiral de projeto é
estimado e, posteriormente, refinado. Levando em consideração as especificidades de um navio graneleiro,
a sequência de atividades é alterada para acompanhar a ordem de relevância dos procedimentos. A figura 3
exemplifica a espiral de projeto que será adotada neste projeto:

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Figura 3: Espiral de Projeto para navio mercante (​ČUDINA, 2010)

5.1. Manuseio da carga


Foi posto logo após os requisitos do armador porque exerce influência na estrutura do navio e
consequentemente altera os atributos a ela ligados. Cabe analisar que um graneleiro sem guindastes
(“gearless”) traria menos complexidade ao projeto.
5.2. Capacidade de carga, tonelagem de porte bruto, lightship e deslocamento
São importante porque expressam uma das principais característica de navios graneleiros, grande
capacidade de carga.
5.3. Forma do casco e dimensões

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A partir de estimado o deadweight e deslocamento é possível fazer a estimativa das dimensões


principais do navio como Loa, B, D, Cb. Estes elementos são parâmetros necessários para o cálculo das
variáveis dependentes subsequentes.
5.4. Potência, seleção de máquinas principal e auxiliar
Levando em consideração o valor estimado de resistência do casco, adiciona-se o fato de navios
graneleiros usualmente, por economia de combustível, navegarem sob baixa velocidades (definida pelos
requisitos do armador), calcula-se o coeficiente de Froude e o valor da resistência total. A partir desse valor
é possível determinar a potência adequada para mover o navio em plena carga, com reserva de velocidade.
É necessário salientar que dentre os diversos motores a diesel disponíveis, raramente, haverá um motor
que atenda exatamente ao requisito de potência de um navio. Escolhe-se aquele que desenvolve potência
suficiente em uma faixa útil.
5.5. Arranjo geral
Uma vez que as dimensões principais e a forma do casco foram fixadas, a considerações podem
ser feitas em relação ao arranjo geral. Os únicos limites que foram fixados até agora são a superfície do
casco (Lpp e B) e as linhas do convés que afetam a borda livre (D), Os limites de espaço restantes no
navio continuam a ser fixos. Neste item, estabelece-se a configuração dos espaços internos a serem
ocupados pelas máquinas (no caso do navio graneleiro, este é a ré), acomodações da tripulação, carga,
lastro e demais compartimentos. Neste ponto, a natureza de operação do graneleiro fica patente, como
ilustrado na figura 4.

Figura 4: Ciclo de operação típico de navio graneleiro (​KARIDIS, 2014)

Em condições leve, a densidade do espaço da maquinaria e da acomodação, em conjunto, é maior


que todo resto do comprimento do navio. E em condição carregada, acontece o inverso. Isso é importante
quando se considera o trim do navio e o calado mínimo para imersão do hélice (abordado nos próximos
itens).
5.6. Estrutural
O objetivo do projeto estrutural de qualquer navio é o desenvolvimento de uma estrutura que seja
capaz de suportar todas as forças que atuam sobre ele, evitando assim qualquer falha estrutural nesta
embarcação. A mais importante dessas forças são os momentos de flexão e forças de cisalhamento que
resultam das ondas encontradas no mar e o carregamento aplicado pela carga transportada. Como a

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estrutura deve continuar a atender a essas forças durante toda a vida útil do navio, os escantilhões devem
incluir tolerâncias para a corrosão e o desgaste que podem ser esperados. No projeto de um graneleiro, sua
a natureza da operação, figura 4, levanta questões vitais sobre a vulnerabilidade estrutural da embarcação.
Antes de entrar no porto para carregamento, a água de lastro é descarregada e transferida de maneira a
trimar o navio e obter o calado correto para o carregamento. Durante o carregamento, o excesso de carga
pode surgir em meio a anteparas que separam os porões vazios dos porões cheio, e aumenta a força de
cisalhamento vertical substancialmente. Até aqui foi expressas algumas das diversas complexidades que
devem ser abordadas em cada fase do projeto (voltas na espiral), consequentemente, somente após
completar várias sínteses de projeto satisfatórias é possível chegar ao correto dimensionamento de todo o
escantilhão. Cinco etapas podem ser identificadas para caracterizar o processo de projeto estrutural:

• Desenvolvimento da configuração inicial e escantilhões.


• Análise do desempenho do projeto assumido (cálculo estrutural com valor estimados).
• Comparação com critérios de desempenho (estabelecidos por sociedades classificadoras, p. ex., ABS,
Lloyd, Veritas) .
• Redesenhar a estrutura, alterando a configuração e os escantilhões em de tal forma a efetuar uma
melhoria.
• Repita o procedimento acima conforme necessário.

5.7. Estabilidade Estática e Trim e navegabilidade


Após dimensionado praticamente a totalidade das variáveis dependentes do projeto, é possível
verificar se a estabilidade estática fornecida pelas estrutura é adequada para todo ciclo de operação do
navio.

5.8. Arqueação (tonelagem de arqueação) e custos


Logo é possível, a partir da superfície moldada, determinar a arqueação bruta (volume total
fechado) e arqueação líquida (volume de carga). Através de regulamentação internacional sobre arqueação
estabelece-se a tributação e normais de praticagem. Por fim, estima-se o custo total de capital e o
esperado de operação

6. Desenvolva um desenho técnico esquemático, em três vistas (perfil, planta e transversal), com as
características dimensionais do navio (LOA, LPP, LWL, B, ....), inclusive definindo nomenclatura para
as variáveis de caracterização dos diversos espaços (duplo costado, tanques de lastro, praça de
máquinas, sala do leme, etc.).

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Nº DESCRIÇÃO

1 DUPLO FUNDO

2 TANQUES DE LASTRO SUPERIOR

3 DUPLO COSTADO

4 REFEITÓRIO E ÁREAS COMUNS

5 CAMAROTE TRIPULAÇÃO

6 CAMAROTE OFICIAIS (CONVÉS E MÁQUINAS)

7 CAMAROTES OFICIAIS SUPERIORES (COMTE, IMTO E CHEMAQ)

8 PASSADIÇO

9 COZINHA E PAIÓIS REFRIGERADOS

10 PAIÓIS DE GÊNEROS ALIM. E DEMAIS PAIÓIS

11 COMPARTIMENTO DA MÁQUINA DO LEME

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7. Referências

[1] Gale, P. A.; The Ship Design Process, Ship Design and Construction (Lamb, T. - Editor); SNAME; 2004.

[2] Zanic, V. and Cudina, P.; Multiattribute Decision Making Methodology in the Concept Design of Tankers
and Bulk Carriers; Brodo Grandnja, Vol. 60; 2010, pp. 19-43.

[3] Spanalios, P. G. Modern structural design of bulk carrier vessels; National Technical University of Athens
- School of Shipping of Engine Engineers Marine Construction Sector; Atenas; 2014.

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