Thesis by Ricardo P Tassinari
Tese de Livre-Docência defendida no Concurso Público para obtenção do título de Livre-Docente em ... more Tese de Livre-Docência defendida no Concurso Público para obtenção do título de Livre-Docente em Lógica, Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência, na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP. A Tese sistematiza alguns dos resultados de meus estudos e pesquisas desde 2014 a 2014.
Os Teoremas da Incompletude de Gödel têm sido, recorrentemente, citados nos estudos sobre auto-or... more Os Teoremas da Incompletude de Gödel têm sido, recorrentemente, citados nos estudos sobre auto-organização, como propiciando exemplos de processos não-mecânicos e verdadeiramente auto-organizados. Um dos fundamentos desses estudos está relacionado às análises que afirmam que os resultados obtidos por Gödel, associados à Tese/Definição de Church sobre calculabilidade, implicam na impossibilidade de uma modelagem mecânica completa de processos relativos à cognição humana. Dois desses processos que podem ser citados como auto-organizados, e cuja não-mecanicidade decorreria dos teoremas de Gödel, seriam os processos de determinação de fórmulas verdadeiras de teorias aritméticas de primeira ordem e de determinação de fórmulas verdadeiras de lógicas de ordens superiores, já que existem resultados lógico-matemáticos de incompletude desses sistemas formais. O objetivo central desta Tese consiste em analisar esses processos de determinação de verdades aritméticas e de verdades de lógicas de ordens superiores, a partir de uma análise dos resultados decorrentes dos teoremas de Gödel e da Teoria da Auto-Organização de Debrun, para mostrar que eles constituem processos não-mecânicos, segundo a acepção da Tese/Definição de Church, e auto-organizados, segundo Debrun. Apresentamos, preliminarmente, uma demonstração cuidadosa do Segundo Teorema da Incompletude de Gödel e uma introdução à Teoria da Auto-Organização de Debrun; bem como realizamos uma análise detalhada de como os resultados obtidos a partir do Segundo Teorema de Gödel permitem concluir que existem processos não-mecânicos, no sentido da Tese/Definição de Church, por argumentos distintos dos utilizados em alguns trabalhos da literatura. Mostramos que sempre existe um sistema formal cujo conjunto de teoremas é exatamente o conjunto de fórmulas determinadas como verdadeiras por qualquer função recursiva parcial que simule a capacidade humana de determinação de verdades aritméticas de primeira ordem e de verdades de lógicas de ordens superiores, enquanto, segundo o Segundo Teorema da Incompletude de Gödel, não existem sistemas formais cujos teoremas sejam todas as fórmulas que conseguimos identificar como verdadeiras.
Gödel’s Incompleteness Theorems have been mentioned in the studies on selforganization as providing examples of non-mechanical and truly self-organized processes. One of the fundaments of these studies is related to the analyses that assert that Gödel’s results, associated to Church’s Thesis/Definition on calculability, imply the impossibility of complete mechanical modeling of processes related to human cognition. Two of these processes that can be mentioned as self-organized, whose non-mechanicity is implied by Gödel’s theorems, would be the process of determination of true formulae of first order arithmetical theories and the process of determination of true formulae of higher-order logics, since there are logical-mathematical results on the incompleteness of these formal systems. The central aim of this Thesis is to analyze these processes of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, from an analysis of the results from Gödel’s theorems and Debrun’s Self-Organization Theory, in order to show that these processes constitute non-mechanical self-organized processes, according to Church’s Thesis/Definition and Debrun’s Theory. Preliminarily, we present a careful proof of Gödel’s Second Incompleteness Theorem and an introduction to Debrun’s Self-Organization Theory; as well as we analyze, in detail, how the results obtained from Gödel’s theorems allow us to conclude that non-mechanical processes exists, in the sense of Church’s Thesis/Definition, by using arguments that do not appear in known papers in the literature. We show that there is always a formal system whose set of theorems is exactly the set of formulae determined as true by any partial recursive function that simulates the human capability of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, while, according to Gödel’s Second Incompleteness Theorem, there is no formal system whose theorems are all the formulae that we can identify as true formulae.
Interviews by Ricardo P Tassinari
Logotonia UFSB, 2019
Neste episódio de Logotonia recebemos o professor Ricardo Pereira Tassinari, que é Livre-Docente ... more Neste episódio de Logotonia recebemos o professor Ricardo Pereira Tassinari, que é Livre-Docente em Lógica, Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência na UNESP, e falou brevemente sobre sua apresentação durante o I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI. Tassinari traz a reflexão sobre dois projetos, o primeiro sobre a epistemologia genética piagetiana, o outro sobre a filosofia da ciência neo-hegeliana.
Tendo como entrevistador Marcio Carvalho (Cientista Político).
Este Logotonia foi gravado em 05 de outubro de 2017, na Universidade Estadual de Santa Cruz, durante o I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI em Ilhéus. A conversa também está disponível na iTunes (Apple Podcasts), Player FM, Podcast Addict, YouTube e no Facebook.
Ricardo Pereira Tassinari graduou-se em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e... more Ricardo Pereira Tassinari graduou-se em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 1992 e em Matemática (60%, Bacharelado, não concluído) em 1994. Obteve o mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1998 e o doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas em 2003. Atualmente é professor assistente doutor do Departamento de Filosofia e Coordenador
do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Também é pesquisador junto ao Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Universidade Estadual de Campinas (CLE-UNICAMP). A entrevista apresenta o percurso de formação do autor e os interesses que o direcionaram. Ela foi realizada via email em junho-julho de 2009 por meio do entrevistador João Antonio de Moraes.
Hegel and Speculative Philosophy by Ricardo P Tassinari
Cognitio, 2024
Is it possible to view and constitute philosophy today as a unique system, as proposed and demand... more Is it possible to view and constitute philosophy today as a unique system, as proposed and demanded by Hegel? The existence of a plurality of opinions, worldviews and kinds of knowledge seems to challenge it, especially today when one talks of many kinds of philosophies. In an attempt to answer that question positively, this paper outlines a possible solution by introducing a set of general concepts, herein referred to as Systematizing Concepts. Particularly, practical, and pragmatic aspects of the set of systematizing concepts and their uses are discussed, especially regarding the concepts spirit and Absolute Spirit. Their context of discovery and development was the culmination of studies and research performed over more than 30 years in the areas of science and philosophy. The inspiration for elaborating and proposing them came from Hegelian philosophy, mainly from the Hegelian demand onto Philosophy: to be seen as a System. Although coming from those studies and research, the set of Systematizing Concepts is synthetically introduced here, without quoting those works, because the intention is to show that they, as concepts, may be autonomously understood generally through the explanation of them, their interrelationships and the experiential organization they provide, their context of justifi cation. They establish a general understanding herein, pointing out a possibility of how to deal systematically in a practical and pragmatic way with the various opinions, worldviews and kinds of knowledge and philosophies in a unit. In this sense, they would allow us to view and handle Philosophy as a System, even today.
Em publicações recentes, foi proposto um conjunto de Conceitos Sistematizadores, inspirado na fil... more Em publicações recentes, foi proposto um conjunto de Conceitos Sistematizadores, inspirado na filosofia hegeliana. Eles estabelecem uma compreensão geral que possibilita lidar sistematicamente com diversas opiniões, visões de mundo, tipos de conhecimentos e filosofias. Como tal, eles possibilitam a visão e a constituição da filosofia hoje como um sistema único. Essa perspectiva acabou introduzindo um programa de pesquisa (contínuo e eterno) que consiste em interpretar os vários tipos de conhecimentos específicos e filosofias (incluindo a Filosofia Hegeliana) em termos dos Conceitos Sistematizadores, especialmente a partir do conceito sistematizador Espírito Absoluto. Continuando esse programa, este artigo almeja (re)interpretar a Filosofia Hegeliana conforme os Conceitos Sistematizadores. Ele propõe uma (re)interpretação e um (re)estabelecimento da Enciclopédia das Ciência Filosóficas em Compêndio (1830) como uma autorrevelação racional e dialético-especulativa da organização do Espírito Absoluto.
É possível ver e constituir a filosofia hoje como um sistema único tal como proposto e exigido po... more É possível ver e constituir a filosofia hoje como um sistema único tal como proposto e exigido por Hegel? A existência de uma pluralidade de opiniões, visões de mundo e tipos de conhecimentos parece desafiar isso, especialmente hoje, quando se fala de muitos tipos de filosofias. Na tentativa de responder positivamente a essa questão, este artigo descreve uma possível solução, introduzindo um conjunto de conceitos gerais, aqui denominados Conceitos Sistematizadores. Particularmente, são discutidos aspectos práticos e pragmáticos do conjunto de conceitos sistematizadores e seus usos, especialmente quanto aos conceitos Espírito e Espírito Absoluto. Seu contexto de descoberta e desenvolvimento foi o culminar de estudos e pesquisas realizados ao longo de mais de 30 anos nas áreas da ciência e da filosofia. A inspiração para os elaborar e propor veio da Filosofia Hegeliana, principalmente a partir da exigência hegeliana de que a Filosofia fosse vista como um Sistema. Embora advindo desses estudos e pesquisas, o conjunto dos Conceitos Sistematizadores é aqui introduzido sinteticamente, sem citar esses trabalhos, pois a intenção é mostrar que eles, como conceitos, podem ser autonomamente compreendidos em linhas gerais através da explicação deles, de suas inter-relações e da organização da experiência que proporcionam, seu contexto de justificação. Eles estabelecem aqui uma compreensão geral, apontando uma possibilidade de como lidar sistematicamente de forma prática e pragmática com as diversas opiniões, visões de mundo e tipos de conhecimentos e filosofias em uma unidade. Nesse sentido, permitiriam ver e tratar a Filosofia como um Sistema, ainda hoje.
Este texto corresponde à tradução melhorada e ampliada da primeira parte da conferência Philosoph... more Este texto corresponde à tradução melhorada e ampliada da primeira parte da conferência Philosophy as a System Today: A Neo-Hegelian Approach ao HegelPd-Grupo de Pesquisa em Filosofia Clássica Alemã da Universidade de Pádua (https://youtu.be/l6mmrScKdwM). Ele visa fornecer um ponto de vista da Filosofia como Sistema a partir de um conjunto de conceitos, aqui denominados Conceitos Sistematizadores. Eles nos possibilitam lidar sistematicamente com a variedade dos conhecimentos específicos, em uma unidade. O principal motivo (e base) para propô-los é a necessidade de compreender o mundo em que vivemos. Eles resultam de estudos realizados ao longo de mais de 30 anos, inclusive relacionados à filosofia hegeliana. Esses estudos constituem seu contexto de descoberta. No entanto, tais estudos não são citados aqui, pois a intenção aqui é mostrar que os Conceitos Sistematizadores podem ser compreendidos autonomamente por si mesmos e suas relações, seu contexto de justificação. Nesse sentido, eles são autossustentáveis. Desta forma, os Conceitos Sistematizadores mostram-nos um caminho possível para continuar a olhar e desenvolver a Filosofia como Sistema (ainda hoje), permitindo-lhe incorporar em si os vários saberes específicos, em uma unidade.
Almeja-se neste trabalho apresentar as linhas gerais de uma filosofia (neo)hegeliana contemporâne... more Almeja-se neste trabalho apresentar as linhas gerais de uma filosofia (neo)hegeliana contemporânea. A partir da questão “Como compreender a vida e a nós próprios ?”, discute-se algumas das possíveis respostas a ela, correlacionado-as com um percurso pessoal da Física à busca de uma teoria geral do ser humano, defrontando com algumas das diversas grandes questões da teoria do conhecimento e algumas de suas respostas. Uma das questões que se mostrou crucial nesse percurso é: Como compreender o sistema dos seres humanos e de seus comportamentos levando em consideração que esses comportamentos dependem do conhecimento de cada ser humano a respeito do mundo que o cerca e a respeito desse próprio sistema ? Busca-se mostrar como, a partir de tal questão e de conceitos, argumentos e teses inspirados na filosofia de Hegel, pode-se chegar ao conceito de Sistema das Autoconsciências, bem como aos conceitos de Razão e Espírito, que permitem, retroativamente, estabelecer algumas respostas gerais à aquela questão inicial, que mantêm a diversidade de visões e filosofias, sem simplesmente desprezá-las, organizando-as, conjuntamente consigo própria, em um sistema do espírito enciclopédico.
Este texto é um preprint do artigo que será publicado no ebook Liberdade e Direitos: Hegel e sua ... more Este texto é um preprint do artigo que será publicado no ebook Liberdade e Direitos: Hegel e sua atualidade resultante dos trabalhos apresentados no XI Congresso Internacional da Sociedade Hegel Brasileira. Em especial, este texto é relativo à conferência: https://youtu.be/6HegErlPo0c. Quando o ebook for publicação, este texto será substituído pelo artigo publicado (no site academia.edu, no mesmo endereço). Resumo:
Como fazer filosofia como Sistema hoje em dia, em especial, considerando a infinidade de filosofias, de campos de estudo, de histórias, de interesses, de interpretações e de divergências? Neste trabalho, propõe-se estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade de se fazer filosofia como Sistema, hoje em dia, a partir de certos Conceitos Sistematizadores (a saber: filosofia, filósofo, grau de elaboração de uma filosofia, Ilusão Científico-Filosófica, realidade para cada um de nós, autoconsciência, Sistema das Autoconsciências, Sistema das Filosofias, Razão, Filosofia, coisa-para-nós, coisa-em-si, objeto, espírito, Espírito Absoluto) que possibilitam a integração contínua dos campos de estudo a um Sistema, bem como estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade dessa integração contínua, a partir de certos Princípios desse Sistema (a saber: Princípio da Compreensão, Princípio da Superação, Princípio da Autocompreensão e Princípio da Autocompreensão Suprema) que servem de guia e referência a raciocínios desenvolvidos nele. Este trabalho termina por expor, mais detalhadamente, a proposta (feita anteriormente) por Tassinari (2013, 2018a e 2020a) de uma Filosofia Espiritual Especulativa e de uma Interpretação Espiritual Especulativa (neo) hegeliana contemporânea.
Hegel e a Contemporaneidade, 2020
Resumo: A obra hegeliana é muito inspiradora ! Trechos dela inspiraram e ainda inspiram gerações,... more Resumo: A obra hegeliana é muito inspiradora ! Trechos dela inspiraram e ainda inspiram gerações, que produzem novas e frutíferas propostas interpretativas. Seria vão querer que assim não o fosse... Nesse contexto, pode-se questionar: haveria um problema inerente às interpretações parciais da obra hegeliana ou da Filosofia ? Em especial, haveria um problema inerente com interpretações dialéticas que exigem a eterna superação de qualquer interpretação ? Por outro lado: seria possível uma visão geral da Filosofia que não fosse parcial, que superasse todas as demais e que não seria jamais superada ? Tais questões serão discutidas e algumas de suas respostas analisadas em vista de uma interpretação geral, denominada de Interpretação Espiritual Especulativa, em que a Ideia da Filosofia / Espírito Absoluto, fim da última exposição da Filosofia por Hegel, na Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (1830), é em si, por si e para si, Substância e Sujeito, e tem em si todos os conhecimentos / saberes / ciências / filosofias particulares, em especial, os de cada um de nós e os de Hegel.
Artigo publicado em:
FERRER, D.; ORSINI, F.; BORDIGNON, M..; BAVARESCO, A. A.; IBER C. Autobiogr... more Artigo publicado em:
FERRER, D.; ORSINI, F.; BORDIGNON, M..; BAVARESCO, A. A.; IBER C. Autobiografia do Pensamento: A Ciência da Lógica de Hegel. Porto Alegre-RS: Editora Fundação Fênix, 2020.
Quando da publicação do artigo, este texto será substituído no site academia.edu no mesmo endereço pelo artigo publicado.
Resumo: Assumindo que é possível ter da obra hegeliana várias interpretações, este artigo visa introduzir uma interpretação geral da obra hegeliana e, em especial, da Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio, enquanto exposição do Sistema da Filosofia realizada por Hegel ele próprio, que possibilita: (1) estabelecer um norte interpretativo às diversas interpretações que se mantém do início ao fim do estudo da exposição enciclopédica do Sistema, (2) a sustentabilidade do Sistema, ou mais precisamente, a auto-sustentabilidade do Sistema e das diversas interpretações, (3) a inteligibilidade do Sistema e das diversas interpretações, (4) os seus desenvolvimentos dialéticos-especulativos, (5) expor a mais abrangente das interpretações do pensamento Hegel (da qual a interpretação aqui exposta seria parte), que pode explicar, compreender e superar (aufheben) todas demais. Tem-se nela a consideração de um objeto absoluto da Filosofia, que é a própria a Filosofia tomada em si, por si e para si, que, ao final da exposição enciclopédica, mostra-se como Ideia da Filosofia e Espírito Absoluto. Em especial, tal interpretação sempre se mostra como um completamento das interpretações parciais, já que, como interpretações parciais, são partes da Filosofia que é em si, por si e para si, bem como, uma vez assumida, possibilita estabelecer e garantir a estabilidade da série de interpretações da obra hegeliana que podem cada vez mais aprofundar e explicitar melhor o sentido e significado do objeto absoluto da Filosofia, sem o perder de vista.
Filosofia & Atualidade: Problemas, Métodos, Linguagens. Jornadas Filosóficas Internacionais de Lisboa 2015, 2015
Abstract/Resumo
This article discusses some central elements of the Hegelian exposition of what G... more Abstract/Resumo
This article discusses some central elements of the Hegelian exposition of what God is. It is shown that, in the nal determination, God is subject, an I that is the Idea of Philosophy, the Absolute Spirit, the Reason that knows itself, the absolute universal that splits itself into Spirit and Nature. God is the eternal Idea, being in itself and for itself, that eternally acts, makes itself, contemplates itself as such, and effectuates itself even as it is already effectuated.
Expõe-se aqui alguns elementos centrais da exposição hegeliana do que é Deus e mostra-se que, ao final de sua determinação, Deus é sujeito, um Eu que é a Ideia da Filosofia, o Espírito Absoluto, a Razão que se sabe, o absolutamente universal que se cinde em Espirito e Natureza, Ideia eterna sendo em si e para si, que eternamente atua, produz-se e deleita-se como tal, que tanto se efetiva quanto já está efetivada.
Almeja-se, neste trabalho, interpretar e discutir, em linhas gerais, a relação entre Espirito Abs... more Almeja-se, neste trabalho, interpretar e discutir, em linhas gerais, a relação entre Espirito Absoluto e Espírito Objetivo, no pensamento de Georg W. F. Hegel, em especial, também mostrar a existência de certa forma de atuação do Espirito Absoluto sobre o Espírito Objetivo e como tal atuação leva à necessidade do conteúdo do Espírito Objetivo e da Filosofia do Direito, não como um dever ser, mas como algo que é. Este texto foi elaborado de forma a servir também como uma introdução ao tema da relação entre o Espirito Absoluto e o Espírito Objetivo, em especial, colocando-se no contexto metafilosófico, isto é, tendo como objeto não apenas o conteúdo da exposição hegeliana, mas também possíveis filosofias e diversas interpretações do pensamento de Hegel.
Lógica e Metafísica em Hegel, 2019
Hegel, no comentário ao § 17 da primeira edição de 1817 da Enciclopédia das Ciências Filosó... more Hegel, no comentário ao § 17 da primeira edição de 1817 da Enciclopédia das Ciências Filosóficas em compêndio, diz que a Ciência da Lógica pode ser considerada Ciência Subjetiva, Ciência Objetiva e Teologia Especulativa. Neste artigo, objetiva-se expor elementos que possibilitam compreender a Ciência da Lógica como Teologia Especulativa e, a partir dessa exposição, mostrar como ela pode também ser compreendida nos dois outros sentidos.
Propositalmente, o título O Desenvolvimento Essencial da Ciência da Lógica evoca várias significa... more Propositalmente, o título O Desenvolvimento Essencial da Ciência da Lógica evoca várias significações.
Em especial, discute-se as quatro seguintes.
(1) Por um lado, há uma significação que ressalta a importância e necessidade do uso do termo Essência para o conhecimento e para a Ciência em geral. Nesse sentido, como se discutirá, a noção de Essência seria essencial à Ciência em geral e, em especial, à Ciência da Lógica.
(2) Por outro lado, há uma significação que expressa a necessidade, cumprida por Hegel, de se desenvolver a própria obra Ciência da Lógica, ou seja, ressalta o caráter essencial da Ciência da Lógica.
(3) Por outro lado ainda, há uma significação que expressa a necessidade de se desenvolver a própria esfera da Essência na Ciência da Lógica.
(4) E, por fim, há uma significação que ressalta a necessidade da própria Ciência da Lógica (na qual está contida a Doutrina da Essência) em relação ao todo da Filosofia Hegeliana.
Analisa-se, pois, mais detalhamento, cada uma dessas significações.
Conclui-se que a Ciência da Lógica constitui a primeira parte da Ciência do Espírito Absoluto, na qual Ele expõe a si próprio expondo seu elemento conceitual, nesse próprio elemento conceitual, e a sua realização, a Ideia Absoluta ou Especulativa.
Filosofia e interdisciplinaridade: Festschrift em homenagem a Agemir Bavaresco, Jul 2015
Este texto expõe, sumariamente, alguns dos fundamentos gerais de meu caminho filosófico, que part... more Este texto expõe, sumariamente, alguns dos fundamentos gerais de meu caminho filosófico, que partiu de estudos, pesquisas e reflexões sobre as ciências e a Epistemologia Genética e chega a uma proposta de metafísica e ontologia idealista especulativa. Para isso, introduzo, inicialmente, a noção de sistema de seres humanos e seus comportamentos para contextualizar a discussão de uma das questões centrais deste artigo: “como compreender o sistema dos seres humanos e seus comportamentos?” Em seguida, teço considerações gerais sobre as Epistemologia e Psicologia Genéticas; analiso as consequências da tese inerente a elas, de que objeto é um ser essencialmente intelectual; considero a possibilidade de uma perspectiva diferente em Teoria do Conhecimento que leva a perguntar “como são possíveis os diversos sistemas filosóficos?” e a necessidade de se constituir uma filosofia que seja capaz de considerar, em uma visão de totalidade, como são possíveis os diversos sistemas científicos e filosóficos, a partir de um pensar que pensa o próprio pensar; teço algumas considerações sobre a constituição de uma tal filosofia em relação à Epistemologia Genética e introduzo a noção de Ideia; para, por fim, propor um projeto geral de pesquisa (que o presente trabalho apenas anuncia) que objetiva usar de conceitos e argumentos inspirados na Filosofia Especulativa Hegeliana (ou a ela relacionados) para compreender o sistema dos seres humanos e de seus comportamentos, em especial, no cenário de produção da Ciência e da Filosofia Contemporâneas, inclusive no da própria Epistemologia Genética. Espero ter contribuído para mostrar que é possível uma outra posição filosófica (distinta do naturalismo piagetiano) que considera os dados experimentais das Epistemologia e Psicologia Genéticas.
Lógica do Ser de Hegel: Prefácios, Introdução e Início, 2021
Visa-se aqui descrever sumariamente a forma e os resultados da participação, no IV Leituras da Ló... more Visa-se aqui descrever sumariamente a forma e os resultados da participação, no IV Leituras da Lógica de Hegel 2020 – Homenagem aos 250 anos de nascimento de Hegel: Stuttgart 1770 – 2020, do Grupo Hegel e o Idealismo Especulativo, com sede na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus Marília. O que motiva a elaboração deste artigo é relatar os resultados positivos alcançados, em especial, devido ao novo formato do IV Leituras da Lógica de Hegel 2020 e a forma de participação do Grupo Hegel e o Idealismo Especulativo.
Ser e Ser aí – Finitude & Infinitude: Realidade e Idealidade, 2021
Visa-se aqui descrever sumariamente a forma e os resultados da participação, no V Leituras da Lóg... more Visa-se aqui descrever sumariamente a forma e os resultados da participação, no V Leituras da Lógica de Hegel – 2021 (V LLH), do Grupo Hegel e o Idealismo Especulativo (GHIE), com sede na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus Marília. O que motiva a elaboração deste artigo é relatar os resultados positivos alcançados, em especial, devido a continuação do novo formato de estudo e pesquisa adotado pelo GHIE, a partir do IV Leituras da Lógica de Hegel 2021 – Homenagem aos 250 anos de nascimento de Hegel: Stuttgart 1770 – 2020 (IV LLH).
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Thesis by Ricardo P Tassinari
Gödel’s Incompleteness Theorems have been mentioned in the studies on selforganization as providing examples of non-mechanical and truly self-organized processes. One of the fundaments of these studies is related to the analyses that assert that Gödel’s results, associated to Church’s Thesis/Definition on calculability, imply the impossibility of complete mechanical modeling of processes related to human cognition. Two of these processes that can be mentioned as self-organized, whose non-mechanicity is implied by Gödel’s theorems, would be the process of determination of true formulae of first order arithmetical theories and the process of determination of true formulae of higher-order logics, since there are logical-mathematical results on the incompleteness of these formal systems. The central aim of this Thesis is to analyze these processes of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, from an analysis of the results from Gödel’s theorems and Debrun’s Self-Organization Theory, in order to show that these processes constitute non-mechanical self-organized processes, according to Church’s Thesis/Definition and Debrun’s Theory. Preliminarily, we present a careful proof of Gödel’s Second Incompleteness Theorem and an introduction to Debrun’s Self-Organization Theory; as well as we analyze, in detail, how the results obtained from Gödel’s theorems allow us to conclude that non-mechanical processes exists, in the sense of Church’s Thesis/Definition, by using arguments that do not appear in known papers in the literature. We show that there is always a formal system whose set of theorems is exactly the set of formulae determined as true by any partial recursive function that simulates the human capability of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, while, according to Gödel’s Second Incompleteness Theorem, there is no formal system whose theorems are all the formulae that we can identify as true formulae.
Interviews by Ricardo P Tassinari
Tendo como entrevistador Marcio Carvalho (Cientista Político).
Este Logotonia foi gravado em 05 de outubro de 2017, na Universidade Estadual de Santa Cruz, durante o I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI em Ilhéus. A conversa também está disponível na iTunes (Apple Podcasts), Player FM, Podcast Addict, YouTube e no Facebook.
do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Também é pesquisador junto ao Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Universidade Estadual de Campinas (CLE-UNICAMP). A entrevista apresenta o percurso de formação do autor e os interesses que o direcionaram. Ela foi realizada via email em junho-julho de 2009 por meio do entrevistador João Antonio de Moraes.
www2.faac.unesp.br/pesquisa/lecotec/projetos/toque/podcasts.php?c=46,
cujo relatório se encontra em:
www.academia.edu/8607917/Formalizacao_Logico-Matematica_de_Nocoes_Relativas_a_Auto-Organizacao_Um_Estudo_Comparativo.
Hegel and Speculative Philosophy by Ricardo P Tassinari
Como fazer filosofia como Sistema hoje em dia, em especial, considerando a infinidade de filosofias, de campos de estudo, de histórias, de interesses, de interpretações e de divergências? Neste trabalho, propõe-se estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade de se fazer filosofia como Sistema, hoje em dia, a partir de certos Conceitos Sistematizadores (a saber: filosofia, filósofo, grau de elaboração de uma filosofia, Ilusão Científico-Filosófica, realidade para cada um de nós, autoconsciência, Sistema das Autoconsciências, Sistema das Filosofias, Razão, Filosofia, coisa-para-nós, coisa-em-si, objeto, espírito, Espírito Absoluto) que possibilitam a integração contínua dos campos de estudo a um Sistema, bem como estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade dessa integração contínua, a partir de certos Princípios desse Sistema (a saber: Princípio da Compreensão, Princípio da Superação, Princípio da Autocompreensão e Princípio da Autocompreensão Suprema) que servem de guia e referência a raciocínios desenvolvidos nele. Este trabalho termina por expor, mais detalhadamente, a proposta (feita anteriormente) por Tassinari (2013, 2018a e 2020a) de uma Filosofia Espiritual Especulativa e de uma Interpretação Espiritual Especulativa (neo) hegeliana contemporânea.
FERRER, D.; ORSINI, F.; BORDIGNON, M..; BAVARESCO, A. A.; IBER C. Autobiografia do Pensamento: A Ciência da Lógica de Hegel. Porto Alegre-RS: Editora Fundação Fênix, 2020.
Quando da publicação do artigo, este texto será substituído no site academia.edu no mesmo endereço pelo artigo publicado.
Resumo: Assumindo que é possível ter da obra hegeliana várias interpretações, este artigo visa introduzir uma interpretação geral da obra hegeliana e, em especial, da Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio, enquanto exposição do Sistema da Filosofia realizada por Hegel ele próprio, que possibilita: (1) estabelecer um norte interpretativo às diversas interpretações que se mantém do início ao fim do estudo da exposição enciclopédica do Sistema, (2) a sustentabilidade do Sistema, ou mais precisamente, a auto-sustentabilidade do Sistema e das diversas interpretações, (3) a inteligibilidade do Sistema e das diversas interpretações, (4) os seus desenvolvimentos dialéticos-especulativos, (5) expor a mais abrangente das interpretações do pensamento Hegel (da qual a interpretação aqui exposta seria parte), que pode explicar, compreender e superar (aufheben) todas demais. Tem-se nela a consideração de um objeto absoluto da Filosofia, que é a própria a Filosofia tomada em si, por si e para si, que, ao final da exposição enciclopédica, mostra-se como Ideia da Filosofia e Espírito Absoluto. Em especial, tal interpretação sempre se mostra como um completamento das interpretações parciais, já que, como interpretações parciais, são partes da Filosofia que é em si, por si e para si, bem como, uma vez assumida, possibilita estabelecer e garantir a estabilidade da série de interpretações da obra hegeliana que podem cada vez mais aprofundar e explicitar melhor o sentido e significado do objeto absoluto da Filosofia, sem o perder de vista.
This article discusses some central elements of the Hegelian exposition of what God is. It is shown that, in the nal determination, God is subject, an I that is the Idea of Philosophy, the Absolute Spirit, the Reason that knows itself, the absolute universal that splits itself into Spirit and Nature. God is the eternal Idea, being in itself and for itself, that eternally acts, makes itself, contemplates itself as such, and effectuates itself even as it is already effectuated.
Expõe-se aqui alguns elementos centrais da exposição hegeliana do que é Deus e mostra-se que, ao final de sua determinação, Deus é sujeito, um Eu que é a Ideia da Filosofia, o Espírito Absoluto, a Razão que se sabe, o absolutamente universal que se cinde em Espirito e Natureza, Ideia eterna sendo em si e para si, que eternamente atua, produz-se e deleita-se como tal, que tanto se efetiva quanto já está efetivada.
Em especial, discute-se as quatro seguintes.
(1) Por um lado, há uma significação que ressalta a importância e necessidade do uso do termo Essência para o conhecimento e para a Ciência em geral. Nesse sentido, como se discutirá, a noção de Essência seria essencial à Ciência em geral e, em especial, à Ciência da Lógica.
(2) Por outro lado, há uma significação que expressa a necessidade, cumprida por Hegel, de se desenvolver a própria obra Ciência da Lógica, ou seja, ressalta o caráter essencial da Ciência da Lógica.
(3) Por outro lado ainda, há uma significação que expressa a necessidade de se desenvolver a própria esfera da Essência na Ciência da Lógica.
(4) E, por fim, há uma significação que ressalta a necessidade da própria Ciência da Lógica (na qual está contida a Doutrina da Essência) em relação ao todo da Filosofia Hegeliana.
Analisa-se, pois, mais detalhamento, cada uma dessas significações.
Conclui-se que a Ciência da Lógica constitui a primeira parte da Ciência do Espírito Absoluto, na qual Ele expõe a si próprio expondo seu elemento conceitual, nesse próprio elemento conceitual, e a sua realização, a Ideia Absoluta ou Especulativa.
Gödel’s Incompleteness Theorems have been mentioned in the studies on selforganization as providing examples of non-mechanical and truly self-organized processes. One of the fundaments of these studies is related to the analyses that assert that Gödel’s results, associated to Church’s Thesis/Definition on calculability, imply the impossibility of complete mechanical modeling of processes related to human cognition. Two of these processes that can be mentioned as self-organized, whose non-mechanicity is implied by Gödel’s theorems, would be the process of determination of true formulae of first order arithmetical theories and the process of determination of true formulae of higher-order logics, since there are logical-mathematical results on the incompleteness of these formal systems. The central aim of this Thesis is to analyze these processes of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, from an analysis of the results from Gödel’s theorems and Debrun’s Self-Organization Theory, in order to show that these processes constitute non-mechanical self-organized processes, according to Church’s Thesis/Definition and Debrun’s Theory. Preliminarily, we present a careful proof of Gödel’s Second Incompleteness Theorem and an introduction to Debrun’s Self-Organization Theory; as well as we analyze, in detail, how the results obtained from Gödel’s theorems allow us to conclude that non-mechanical processes exists, in the sense of Church’s Thesis/Definition, by using arguments that do not appear in known papers in the literature. We show that there is always a formal system whose set of theorems is exactly the set of formulae determined as true by any partial recursive function that simulates the human capability of determination of first order arithmetical truths and higher-order logical truths, while, according to Gödel’s Second Incompleteness Theorem, there is no formal system whose theorems are all the formulae that we can identify as true formulae.
Tendo como entrevistador Marcio Carvalho (Cientista Político).
Este Logotonia foi gravado em 05 de outubro de 2017, na Universidade Estadual de Santa Cruz, durante o I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI em Ilhéus. A conversa também está disponível na iTunes (Apple Podcasts), Player FM, Podcast Addict, YouTube e no Facebook.
do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Também é pesquisador junto ao Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Universidade Estadual de Campinas (CLE-UNICAMP). A entrevista apresenta o percurso de formação do autor e os interesses que o direcionaram. Ela foi realizada via email em junho-julho de 2009 por meio do entrevistador João Antonio de Moraes.
www2.faac.unesp.br/pesquisa/lecotec/projetos/toque/podcasts.php?c=46,
cujo relatório se encontra em:
www.academia.edu/8607917/Formalizacao_Logico-Matematica_de_Nocoes_Relativas_a_Auto-Organizacao_Um_Estudo_Comparativo.
Como fazer filosofia como Sistema hoje em dia, em especial, considerando a infinidade de filosofias, de campos de estudo, de histórias, de interesses, de interpretações e de divergências? Neste trabalho, propõe-se estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade de se fazer filosofia como Sistema, hoje em dia, a partir de certos Conceitos Sistematizadores (a saber: filosofia, filósofo, grau de elaboração de uma filosofia, Ilusão Científico-Filosófica, realidade para cada um de nós, autoconsciência, Sistema das Autoconsciências, Sistema das Filosofias, Razão, Filosofia, coisa-para-nós, coisa-em-si, objeto, espírito, Espírito Absoluto) que possibilitam a integração contínua dos campos de estudo a um Sistema, bem como estabelecer o sentido da possibilidade e da estabilidade dessa integração contínua, a partir de certos Princípios desse Sistema (a saber: Princípio da Compreensão, Princípio da Superação, Princípio da Autocompreensão e Princípio da Autocompreensão Suprema) que servem de guia e referência a raciocínios desenvolvidos nele. Este trabalho termina por expor, mais detalhadamente, a proposta (feita anteriormente) por Tassinari (2013, 2018a e 2020a) de uma Filosofia Espiritual Especulativa e de uma Interpretação Espiritual Especulativa (neo) hegeliana contemporânea.
FERRER, D.; ORSINI, F.; BORDIGNON, M..; BAVARESCO, A. A.; IBER C. Autobiografia do Pensamento: A Ciência da Lógica de Hegel. Porto Alegre-RS: Editora Fundação Fênix, 2020.
Quando da publicação do artigo, este texto será substituído no site academia.edu no mesmo endereço pelo artigo publicado.
Resumo: Assumindo que é possível ter da obra hegeliana várias interpretações, este artigo visa introduzir uma interpretação geral da obra hegeliana e, em especial, da Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio, enquanto exposição do Sistema da Filosofia realizada por Hegel ele próprio, que possibilita: (1) estabelecer um norte interpretativo às diversas interpretações que se mantém do início ao fim do estudo da exposição enciclopédica do Sistema, (2) a sustentabilidade do Sistema, ou mais precisamente, a auto-sustentabilidade do Sistema e das diversas interpretações, (3) a inteligibilidade do Sistema e das diversas interpretações, (4) os seus desenvolvimentos dialéticos-especulativos, (5) expor a mais abrangente das interpretações do pensamento Hegel (da qual a interpretação aqui exposta seria parte), que pode explicar, compreender e superar (aufheben) todas demais. Tem-se nela a consideração de um objeto absoluto da Filosofia, que é a própria a Filosofia tomada em si, por si e para si, que, ao final da exposição enciclopédica, mostra-se como Ideia da Filosofia e Espírito Absoluto. Em especial, tal interpretação sempre se mostra como um completamento das interpretações parciais, já que, como interpretações parciais, são partes da Filosofia que é em si, por si e para si, bem como, uma vez assumida, possibilita estabelecer e garantir a estabilidade da série de interpretações da obra hegeliana que podem cada vez mais aprofundar e explicitar melhor o sentido e significado do objeto absoluto da Filosofia, sem o perder de vista.
This article discusses some central elements of the Hegelian exposition of what God is. It is shown that, in the nal determination, God is subject, an I that is the Idea of Philosophy, the Absolute Spirit, the Reason that knows itself, the absolute universal that splits itself into Spirit and Nature. God is the eternal Idea, being in itself and for itself, that eternally acts, makes itself, contemplates itself as such, and effectuates itself even as it is already effectuated.
Expõe-se aqui alguns elementos centrais da exposição hegeliana do que é Deus e mostra-se que, ao final de sua determinação, Deus é sujeito, um Eu que é a Ideia da Filosofia, o Espírito Absoluto, a Razão que se sabe, o absolutamente universal que se cinde em Espirito e Natureza, Ideia eterna sendo em si e para si, que eternamente atua, produz-se e deleita-se como tal, que tanto se efetiva quanto já está efetivada.
Em especial, discute-se as quatro seguintes.
(1) Por um lado, há uma significação que ressalta a importância e necessidade do uso do termo Essência para o conhecimento e para a Ciência em geral. Nesse sentido, como se discutirá, a noção de Essência seria essencial à Ciência em geral e, em especial, à Ciência da Lógica.
(2) Por outro lado, há uma significação que expressa a necessidade, cumprida por Hegel, de se desenvolver a própria obra Ciência da Lógica, ou seja, ressalta o caráter essencial da Ciência da Lógica.
(3) Por outro lado ainda, há uma significação que expressa a necessidade de se desenvolver a própria esfera da Essência na Ciência da Lógica.
(4) E, por fim, há uma significação que ressalta a necessidade da própria Ciência da Lógica (na qual está contida a Doutrina da Essência) em relação ao todo da Filosofia Hegeliana.
Analisa-se, pois, mais detalhamento, cada uma dessas significações.
Conclui-se que a Ciência da Lógica constitui a primeira parte da Ciência do Espírito Absoluto, na qual Ele expõe a si próprio expondo seu elemento conceitual, nesse próprio elemento conceitual, e a sua realização, a Ideia Absoluta ou Especulativa.
Our exposition begins with a discussion of the epistemological analysis of Gilles-Gaston Granger (1920–2016), and the genetic epistemology and psychol- ogy of Jean Piaget (1896–1980) and his coworkers. We then proceed to an anal- ysis that leads us to the notion of Reality-Totality and its properties. At the conclusion of the chapter, it will be seen that the view presented here is a new form of absolute speculative idealism, close to the philosophical view of Georg W. F. Hegel (1770–1831).
Nesse texto, tratamos da Epistemologia Genética, tal como concebida por Jean Piaget (1896-1980), como uma introdução ao seu pensamento.
http://www.academia.edu/3114150/Lógica_e_Filosofia_da_Ciência_2a_Edição_
Nesse texto, tratamos da Epistemologia Genética, tal como concebida por Jean Piaget (1896-1980), como uma introdução ao seu pensamento.
Why do philosophical theories seem to be so real to the philosophers who theorized them? Why is there such a large variety of philosophical theories, especially considering that they need to be real to their authors? What would be, at least in general terms, the necessary structures for philosophical knowledge? Inasmuch as Genetic Epistemology consists in a theory of knowledge that studies the structures that are necessary for knowledge, it would be desirable, indeed, that studies and researches in this area should seek the answer to those questions. The main purpose of this paper is to discuss how the Model of the System of Schemes of Actions and Operations on Symbols and Signs (MoSSAOSS), introduced by Tassinari (2014), explains the possibilities of philosophical knowledge on answering such questions. The MoSSAOSS articulates some of the most important theoretical and experimental results of Piaget and his coworkers in a systemic, systematic and synthetic view. This paper presents a theoretical discussion on the fundamental concepts of the MoSSAOSS and the results of the Piagetian Genetic Epistemology and Psychology. According to the reasons established by the MoSSAOSS, it is possible to deduce that there will always be the possibility of a large diversity of philosophical theories, each one of them appearing to be real to their respective author. The main reason why that is possible is that the coordination of the author’s schemes of actions and operations on symbols and signs constitutes what is real for him; moreover, the various philosophical theories determine the operations on signs (involving theoretical significations) which coordinate the operational schemes on symbols (especially on mental images), therefore ruling the imagined possibilities and consequently the possibilities attributed by the author to the objects behavior and to his own actions. In conclusion, it is possible to assert that the system of schemes of actions and operations on symbols and signs constitutes a necessary structure, not only for scientific knowledge, but also for philosophical knowing.
Abstract This work has the purpose of showing how the epistemic subject represents and understands the abstract logical-mathematical structures through a discussion based on our earlier studies and in the Model of the System of Schemes of Actions and Operations on Symbols and Signs. This model was idealized by Tassinari (2014) as a systematization of the theoretical and experimental results from Piaget and collaborators' Genetic Epistemology and Psychology. Our results have shown the subject understands the mathematical structures through the coordination of Operations on Signs in the Formal Operational Period. The mathematical structures understanding is possible due to the fact the epistemic subject represents them through a System of Operations on Signs and understands the relationship established by this
Our research presents a positive answer to that question and, besides that, it aims at showing how the MoSEAOSS, used as an analytical tool, explains the process of resignification from the genetic epistemology point of view.
Neste texto, é discutida a concepção de ciência do filósofo da ciência Gilles-Gaston Granger e algumas consequências dessa concepção, incluindo a questão da existência de limites à Ciência.
http://www.academia.edu/3114150/Lógica_e_Filosofia_da_Ciência_2a_Edição_
Neste texto, é discutida a concepção de ciência do filósofo da ciência Gilles-Gaston Granger e algumas consequências dessa concepção, incluindo a questão da existência de limites à Ciência.
O livro se encontra no endereço: http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/39946.
A disciplina, dividida em quatro temas, trata de questões atuais em Lógica e Filosofia da Ciência. No Tema 1, é tratada a questão da Lógica como um cálculo raciocinador, algumas de suas consequências e limites dessa concepção. No Tema 2, é abordado a necessidade de caracterização do que é ciência, o critério de falsificabilidade do filósofo da ciência Karl Popper e algumas consequências de sua reflexão. No Tema 3, é discutida a concepção de ciência do filósofo da ciência Gilles-Gaston Granger e algumas consequências dessa concepção, incluindo a questão da existência de limites à Ciência. No Tema 4, se aborda a Epistemologia Genética do epistemólogo e psicólogo Jean Piaget, a concepção geral da área como Epistemologia e Teoria do Conhecimento e a sua relação com a Psicologia Genética de Jean Piaget.
A disciplina, dividida em quatro temas, trata de questões atuais em Lógica e Filosofia da Ciência. No Tema 1, é tratada a questão da Lógica como um cálculo raciocinador, algumas de suas consequências e limites dessa concepção. No Tema 2, é abordado a necessidade de caracterização do que é ciência, o critério de falsificabilidade do filósofo da ciência Karl Popper e algumas consequências de sua reflexão. No Tema 3, é discutida a concepção de ciência do filósofo da ciência Gilles-Gaston Granger e algumas consequências dessa concepção, incluindo a questão da existência de limites à Ciência. No Tema 4, se aborda a Epistemologia Genética do epistemólogo e psicólogo Jean Piaget, a concepção geral da área como Epistemologia e Teoria do Conhecimento e a sua relação com a Psicologia Genética de Jean Piaget.
https://www.academia.edu/6313809/_Livro_em_preparação_Introdução_à_Lógica_Simbólica_e_Seus_Temas_Filosóficos_2023
Este livro é o resultado de um projeto de elaboração de material didático para as disciplinas de Lógica do Curso de Graduação em Filosofia da UNESP, que começou em 2003 e continua até hoje.
https://www.academia.edu/6313809/_Livro_em_preparação_Introdução_à_Lógica_Simbólica_e_Seus_Temas_Filosóficos_2023
Este livro é o resultado de um projeto de elaboração de material didático para as disciplinas de Lógica do Curso de Graduação em Filosofia da UNESP, que começou em 2003 e continua até hoje.
http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/39946
Como diversas áreas atuais do conhecimento, a Lógica é hoje um vasto campo de conhecimento com uma profundidade e complexidade que uma vida humana parece não ser suficiente para abrangê-lo. Portanto, não é nossa intenção, neste texto, tratar dos diversos conteúdos da Lógica atual, mas apenas abordar o tópico A Lógica como um Cálculo Raciocinador a fim de estimular o leitor a reflexões sobre este tópico.
http://www.academia.edu/3114150/Lógica_e_Filosofia_da_Ciência_2a_Edição_
Como diversas áreas atuais do conhecimento, a Lógica é hoje um vasto campo de conhecimento com uma profundidade e complexidade que uma vida humana parece não ser suficiente para abrangê-lo. Portanto, não é nossa intenção, neste texto, tratar dos diversos conteúdos da Lógica atual, mas apenas abordar o tópico A Lógica como um Cálculo Raciocinador a fim de estimular o leitor a reflexões sobre este tópico.
Em particular, visamos com esse projeto estabelecer em que medida alguns dos sistemas lógicos não-clássicos, já desenvolvidos (intuicionistas, modais, para- consistentes, polivalentes, etc.), podem se prestar a uma formalização das noções envolvidas, e se eles se prestam a servir como lógica subjacente à Teoria Geral dos Sistemas ou à Teoria da Auto-Organização.
No caso de inadequação desses diversos sistemas lógicos, verificar a possibilidade de introdução de um particular sistema lógico que possa servir como lógica subjacente a essas teorias.
Ser (Neo)Hegeliano Hoje: O Espírito Enciclopédico.
Como compreender a vida e a nós próprios? Podemos fazer Filosofia estudando o que pensaram os filósofos, sem nos preocupar com sua aplicabilidade imediata à nossa vida, ou, ainda, de forma a aplicar a ela alguns conceitos ou argumentos análogos aos que os filósofos utilizaram. Por outro lado, podemos querer compreender efetivamente a vida e a nós próprios; e a Filosofia propriamente é ou resulta dessa busca. A resposta a essa questão tende sempre a ser, de certa forma, pessoal e, em certo sentido, minha palestra tenderá a expressar uma trajetória pessoal com vista ao conhecimento em geral. Em especial, sempre me ocupou a questão: Como compreender a vida e a nós próprios? De forma geral, tal questão é natural a todo ser humano, mas alguns se ocupam mais dela do que outros. Em especial, tal questão motivou minha trajetória acadêmica e meus trabalhos, que acabaram por se configurar em um tipo de (neo)hegelianismo. Em minha palestra, discutirei, em linhas gerais, tal (neo)hegelianismo, que termina por se mostrar como uma forma de espírito enciclopédico de inspiração hegeliana. Exporei alguns dos principais argumentos e conceitos que estruturam minhas concepções atuais sobre a vida e sobre nós próprios. A partir da questão "Como compreender a vida e a nós próprios?", discutirei algumas das possíveis respostas a ela, correlacionado-as com um percurso da Física à busca de uma teoria geral do ser humano (que foi, em linhas gerais, meu percurso acadêmico), defrontando com algumas das diversas grandes questões da teoria do conhecimento e algumas de suas respostas. Uma das questões que se mostrou crucial nesse percurso é: Como compreender o sistema dos seres humanos e de seus comportamentos levando em consideração que esses comportamentos dependem do conhecimento de cada ser humano a respeito do mundo que o cerca e a respeito desse próprio sistema? Buscarei mostrar como, a partir de tal questão, pode-se chegar ao conceito de Sistema das Autoconsciências, bem como, nesse contexto, aos conceitos de Razão e Espírito, que permitem, retroativamente, estabelecer algumas respostas gerais à aquela questão inicial, que mantêm a diversidade de visões e filosofias, sem simplesmente desprezá-las, organizando-as, conjuntamente consigo própria, em um sistema, um sistema de espírito enciclopédico.
Palestra do I Colóquio Internacional de Epistemologia e Psicologia Genéticas - Atualidade da Obra de Jean Piaget; Unesp Marília, setembro de 2009.
https://youtu.be/N2nwRqjDi4Y
Discussão sobre a Epistemologia Genética e sua relação com a Psicologia Genética, a Teoria do Conhecimento, a Epistemologia e a Filosofia.
A disciplina, dividida em quatro temas, trata de questões atuais em Lógica e Filosofia da Ciência.
No Tema 1, é tratada a questão da Lógica como um cálculo raciocinador, algumas de suas consequências e limites dessa concepção.
No Tema 2, é abordado a necessidade de caracterização do que é ciência, o critério de falsificabilidade do filósofo da ciência Karl Popper e algumas consequências de sua reflexão.
No Tema 3, é discutida a concepção de ciência do filósofo da ciência Gilles-Gaston Granger e algumas consequências dessa concepção, incluindo a questão da existência de limites à Ciência.
No Tema 4, se aborda a Epistemologia Genética do epistemólogo e psicólogo Jean Piaget, a concepção geral da área como Epistemologia e Teoria do Conhecimento e a sua relação com a Psicologia Genética de Jean Piaget.
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320
Source: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/47320