sábado, abril 17, 2004

Considerações sem pachorra

Se, segundo a TVI, o país pára por a Fernanda Serrano ter cortado o cabelo, julgo que seria justificável decretar-se três dias de feriado nacional se se cortasse a língua à Manuela Moura Guedes...

Não sei... São umas ideias cá muito minhas...

Sou quem sabeis, Maria Cachucha

domingo, abril 11, 2004

Páscoa



(Só para que conste, a Páscoa é a minha celebração católica favorita)

À mesa da sala de jantar, a minha mãe educa o meu irmão com as amêndoas de licor:

- Olha, vês? Este é uma ervilhinha!
- Oohhhh!!!
- E este, e este? É um bebé!
- Ooohhhhh!!!!
- Ah, e então este? É um tremoço!
- Ooohhhhh!!

Deitado no sofá da sala, o meu pai, o Homem-�guia, está em coma chocolático, nem se mexe. Um fio de baba castanha escorre-lhe pelo queixo.

De repente, vira-se para o lado, vai ao saco das amêndoas de chocolate e grunhe:

- Urgh! Cocolateeee... 'Cabou....

E eu lá vou, levar-lhe outro saco, na esperança que o seu estado de entorpecimento calórico passe depois de vomitar.

Sou quem sabeis, Maria Cachucha

domingo, abril 04, 2004

Pim!

Tendo em conta que o momento alto deste solarengo domingo foi a mudança da lâmpada da mesinha de cabeceira, que me permitirá ler calmamente o "Baudolino" na paz de Joshua, será que se justifica a alegria com que entoei o cântico "Aleluia", quando a lâmpada se acendeu? Até que ponto estarei desesperadamente aborrecida, sendo que as férias começaram há dois dias? Porque será que as coisas que são semeadas nascem sempre para o lado que toda a gente está à espera? Porque não há-de a raiz ficar ao ar e a couve de nascer nas entranhas da terra? Decorrerá isto da libertação do Jorge Ritto ou estaremos a caminhar calmamente para o Apocalipse?

Sou quem sabeis, Maria Cachucha