A CAIXA QUADRADA


Nas noites de verão, ou todas as noites, depois do jantar, o pai abandona a mesa. Ainda com a xícara de café na mão, ele se dirige à caixa quadrada. A deusa dos raios azulados espera o toque. Para emitir som e luz, imagem e movimento. Todos se ajeitam. O lugar principal é para o pai. Ninguém conversa. Não há o que falar. O pai não traz nada da rua, do dia-a-dia, do escritório. Os filhos não perguntam, estão proibidos de interromper. A mulher mergulha na telenovela, no filme. Todos sabem que não virá visita. E se vier alguma, vai chegar antes da telenovela. Conversas esparsas durante os comerciais. A sensação é que basta estar junto. Nada mais. Silenciosa, a família contempla a caixa azulada. Os olhos excitados, cabeças inflamadas. Recebendo, recebendo. Enquanto o corpo suportar, estarão ali. Depois, tocarão o botão e a deusa descansará. Então, as pessoas vão para as camas, deitam e sonham. Com as coisas vistas. Sempre vistas através da caixa. Nunca sentidas ou vividas. Imunizadas que estão contra a própria vida.

Ignácio de Loyola Brandão



TONIO RUBIO - TELEMUSIC 3034: RHYTHMS - 1973
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Entendem eles que para nos emanciparmos do jugo português devemos, o quanto antes, emanciparmos da língua lusitana a nossa língua, e o melhor meio de o fazer será abrigarmos no idioma novo toda forma de linguagem chula, de calão, de barbarismos e de sujeira em que, desgraçadamente, sempre foi fértil o linguajar do povo. Em vez dos clássicos, dos puristas, dos Camões e caterva dos séculos passados, falem e pontifiquem os malandros, os analfabetos, os idiotas, as prostitutas e a ralé mais baixa.


Campos de Carvalho








I-ROY - DON'T CHECK ME WITH NO LIGHTWEIGHT STUFF - 1972~75
TORRENT



Ainda não saímos do tempo dos traficantes de escravos. Nos transportes públicos que lançam uns contra os outros com uma indiferença estatística, as pessoas assumem uma expressão insuportável de decepção, de altivez e de desprezo - uma expressão muito parecida com o efeito natural da morte numa boca sem dentes. O ambiente de falsa comunicação faz de cada um o policial de seus próprios conflitos. O instinto de fuga e de agressão segue a trilha dos cavaleiros do trabalho assalariado, que devem agora contar com os ônibus, metrôs e trens suburbanos para fazer suas lamentáveis viagens. Se os homens se transformaram em escorpiões que picam a si mesmos e aos outros, não será afinal porque nada aconteceu e os seres humanos de olhos vagos e cérebro murcho se tornaram misteriosamente sombras de homens, fantasmas de homens e, até certo ponto, nada têm de homens além do nome?


Raoul Vaneigem


DOWNLOAD: UNKLE - PSYENCE FICTION - 1998 - 192 Kbps
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As leis são como teias de aranha. Se alguma pobre criatura fraca é apanhada por elas, fica aprisionada; mas uma outra maior pode rompê-las, e ficar livre.

Sólon






LUIZ GONZAGA JR. - 1974
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ESPIRAL DO SILÊNCIO


A Espiral do Silêncio é uma hipótese proposta pela pesquisadora alemã Elisabeth Noelle-Neumann, nos anos 70, segundo a qual os indivíduos tendem a se calar quando percebem que sua opinião pode ser diferente daquela compartilhada pela maioria das pessoas. Tal comportamento ocorreria pelo fato dessas pessoas termerem ser isoladas em virtude de suas opiniões dissonantes.

Para Michael Singletary e Gerald Stone, "a pesquisa de Noelle-Neumann indicou que as pessoas são influenciadas não apenas pelo que as outras dizem, mas pelo que as pessoas imaginam que os outros poderiam dizer. Ela sugeriu que se um indivíduo imagina que sua opinião poderia estar em minoria, ou poderia ser recebida com desdém, essa pessoa estaria menos propensa a expressá-la."

Segundo o teórico Antonio Hohfelt, "ao perceberem ou imaginarem que a maioria das pessoas pensa diferentemente delas, essas pessoas acabam, num primeiro momento, por se calarem e, posteriormente, a adaptarem, ainda que muitas vezes apenas verbalmente, suas opiniões às do que elas imaginam ser a maioria. Em conseqüência, aquela opinião que, talvez de início, não fosse efetivamente a maioria, acaba por tornar-se a opinião majoritária, na medida em que se expressa num crescente movimento de verbalização, angariando prestígio e alcançando a adesão dos indivíduos."

No artigo "Return to the concept of powerful mass media", de 1972, Noelle-Neumann afirma que "pela consonância das reportagens e dos editoriais, reforçados pela acumulação das periódicas repetições da mídia, a maioria das atitudes pode ser influenciada ou moldada pela mídia. Os processos individuais de formação da opinião são então reforçados pelas observações individuais do meio ambiente social. Nós entendemos que as concepções sobre quais opiniões são dominantes em um determinado meio, ou quais opiniões podem tornar-se dominantes neste meio, estão sendo influenciadas pelos mídia."



MAGNUM - FULLY LOADED - 1974
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ATAQUE À AVENIDA 23 DE MAIO - 13 DE SETEMBRO DE 2009



No dia 13 de setembro de 2009 algumas centenas de pessoas tomaram a Avenida 23 de Maio, em São Paulo, como forma de protesto contra a política da prefeitura da cidade que insiste em
censurar manifestações artísticas públicas de qualquer natureza. Numa cidade sufocada pela poluição e pelo trânsito, em que milhares de pessoas passam fome e sobrevivem em condição de rua, gastam-se anualmente alguns milhões de reais para apagar de modo indiscriminado inúmeros trabalhos artísticos pela cidade. O vídeo acima foi gravado durante a ação; quase todos os trabalhos foram pintados de cinza algumas horas depois.

O ser humano adoece devido a sua raiva à
luz, à consciência; ele quer viver na escuridão, longe de qualquer percepção.
Esta é a causa de seu adoecimento e de todos os problemas que campeiam a humanidade. Ao mesmo tempo que pretende conhecer, opõe-se inteiramente ao conhecimento - e dentro desta luta, deixa pelo caminho só ruínas de uma vida dedicada a batalhar contra a verdade. Esse é o centro das doenças psicofísicas e das dificuldades sociais.

Norberto Keppe

DOWNLOAD: COUNT BUFFALOS - EMERGENCY - 1976 - 320 Kbps



A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos.
Agostinho da Silva



PEOPLE GET READY
SONGS OF PROTEST FROM THE ATLANTIC & WARNER JAZZ VAULTS
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Viver a trabalhar perpetuamente para ganhar uma centena de rublos por mês que deixam mais de uma centena de necessidades por satisfazer; e ser, ainda por cima, obrigado a ter boa saúde com uma vida assim: é demasiado para as forças de um homem da nossa época. A paciência é uma coisa boa quando se pode ter esperança num futuro melhor. Ah, como tudo isso é estúpido, mesquinho e vulgar. E, no entanto, a vida é feita disso. Trabalha-se pra comer e come-se para recomeçar a trabalhar no dia seguinte. A família. Alguém propôs que se proibisse por decreto o casamento dos pobres. Quem o fez era sem dúvida um homem compassivo. Que posso eu dar à minha família com o que ganho? À minha mulher é impossível oferecer-lhe uma vida suportável do ponto de vista do conforto; quanto às crianças, é impossível assegurar-lhes uma educação suficiente. Tudo é estúpido, irremediavelmente estúpido, porque o conjunto das necessidades de um homem é superior à soma de suas forças. Não se poderia encontrar uma solução através duma redistribuição das riquezas, a não ser que nós, os neurasténicos, fôssemos expulsos desse mundo. Para que me serve filosofar assim? É mais um encantador hábito de civilizado, algo no gênero da embriaguez, a julgar pelos seus efeitos no organismo!


Máximo Gorki


DOWNLOAD: AL GREEN - I'M STILL IN LOVE WITH YOU - 1972 - 256 Kbps
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REPÚBLICA DE FIUME - 3 ANOS


A história humana tem sido uma corrida de quinze mil anos, desde o equilíbrio no berço africano até a apoteose de desilusão, desvalorização e morte em massa no século XX. Agora estamos no limiar do vôo estelar, das tecnologias de realidade virtual e de um xamanismo renascido que anuncia o abandono do corpo do macaco e do grupo tribal que sempre foram nosso contexto. A era da imaginação está surgindo. As plantas xamânicas e os mundos que elas revelam são mundos dos quais imaginamos que viemos há muito; mundos de luz, poder e beleza que, de um modo ou de outro, estão por trás das visões escatológicas de todas as grandes religiões do mundo. Podemos reivindicar esse legado pródigo assim que pudermos refazer nossa linguagem e a nós mesmos.

Refazer nossa linguagem significa rejeitar a auto-imagem que herdamos da cultura dominadora - a imagem de uma criatura culpada pelo pecado, e portanto merecendo a exclusão do paraíso. O paraíso é nosso direito de nascença, e pode ser reivindicado por qualquer um de nós. A natureza não é nossa inimiga, para ser estuprada e conquistada. A natureza somos nós, para ser investigada e tratada com carinho. O xamanismo sempre soube disso, e sempre, em suas expressões mais autênticas, ensinou que o caminho requer aliados. Esses aliados são as plantas alucinógenas e as misteriosas entidades mestras, luminosas e transcendentais, que residem na dimensão próxima, dimensão de beleza e compreensão extática que negamos até quase ser tarde demais.

Terence McKenna
em O Alimento dos Deuses



STARKY BANTON MEETS THE DUB ORGANISER - POWERS YOUTH - 1998
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DESGRAÇA GERAL

Não gosto, nem trato de política. Não há assunto que mais me repugne do que aquilo que se chama habitualmente política. Eu a encaro como todo o povo a vê, isto é, um ajuntamento de piratas mais ou menos diplomados que exploram a desgraça e a miséria dos humildes.
(...)
A República no Brasil é o regime da corrupção. Todas as opiniões devem, por esta ou aquela paga, ser estabelecidas pelos poderosos do dia. Ninguém admite que se divirja deles e, para que não haja divergências, há a "verba secreta", os reservados deste ou daquele Ministério e os empreguinhos que os medíocres não sabem conquistar por si e com independência.

A vida, infelizmente, deve ser uma luta; e quem não sabe lutar, não é homem.


A gente do Brasil, entretanto, pensa que a existência nossa deve ser a submissão aos Acácios e Pachecos, para obter ajudas de custo e sinecuras.

Vem disto a nossa esterilidade mental, a nossa falta de originalidade intelectual, a pobreza da nossa paisagem moral e a desgraça que se nota no geral da nossa população.

Ninguém quer discutir; ninguém quer agitar idéias; ninguém quer dar a emoção íntima que tem da vida e das coisas. Todos querem "comer".

"Comem" os juristas, "comem" os filósofos, "comem" os médicos, "comem" os advogados, "comem" os poetas, "comem" os romancistas, "comem" os engenheiros, "comem" os jornalistas: o Brasil é uma vasta "comilança".

Lima Barreto



DOWNLOAD: FUGAZI - INSTRUMENT OST - 1998 - VBR
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23/03/1988


Os jornais se tornarão cada vez mais conformistas, cada vez mais corruptos, cada vez mais dependentes dos sindicatos da droga e da nojenta classe média. Assim como aconteceu durante a guerra, vai se desenvolver um sentimento de dúvida com relação aos meios de comunicação. O resultado será o florescimento de uma imprensa descentralizada, talvez até mesmo ilegal. Haverá cada vez mais panfletos e jornais underground... No futuro, cada um terá seu pequeno jornal.

Robert-Jasper Grootveld, em 1964, citado por Matteo Guarnaccia
em Provos - Amsterdam e o nascimento da contracultura




A pressa, o nervosismo, a instabilidade, observados desde o surgimento das grandes cidades, alastram-se nos dias de hoje de uma forma tão epidêmica quanto outrora a peste e a cólera. Nesse processo manifestam-se forças das quais os passantes apressados do século XIX não eram capazes de fazer a menor ideia. Todas as pessoas têm necessariamente algum projeto. O tempo de lazer exige que se o esgote. Ele é planejado, utilizado para que se empreenda alguma coisa, preenchido com vistas a toda espécie de espetáculo, ou ainda apenas com locomoções tão rápidas quanto possível. A sombra de tudo isso cai sobre o trabalho intelectual. Este é realizado com má consciência, como se tivesse sido roubado a alguma ocupação urgente, ainda que meramente imaginária. A fim de se justificar perante si mesmo, ele dá-se ares de uma agitação febril, de um grande afã, de uma empresa que opera a todo vapor devido à urgência do tempo e para a qual toda a reflexão — isto é, ele mesmo — é um estorvo.

Theodor Adorno


CRITTERS BUGGIN - BUMPA - 1998
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SOBRE A SANIDADE MENTAL













Um homem louco é aquele cuja maneira de pensar e agir não se coaduna com a maioria dos seus contemporâneos. A sanidade mental é uma questão de estatística. Aquilo que a maioria dos Homens faz em qualquer dado lugar e período é a coisa ajuizada e normal a fazer. Esta é a definição de sanidade mental na qual baseamos a nossa prática social. Para nós, aqui e agora, são muitos os de mentalidade sã e poucos os loucos. Mas os julgamentos, aqui e agora, são por sua natureza provisórios e relativos. O que nos parece sanidade mental, a nós, porque é o comportamento de muitos, pode parecer, sub specie oeternitalis, uma loucura.

O êxito – "a deusa-cadela, Êxito" na frase de William James – exige estranhos sacrifícios daqueles que a adoram. Nada menos do que automutilação espiritual pode obter os seus favores. O homem coordenado para o êxito é um homem que foi forçado a deixar metade do seu espírito fora da sua personalidade. E se ele aceitar os ideais e a filosofia da vida que a deusa-cadela tem para oferecer, achar-se-á condenado, ou a uma estrénua irreflexão ou a um cinismo poeirento e descolorido. Nascido potencialmente são, ele aprende a sua loucura. “Porque todo o Homem”, como Sancho Pança observou, “é como o céu o fez, e algumas vezes muito pior do que isso” – algumas vezes, também, muito melhor; depende, em parte, dos seus próprios esforços, em parte das tradições, das crenças, dos códigos, da filosofia da vida que acontece ser corrente na sociedade em que ele nasceu. Onde esta herança social é uma loucura, o indivíduo naturalmente mais normal está moldado à semelhança de um louco. Em relação à sociedade em que vive, ele é, sem dúvida, normal, porque se parece com a maioria dos seus pares. Mas eles são todos, falando em absoluto, conjuntamente loucos.

A Natureza permanece inalterável, quaisquer que sejam os esforços conscientes feitos para a deformar. Os Homens podem negar a existência de uma parte do seu próprio espírito; mas o que é negado não é por isso destruído. Os elementos banidos vingam-se nos indivíduos, nas sociedades inteiras. Uma coisa apenas é absolutamente certa quanto ao futuro: que as nossas sociedades ocidentais não se manterão por muito tempo no seu presente estado. Ideais loucos e uma filosofia lunática da vida não são as melhores garantias de sobrevivência.

Aldous Huxley

Leia também: NORMOSE


ALAN HAWKSHAW & BRIAN BENNET
- THEMES: SYNTHESIZER AND PERCUSSION - 1974
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SOBRE A CIVILIZAÇÃO



Um termo carregado de sagrado demoniza o seu antônimo. A palavra civilização, se já não designa um fato submetido ao julgamento, mas um valor incontestável, entra no arsenal verbal do louvor e da acusação. Não se trata mais de avaliar os defeitos ou os méritos da civilização. Ela própria se torna o critério por excelência: julgar-se-á em nome da civilização. É preciso tomar seu partido, adotar sua causa. Ela se torna motivo de exaltação para todos aqueles que respondem ao seu apelo; ou, inversamente, fundamenta uma condenação: tudo que não é civilização, tudo que lhe resiste, tudo que a ameaça, fará figura de monstro ou de mal absoluto. Na excitação da eloqüência, torna-se permissível reclamar o sacrifício supremo em nome da civilização. O que significa dizer que o serviço ou a defesa da civilização poderão, eventualmente, legitimar o recurso à violência. O anti-civilizado, o bárbaro devem ser postos fora de condição de prejudicar, se não podem ser educados ou convertidos.

Jean Starobinski


EDU SATTAJAH - 7 - 2004
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THE UNION: THE BUSINESS BEHIND GETTING HIGH


Disponibilizimos na sessão de torrents do blog diversos documentários sobre a Cannabis (como Grass, Magic Weed, Magick & Entheogens, etc), no entanto nenhum deles é tão didático e completo quanto The Union. Em excelente linguagem o filme desmitifica a planta e clarifica o business que há em seu entorno. Disponível completo para visualização via streaming acima e para download via torrent abaixo, o filme é todo falado em inglês e nosso amigo gutenba encontrou as legendas em português. AQUI estão elas. Obrigado, gutenba.

Altamente recomendado.


DOWNLOAD FILM TORRENT: THE UNION: THE BUSINESS BEHIND GETTING HIGH
- Adam Scorgie & Brett Harvey - 2007 - 104 min - 565 Mb -







Governar significa usar a força, e usar a força significa fazer para os outros o que certamente não gostaríamos que fosse feito para nós. Conseqüentemente, governar significa fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros fizessem para nós, isto é, fazer o mal.



Porque pensar que pessoas comuns não são capazes de auto-organizar suas vidas, e que governantes o farão não em proveito próprio, mas em proveito dos outros?

Liev Tolstói







AFRO FUNK - BODY MUSIC - 1973
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Quem começou o terrorismo no conflito árabe-israelense?


Bombas em cafés: utilizadas pelos sionistas pela primeira vez na Palestina em 17/Março/1937, em Jaffa.

Bombas em ônibus: utilizadas primeiro pelos sionistas em 20/Agosto e 26/Setembro/1937.

Bombas em mercados: utilizadas primeiro pelos sionistas em 06/Julho/1938, em Haifa.

Bombas em hoteis: utilizadas primeiro pelos sionistas em 22/Julho/1946, em Jerusalém.

Bombas em embaixadas estrangeiras: utilizadas primeiro pelos sionistas em 01/Outubro/1946, em Roma (contra britânicos).

Minagem de ambulâncias: utilizadas primeiro pelos sionistas em 31/Outubro/1946, em Petah Tikvah.

Cartas bomba: utilizadas primeiro pelos sionistas em Junho/1947 contra alvos britânicos no Reino Unido.




MR.DIBBS - TURNTABLE SCIENTIFICS - 1995





HOWLIN' WOLF - THE HOWLIN' WOLF ALBUM - 1969
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A manipulação e a utilização sectária da informação deformam a opinião pública e anulam a capacidade do cidadão para decidir livre e responsavelmente. Se a informação e a propaganda são armas de enorme eficácia nas mãos dos regimes totalitários, também não deixam de o ser nos sistemas democráticos; quem domina a informação, domina de certa forma a cultura, a ideologia e, portanto, também controla em grande medida a sociedade.

Noam Chomsky




AMNESTY - FREE YOUR MIND - 1973
http://www.4shared.com/file/141554017/71939c6b/Amnesty_-_Free_Your_Mind_Advance.html











Para manipular eficazmente as pessoas é necessário fazer crer a todas elas que ninguém as manipula.

Galbraith





ARNAUD RODRIGUES - TILIM - 1970
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Não mais pintores, não mais literatos, não mais músicos, não mais escultores, não mais religiões, não mais imperialistas, não mais anarquistas, não mais socialistas, não mais bolcheviques, não mais políticos, não mais proletários, não mais democratas, não mais burgueses, não mais aristocratas, não mais exército, não mais polícia, não mais pátrias, enfim chega de todas estas imbecilidades, mais nada, mais nada, nada, nada, nada.

em manifesto do movimento Dada


LEE FIELDS & THE EXPRESSIONS - MY WORLD - 2009
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24 DE JULHO.
Como é horrível levantar de manhã e não ter nada pra comer. Pensei até em suicidar. Eu suicidando-me é por deficiencia de alimentação no estomago. E por infelicidade eu amanheci com fome. Os meninos ganharam uns pães duros, mas estava recheiado com pernas de barata. Joguei fora e tomamos café. Puis o unico feijão para cosinhar.
(...)

3 DE AGOSTO. Hoje os meninos vão comer só pão duro e feijão com farinha. Eu estou com tanto sono que não posso parar de pé. Estou com frio. E graças a Deus não estamos com fome. Hoje Deus está ajudando-me. Estou indecisa sem saber o que fazer. Estou andando de um lado para outro, porque não suporto permanecer no barracão limpo como está. Casa que não tem lume no fogo fica tão triste! As panelas fervendo no fogo tambem serve de adorno. Enfeita um lar.

Fui na dona Nenê. Ela estava na cosinha. Que espetaculo maravilhoso! Ela estava fazendo frango, carne e macarronada. Ia ralar meio queijo para por na macarronada! Ela deu-me polenta com frango. E já faz uns 10 anos que eu não sei o que é isto. Na casa de dona Nenê o cheiro de comida era tão agradável que as lágrimas emanava-se dos meus olhos, que eu fiquei com dó dos meus filhos. Eles haviam de gostar daqueles quitutes.

Quando cheguei na favela a Leila e o Arnaldo estavam dando os seus espetáculos. E a criançada estavam apreciando.

Eu estava escrevendo quando a Vera veio avisar-me que estavam dando cartões e que havia muitas pessoas na rua. Fui correndo pra ver. Varias pessoas acompanhavam um senhor alto e loiro que conduzia um menino de 10 anos pela mão. Ele usava calças cinza claro e paletó azul anil. Passou por mim e deu-me um abraço. Fiquei perplexa com aquele abraço sem apresentação. É a primeira vez que vejo o homem.
A cunhada do Coca-Cola disse-me:
- Este é o nosso deputado. Dr. Contrini.
Quando ela disse deputado federal pensei: é época de eleições, porisso é que eles está tão amável.
O Senhor Contrini veio nos dizer que é candidato nas eleições. Nós da favela não somos favorecidos pelo senhor. Não te conhecemos.

Carolina Maria de Jesus











A situação de carência vivida no quotidiano das massas, onde não há nenhuma ocorrência excepcional, onde o indivíduo tem de levantar-se cedo todas as manhãs, pegar um ônibus cheio, passar lá mais de uma hora, executar um trabalho maçante, relacionar-se superficialmente com os seus colegas de trabalho, ir cansado para casa, pegar outro ônibus cheio e viajar mais tanto tempo, chegar em casa, jantar, sentar-se diante da TV, cochilar e por fim dormir, para ter no dia seguinte tudo outra vez, por uma vida toda, essa vivência sem novidades, sem emoções, sem ocorrências que fujam do quotidiano retiram do sujeito o verdadeiro prazer de viver.

Ciro Marcondes Filho



QUINCY JONES - THE LOST MAN OST - 1970
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