O Natal começa em meados de Agosto e acaba no dia dos Namorados. O Natal começou há muitos anos, mais precisamente em 1485 a.J. (antes de Joshua), no primeiro do campeonato Internacional de Sameirinha em Pista Coberta. A equipa suazilandesa achava que as condições atmosféricas (chuviscos e relva por aparar) não eram satisfatórias à prática do desporto. Os E.U.A. acharam que eles deviam estar todos cegos e mandaram um velhote de barbas, vestido de vermelho, distribuir prendinhas, para ver se eles se calavam. E foi assim.
Já Jesus tem outra história diferente e mais rebuscada, mas que não tem piada nenhuma.
Por isso, vou aqui fazer um manifesto anti-Natal:
Eu quero é que se foda o Natal.
Ele, as couves, o bacalhau, o perú e os filhos da puta dos doces que nem sequer têm chocolate.
Filhoses, rabanadas, leite-creme, aletria, bolinhos de bolina, sonhos - tudo bolinhos paneleiros.
E o rei dos bolinhos paneleiros - o bolo-rei dos paneleiros.
E quero que se fodam as árvores, são feias comó caralho, se fossem pendurar bolinhas e estrelinhas e coisinhas do género num sítio que eu cá sei, Portugal andava muito mais depressa prá frente.
Que se fodam igualmente os shoppings e a baixa, mais os cabrões todos que por lá se passeiam porque não sabem que podem comprar aquela merda toda na Net.
Que se fodam as janeiras-pelos-quintais-adentro-às-raparigas-solteiras, mais os centros de mesa, mais a Leopoldina e o Submarino Encantado dos Brinquedos - Foda-se para a merda, já foi um Castelo, um Mundo, agora é um Submarino, com um bocadinho de sorte, para o ano é Auschwitz Encantado dos Brinquedos e aí é que vai ser bom.
Que se foda o Pai Natal, os Duendes, as Renas e o Santana.
NOTA: Este manifesto é anti-Natal mas é pró-prendas (é a primeira vez que neste blog alguém é pró alguma coisa. Aplaudamos e rejubilemos).
(Um bom Natal para todos os frequentadores deste antro.)
Sou quem sabeis, Maria Cachucha.